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Baltasar Fernandes

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Baltasar Fernandes
Baltasar Fernandes
Estátua de Baltasar Fernandes
Nascimento 1580
Parnahyba, Capitania de São Vicente
Morte 1667
Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba, Capitania de São Vicente
Etnia caipira
Progenitores Mãe: Susana Dias
Pai: Manoel Fernandes
Cônjuge Maria de Zunega (?–?)
Isabel de Proença (?–1648)
Filho(a)(s) Pedro Fernandes
Cecília de Abreu de Proença
Maria de Proença
Isabel de Proença
Potência de Abreu
Custódia Dias
Mariana de Proença
Veronica de Proença
Antonio Fernandes de Abreu
Benta Dias de Proença
Luís Fernandes de Abreu
Ana de Proença
Manuel Fernandes de Abreu

Baltasar Fernandes (Santana de Parnaíba, 1580Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba, 1667) foi um militar e bandeirante paulista.

Segundo a história mais tradicional, ele, assim como seu filho, Manuel Fernandes de Abreu, o Caiacanga, seus genros castelhanos André de Zúnega e Bartolomeu de Zúnega e Contreras, mais D. Diogo do Rego e Mendonça, D. Gabriel Ponce de León, e centenas de bugres cativos, termo pejorativo para indígenas aprisionados. Era irmão do fundador de Itu, Domingos Fernandes, e do fundador de Parnaíba, André Fernandes.

Ele nasceu em São Paulo dos Campos de Piratininga e cresceu em Santana de Parnaíba. Era um notável bandeirante, que passava muitas vezes pelos campos de Sorocaba em suas viagens ao sertão. Aprisionava índios no sul da Capitania de São Vicente, território correspondente ao atual Rio Grande do Sul e no Paraguai para trabalhar nas lavouras como escravos.

Casou com Maria de Zunega, do Paraguai, filha de Bartolomeu de Torales e depois de enviuvar casou com Isabel de Proença, filha de João de Abreu. Naquele tempo chamavam os paraguaios de castelhanos. Quatro genros de Baltasar Fernandes eram castelhanos. Foi com estes que ele veio fundar Sorocaba no ano de 1654.

Baltasar foi alferes na bandeira chefiada por seu irmão André Fernandes em 1613 até o sertão do rio Paraupava; participou depois da bandeira de Francisco Bueno, servindo na divisão chefiada por seu irmão. Teve ainda terras no atual Rio Grande do Sul, de 1637 a 1639, onde desse modo se dizia possuir mais de quatrocentos índios a seu serviço.

Por volta de 1654, Baltasar Fernandez edificou casa à beira do rio Sorocaba e na colina a capela de Nossa Senhora da Ponte - local onde hoje é a Catedral Metropolitana de Sorocaba, na Praça Coronel Fernando Prestes, doada em 1660 com terras, plantações e escravatura indígena, aos beneditinos. Posteriormente houve a fundação do Mosteiro de São Bento.

Em 1661, Baltasar Fernandes foi falar com o governador geral Côrrea de Sá e Benevides. Baltasar queria que Sorocaba deixasse de ser um povoado e fosse convertida em uma vila (maior denominação a localidades da capitania naquela época). O governador atendeu a seu pedido e, no dia 3 de março de 1661, Sorocaba foi elevada à categoria de Vila. Tornou-se então, a Vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba. De imediato, Sorocaba ganhou sua Câmara Municipal. Nesse mesmo dia, foram nomeados os principais componentes da Câmara: juízes Baltasar Fernandes e André de Zunega, vereadores Cláudio Furquim e Paschoal Leite Paes e procurador Domingos Garcia, acompanhado do escrivão Francisco Sanches.[1]

Referências

  • Silva Leme no Vol. VII Pág. 227 e 228 Cap. 2.º (Tit. Fernandes Povoadores) de sua Genealogia Paulistana.