Bandeira do Rio Grande do Sul
Bandeira do estado do Rio Grande do Sul | |
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Aplicação | |
Proporção | 7:10 |
Adoção | 5 de janeiro de 1966 |
A bandeira do estado do Rio Grande do Sul é um dos símbolos oficiais do estado brasileiro do Rio Grande do Sul.[1]
História
[editar | editar código-fonte]Fontes literárias indicam que é originária da época da Guerra dos Farrapos, em 