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Banda Phoenix

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Banda Phoenix do Mestre Propício
Banda Phoenix
Emblema da Banda Phoenix de Pirenópolis
Informação geral
Origem Pirenópolis, Goiás
País Brasil
Gênero(s)
Período em atividade 23 de julho de 1893 (131 anos) [1] [2] [3]
Página oficial Banda Phoenix

A Banda de Música Phoenix do Mestre Propício [1] é um conjunto musical brasileiro estabelecido na cidade de Pirenópolis. Suas atividades começaram em 23 de julho de 1893, aniversário de seu fundador o Coronel Joaquim Propício de Pina [2], desde então continua a fazer o saber musical juntamente com o Coro e Orquestra Nossa Senhora do Rosário.[4]

É pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos e reconhecida como de utilidade pública pela Lei estadual nº 6.634, de 28 de junho de 1967 [5] [6], pela Lei Municipal nº 12/71 de 03 de setembro de 1971 [7], integra a rede de Pontos de Cultura [8] [9] e o Conselho Municipal de Política Cultural [10].

Preserva, em conjunto com o Coro e Orquestra Nossa Senhora do Rosário, o mais importante e antigo arquivo musical de Goiás, que contém obras que vão do século XIX até a atualidade [11] [12]. Acervo que evidencia através dos diversos gêneros musicais os gostos populares de cada período e enaltece a importância e harmonia da preservação do passado no presente. Durante a pandemia do COVID-19 em 2020 e 2021 [13] [14], as tradições locais foram preservadas graças à presença destes conjuntos musicais, que com número reduzido e utilizando os meios de prevenção a COVID, manteve as celebrações e costumes, transmitidas pelas mídias sociais da Paróquia Nossa Senhora do Rosário [15].

Seus componentes são voluntários [11] e músicos amadores, participa dos principais eventos cívicos, sociais [16], políticos, religiosos e tradicionais da cidade como as cavalhadas, alvoradas, retretas, etc, fazendo também apresentações em cidades vizinhas. É um dos folguedos que levou o reconhecimento da Festa do Divino [17] como Patrimônio Cultural Imaterial pelo IPHAN em 2010.

Após décadas em locais provisórios [1], a Banda finalmente passou a ter uma sede própria e definitiva o antigo prédio do Mercado Municipal, atual Casarão da Banda Phoenix, construído em 1914 pelo intendente José Ribeiro Forzani, na Avenida Neco Mendonça, 12, no Centro Histórico de Pirenópolis, CEP 72980-095. O edifício foi reformado em 2018 pelo município e apresenta características típicas da arquitetura colonial goiana, utilizando materiais como madeira, barro e pedra, abundantes na época de sua construção, que torna a sede um importante patrimônio histórico e material do município.

Contexto musical em Meia Ponte

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Antônio da Costa Nascimento, o Tonico do Padre

O povoamento através da exploração do ouro na Capitania de Goiás, no século XVIII, trouxe junto com os colonizadores desbravadores a tradição musical familiar via capital cultural herdado de geração em geração, fomentando a produção da música nestes primeiros núcleos de povoamento do estado [18]. Neste período, as atividades artísticas e culturais em Meia Ponte atual Pirenópolis, assim como nas demais localidades do período colonial, eram realizadas em virtudes das manifestações religiosas através das irmandades, sobretudo a Irmandade do Santíssimo, que desempenharam um papel fundamental tanto no processo de povoamento quanto o de evangelização [19] [20].

No processo de formação do campo da produção musical pirenopolina, destacou-se entre o século XVIII ao XX: Pe. José Joaquim Pereira da Veiga (1772-1840), José Inácio de Nascimento (de 1787-1850), Pe. Francisco Inácio da Luz (1821-1879), Pe Manuel Amâncio da Luz (1878), Comendador Joaquim Alves de Oliveira (1770-1851), Antônio da Costa Nascimento “Tonico do Padre” (1837-1903), Silvino Odorico de Siqueira (1856-1935), Antônio de Sá de pseudônimo Gaspar Hauser (1879-1905), Joaquim Propício de Pina (1867-1943), Vasco da Gama de Siqueira (1883-1971) [18].

No processo de Ensino Musical oitocentista, sabe-se que, por volta de 1740, dentre os primeiros portugueses que chegaram ao Arraial de Meia Ponte Custódio Pereira da Veiga, músico que viveu na cidade de Pirenópolis até 1778 [18], pai do Pe. José Joaquim Pereira da Veiga, junto ao trabalho da família Rodrigues Nascimento, contribuiram de forma decisiva para o desenvolvimento da música local, período em que a Irmandade do Santíssimo construiu o coro da Igreja Matriz de Pirenópolis [2].

Enquanto as orquestras dedicavam-se ao aparato litúrgico das celebrações, o aparecimento das bandas de músicas se popularizou com a chegada da família imperial no Brasil, onde estas corporações de música, dedicava-se em grande maioria, as celebrações para-litúrgicas e não litúrgicas. A partir da figura central do Comendador Joaquim Alves de Oliveira e do Pe. Diogo Antônio Feijó, surgiu em Pirenópolis a primeira banda de música, a Militar Banda de Música da Guarda Nacional, em 1830 e que atuou até 1851, além de diversas outras corporações musicais vieram a existiram em Meia Ponte, grupos musicais como a Banda Euterpe em 1868 através do Pe. Francisco Inácio da Luz e Antônio da Costa Nascimento, a Banda do Pe. Simeão ou Banda da Babilônia em 1873 e tinha como Regente José Gomes Gerais, sendo seus integrantes empregados, capatazes e mesmo vizinhos de outras fazendas vizinhas, e o surgimento da Banda Phoenix em 23 de julho de 1893. [19][21]

Quadrilha Tim tim por tim tim, por Tonico do Padre em 1895 - Arquivo Banda Phoenix
Quadrilha Gato Preto, cópia de Propício de Pina em 1897 - Arquivo Banda Phoenix

Caçula de oito irmãos, Joaquim Propício de Pina, nascido em 1867 e órfão de pai aos 04 anos, era levado por seus tios Braz de Pina, Theodoro e Theodolino Graciano de Pina, quando os mesmos atuavam na segunda orquestra da Matriz de Meia Ponte, do padre Francisco Inácio da Luz, irmão de Antônio da Costa Nascimento o (Tonico do Padre). Neste ambiente musical, Propício de Pina se matriculou como aluno da Banda Euterpe, tendo que suportar o gênio forte e a disciplina rígida do mestre Tonico do Padre, estudando clarineta, destacando-se como o mais o mais brilhante músico da Euterpe e passou a ministrar aulas particulares aos jovens Olavo Batista, Américo Borges de Carvalho, José Ribeiro Forzani e Olegário Herculano de Aquino, alunos do Colégio Ateneu Meiapontense e desejavam passar na disciplina musical. Tais aulas que se iniciaram em janeiro de 1892, ocorriam sempre à noite, na casa de Antônio Tomás de Aquino Correa.[22]

Com a extinção da Banda do Padre Simeão, os entusiasmados alunos de Propício, já em número já maior, compraram uma clarineta, um cornetim, um trombone, um bombardino, um oficleide, um bombo e um par de pratos, dando novo impulso à aulas, que de teóricas passaram à aulas práticas. No aniversário de 26 anos de Propício, 23 de julho 1893, os alunos musicais fizeram uma apresentação surpresa surpreendendo o mestre, nascendo assim a Fênix que ressurgia das cinzas da velha Banda da Babilônia, causando grandes ciúmes a Tonico do Padre, considerando Propício um ingrato. Em 1898, Tonico do Padre sofreu um atentado passando o posto de maestro da Euterpe para Odorico de Siqueira. Um ano depois, quando Tonico retornou, Propício já tinha ocupava o posto de Mestre Capela do Coro da Matriz, o mais alto cargo musical da cidade onde todas as celebrações da Irmandade do Santíssimo Sacramento eram realizadas pelo Coro e Orquestra Nossa Senhora do Rosário, o que lhe dava ainda mais prestígio como maestro da Banda Phoenix.[23]

Banda Euterpe após a Festa de São Sebastião com Silvino em 1931
Banda Phoenix com Propício ao centro em meados de 1940
Atuação do Coro e Orquestra em Festa na Matriz
Formação atual da Banda Phoenix durante Procissão de Ramos na Semana Santa

Tonico do Padre que mesmo idoso ainda mantinha muitos contatos na Irmandade do Santíssimo Sacramento, e em 1901 volta ao posto de Mestre Capela da Matriz. Em 1902, diante da nova rivalidade musical, a Irmandade do Santíssimo Sacramento dividiu a música da Semana Santa da seguinte forma: quinta e sexta-feiras santas ficaram a cargo da Banda Euterpe, porém o sábado e o domingo eram da Banda Phoenix. Com a morte de Tonico em 1903, sua viúva transferiu o comando da Banda Euterpe bem com todo acervo ao major Silvino Odorico de Siqueira [3], começando uma nova fase da batalha musical entre as bandas, cada qual de lados opostos na política partidária e disputando terreno nas festas profanas e religiosas até a extinção da Banda Euterpe em meados da década de 1930.

Neste período de disputas entre as duas bandas, aumentava-se ainda mais a rivalidade quando determinada partitura, seja do coro ou da banda, clandestinamente ia para a outra corporação, ou quando algum músico ficava participando ora de uma, ou de outra banda. Estas disputas, elevaram neste momento o nível musical da cidade. [3][24]

Pós Propício

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Com a morte de seu fundador Propício de Pina em 11 de agosto de 1943, a banda após 50 anos experimentou novos desafios tais como quem deveria assumir a regência, qual local o grupo deveria se reunir, uma vez que até então o grupo se reunia na casa de Propício para ensaios das apresentações. Considerado braço direito de Propício, após ser aluno e aprender a tocar a maioria dos instrumentos da Banda e sendo na época quem era o afinador oficial do grupo, Luiz de Aquino Alves assumiu oficialmente a banda, já que auxiliava Propício como maestro substituto sendo também um dos maiores compositores locais do período [2] enquanto Sebastião Pompeu de Pina assumiu o Coro e Orquestra Nossa Senhora do Rosário.

Va pensiero executado pela Banda Phoenix ao acompanhamento do Coro da Orquestra Nossa Senhora do Rosário sob a regência do maestro Aurélio Afonso no Recital de 2023

A política da industrialização de Getúlio Vargas em detrimento da agricultura, a economia goiana se empobreceu, legando a Pirenópolis um isolamento geográfico e econômico, com as expansões de cidade mais progressistas como Anápolis, Goianésia e Goiânia, levando muitos moradores da cidade a mudarem para estes centros, o que refletia diretamente na banda, levando seu enfraquecimento por não ter aulas frequentes [3]. Luiz de Aquino ao filiar-se ao PSD, entrou numa verdadeira guerra política partidária em Pirenópolis, e associado a decadência econômica de Goiás, a banda que já sem escola e reunindo esporadicamente, afastou Luiz de Aquino de suas funções, fato que já havia ocorrido no Coro com a morte de Propício, quando assumiu Sebastião Pompeu de Pina que com a saída de Aquino, assumiu também a Banda Phoenix [3].

Na vacância de um maestro, de escola e incentivo, em 1964 Pompeu Cristóvão de Pina tornou-se presidente da instituição, reuniu-se com a sociedade musical local e se propuseram a reorganizar a banda para que a mesma não acabasse. Convenceram também o idoso Vasco da Gama de Siqueira [3] a assumir a direção musical dos trabalhos, e assim foi criada a Escola de Música Mestre Propício. Também neste mesmo período a Banda adquiriu da família Siqueira o restante do arquivo da Banda Euterpe [25], que se encontrava quase em ruínas, possibilitou-se assim o salvamento de importantes documentos e manuscritos musicais, bem como quase toda a obra musical de Antônio da Costa Nascimento que se encontrava nesse arquivo. Foi também a partir dessa época, iniciado o trabalho de catalogação e estudo desse arquivo e de outros que também pertencia à Banda Phoenix, trabalho que possibilitou que muitas obras fossem completadas pela junção de ambos arquivos.

Capa do LP 1º Recital de Compositores Goianos

Filho de Vasco, em 1968, assumiu como maestro da Banda José Joaquim do Nascimento que logo assumiu também a regência do Coro e Orquestra do Rosário [25]. Nascimento, mais conhecido como Zé Guiomar - em homenagem a sua mãe [26], ministrava aulas de música aos interessados no período noturno, e ao lado Braz de Pina Filho, realizou grande pesquisa, levantamento das peças musicais do acervo e demais documentos do arquivo. Coube ao maestro nascimento, a regência do Primeiro Recital de Compositores Goianos, realizado na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário, executado junto à Universidade Federal de Goiás, em fevereiro de 1970. Deste projeto surgiu um LP que posteriormente foi transposto para um CD. Os trabalhos de José Joaquim Nascimento frente a Banda abrangiam mais que a regência e as aulas de música, pois além de cuidar do acervo instrumental e musical, restaurava partituras, protegia os originais e fazia adaptações e arranjos para instrumentos cujas partituras originais haviam desaparecido com o passar do tempo. Sabe-se ainda que em 24 de outubro de 1972, durante o aniversário de 39 anos de Goiânia, a Phoenix participou de um acirrado concurso musical e venceu em primeiro lugar [26]. Significativas e extensas foram as contribuições do maestro a Banda Phoenix, entretanto, por forças maiores este regente se despediu da banda e de Pirenópolis ainda nos idos da década de 1980, transferindo-se para Jaraguá onde passou a reger a Corporação Musical Santa Cecília.

Maestro Aurélio frente a Banda Phoenix em cortejo pelas seculares ruas do Centro Histórico de Goiás, no VIII Encontro de Coroas do Divino Espírito Santo em 2024

Assumiu Mamede Silvério de Melo a Banda Phoenix durante a década de 1980, que assim como Luiz de Aquino, se via em momentos de dificuldades na área cultural com a falta de incentivos e interesse da juventude local em participar da banda. Mesmo com grande empenho em se manter festas tradicionais [19] nas quais eram intensas as participações do coro e orquestra, várias deixaram de serem realizadas. Devido ao grande esforço e significativa contribuição, Mamede foi reconhecida quando lhe foi feito o convite para fundar a Banda São José do Tocantins em Niquelândia em 1992, deixando assim a regência da Banda Phoenix. Três anos depois passou a conduzir a Banda 13 de Maio em Corumbá de Goiás, a mais antiga banda em atuação no estado [18] e posteriormente, mais uma vez, coube a ele a responsabilidade de criar mais uma banda de música, desta vez cidade de Cocalzinho de Goiás.

Com a saída de Mamede, assumiu a Banda Phoenix, Alexandre Luiz Pompêo de Pina [26], e seu comando coincide com transformações intensas em Pirenópolis, com o reconhecimento do centro histórico como patrimônio nacional pelo IPHAN e a valorização turística que já se projetava como a terceira fonte de arrecadação do município e a presença de políticos na cidade, a cidade foi colocava cada vez na mídia e a Banda Phoenix na rua, promovendo tocatas. Com muitos eventos na cidade, a Banda Phoenix era convidada a participar de quase todos, além de continuar a executar as músicas em suas funções tradicionais como Semana Santa, Festo do Divino, aniversário da cidade, dentre outra atividades do calendário festivo local.[27]

Após a saída de Alexandre, desde 2010 [1] a banda passou ao comando de Aurélio Afonso da Silva, que convencido por Pompeu Christovam de Pina na época presidente da Banda, tornou-se um dos mais jovens maestros da banda na atualidade. Aurélio havia ingressado na Escola da Banda Phoenix aos 14 anos, aos 18 ao se alistar, passou a ser músico na Banda da Base Aérea de Anápolis o que lhe deu vasta experiencia como regente. Dentre as atividades de Aurélio, enfrentando dificuldades [26] como a falta de verbas, furtos de instrumentos [28] e o falecimento de diretor da banda e seu grande incentivador, Pompeu Christovam de Pina [29], tenta dar continuidade e prioridade à Escola da Banda com o intuito de capacitar nova geração de talentos para integrarem a banda [8] [9]. Com o falecimento de Pompeu, Eudes de Pina Forzani assumiu a presidência da banda [30].

A Banda atualmente

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Como símbolo cultural da cidade, a Banda continua exercendo suas funções tradicionais no decorrer do ano, bem como a participação nos eventos cívicos, políticos e em festivais e eventos sociais, descentralizando o acesso à cultura e promovendo apresentações gratuitas em diversos locais da cidade conforme tabela.[31][32][33]

Mês Evento Participações fixas Repertório Destaques
01 Março/Abril Semana Santa Domingo de Ramos: Procissão de Ramos Marchas Festivas e Dobrados Dobrado Mauro Borges de Vasco da Gama. Dobrado Lageado, Dobrado Dr. Laudelino Gomes, Dobrado Quaresma, ambos anônimos.
02 Março/Abril Semana Santa Sexta-feira Santa: Procissão do Enterro Marcha fúnebre Pela tradição inicia-se pela Nº 05 e Nº 06 ambas anônimas. Marcha Fúnebre Benedito Nominato, Marcha Fúnebre Modéstia, de João Tocantins.
03 Março/Abril Páscoa Domingo de Páscoa: Saída da Coroa variado Hino do Divino da Folia, anônimo.
04 Março/Abril Páscoa Domingo de Páscoa: Queima do Judas variado Músicas de compositores locais
05 Março/Abril Páscoa Domingo de Páscoa: Chegada da Coroa variado Hino do Divino da Folia de Antônio da Costa Nascimento.
06 Maio/Junho Festa do Divino 1 ª alvorada variado musicas de compositores locais: Baião Tocantins, de Luiz de Aquino Alves. Passarinho no relógio, Maria Gasolina, Solo de Baixo, ambos anônimos.
07 Maio/Junho Festa do Divino 1 ª retreta variado Músicas de compositores locais
08 Maio/Junho Festa do Divino 2 ª Alvorada variado Músicas de compositores locais
09 Maio/Junho Festa do Divino 2 ª retreta variado Músicas de compositores locais
10 Maio/Junho Festa do Divino Procissão da Bandeira Marchas Festivas e Dobrados Dobrado Capitão Portela, Luiz de Tullis, Dobrado Mama Mia, Dobrado Gratidão, anônimo.
11 Maio/Junho Festa do Divino Levantamento do mastro e pós mastro Dobrado Dobrado Espírito Santo, de Antônio Augusto Silva.
12 Maio/Junho Festa do Divino 3 ª Alvorada variado Músicas de compositores locais
13 Maio/Junho Festa do Divino Cortejo Imperial: ida e volta Marchas Festivas e Dobrados Músicas de compositores locais.
14 Maio/Junho Festa do Divino Cavalhadas Quadrilhas, galopes Quadrilhas: Flor da Noite, Noiva Encantada, os três socegados.
15 Maio/Junho Festa do Divino Entrega da Coroa Marchas Festivas e Dobrados Músicas de compositores locais.
16 07 de setembro Independência do Brasil Ato cívico Marchas Festivas e Dobrados Os voluntários em Marcha, anônimo.
17 07 de outubro Aniversário de Pirenópolis [34] Ato cívico [35] Marchas Festivas e Dobrados Músicas de compositores locais.
18 07 de outubro Festa do Rosário Procissão da Padroeira Marchas Festivas e Dobrados Músicas de compositores locais.
19 07 de outubro Festa do Rosário Levantamento do mastro e pós mastro Dobrado Dobrado Espírito Santo, de Antônio Augusto Silva.
20 Dezembro Fim de Ano Recital de Fim de Ano variado Músicas de compositores locais.
Ver artigo principal: Casarão da Banda Phoenix
Casarão sede da Banda Phoenix
Casarão sede da Banda Phoenix

Desde a sua fundação até o falecimento de Propício, a Banda Phoenix e o Coro e Orquestra do Rosário estabeleceram-se na residência do maestro, localizada na Rua Nova, número 15. Após a morte de Propício, a tradição de abrigar a banda nas casas dos maestros continuou até meados de 1970, quando a Banda se mudou para uma sala no antigo mercado municipal. Posteriormente, a banda transferiu-se para o casarão localizado no número 29 da Rua Nova, no mesmo edifício que abrigava o antigo Museu da Família Pompeu [2] propriedade do então presidente da banda Pompeu Christovam de Pina. Com a morte de Pompeu em 2014, a banda se viu desalojada, e migrou-se para um espaço cedido pela prefeitura, nas proximidades do atual Colégio da Polícia Militar Comendador Crhistovam de Oliveira. Através da Lei Ordinária Nº 785/2015, de 17 de dezembro de 2015, a banda passou a ter sede própria, no antigo prédio do Mercado Municipal, construído em 1914 pelo intendente José Ribeiro Forzani, na Avenida Neco Mendonça, 12, no Centro Histórico de Pirenópolis, reformado em 2018 pelo município, ano em que a Banda ocupou o espaço [1].

Vista do antigo mercado de Pirenópolis, atual sede da Banda Phoenix por Pérsio Forzani, 1989.

Atualmente, a sede da Banda Phoenix apresenta características típicas da arquitetura colonial goiana, empregando materiais locais como madeira, barro e pedra. O prédio foi construído no antigo Largo do Teatro São Manoel, onde existiu o primeiro teatro da cidade, edificado em 1860 pelo Comendador Manoel Barbo de Siqueira e demolido em 1890. O edifício foi erguido na administração de José Ribeiro Forzani (Zeco Totó), então Intendente Municipal entre 1911 a 1914, para abrigar o Mercado Municipal.

A madeira utilizada na construção do prédio é de espécies nativas do cerrado, como o cedro e a aroeira, selecionadas por sua resistência e durabilidade, sob a criteriosa direção do carpinteiro Manuel Antonio de Peixoto. O barro é um elemento construtivo importante e foi utilizado na construção de paredes, rebocos e pisos, sendo moldado em tijolos ou adobe. Para dar maior consistência à estrutura, o barro foi misturado com palha ou capim seco. As paredes foram caiadas e pintadas com cores claras de branco e amarelo, que foram reforçadas na reforma de 2021 por serem as cores da Banda Phoenix. A pedra, outro material utilizado no prédio, é proveniente das pedreiras próximas à cidade e foi utilizada em sua forma natural ou lapidada, mas em menor quantidade, principalmente como piso, inserida na administração do então prefeito Mario Mendes em 1936, época em que remodelou o prédio.

Com a extinção do Mercado Municipal, o edifício teve vários outros usos, como local de ensaio da Banda Phoenix, até ser ocupado por diversas secretarias, incluindo a de promoção social, que instalou no local o PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) no início dos anos 2000, vindo a cessar na década seguinte. Novamente abandonado, em 2016 foi doado à Banda Phoenix para ser a sede da corporação, tornando-se um importante patrimônio histórico e cultural, tanto material quanto imaterial.

O arquivo musical da banda Phoenix, preservado em conjunto com o do Coro e Orquestra Nossa Senhora do Rosário, constitui-se do mais importante e antigo arquivo musical de Goiás, que contém obras que vão do século XIX até a atualidade [11] [12]. Integram este arquivo: Música Sacra, Música erudita, Música popular, Música tradicional, Música religiosa, de compositores locais e exteriores, possuindo ainda diversas partituras autógrafas.

Maestros e Presidentes

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Nome Imagem Período Presidente Observações
1 Cel. Joaquim Propício de Pina
1893/1943

49–50 anos

2 Luiz de Aquino Alves
1943/1960

16–17 anos

Luiz de Aquino não esteve a frente da regência do Coro e Orquestra Nossa Senhora do Rosário
3 Sebastião Pompeu de Pina
1960/1962

1–2 anos

Pompeu Christovam de Pina Com a morte de Propício em 1943, Sebastião Pompeu de Pina assumiu o Coro e Orquestra Nossa Senhora do Rosário até sua morte em 1970
4 Vasco da Gama Siqueira
1964/1968

3–4 anos

Pompeu Christovam de Pina Reconhecimento como de utilidade pública pela Lei estadual nº 6.634, de 28 de junho de 1967 [5]

[6]

5 José Joaquim do Nascimento
1968/1986

17–18 anos

Pompeu Christovam de Pina Reconhecimento como de utilidade pública pela Lei Municipal nº 12/71 de 03 de setembro de 1971 [7]
6 Mamede Silvério de Melo
1986/1991

4–5 anos

Pompeu Christovam de Pina
7 Alexandre Luiz Pompêo de Pina
1991/2010

19–20 anos

Pompeu Christovam de Pina Em 2010, a Festa do Divino foi registrada como Patrimônio Cultural pelo IPHAN, sendo a Banda, um dos folguedos que levou a este registro.
8 Aurélio Afonso da Silva
Desde 2010

14 anos e 227 dias

Com o falecimento de Pompeu Christovam de Pina em 2014 [29], assumiu a presidência Eudes de Pina Forzani [30].

Referências

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Ligações externas

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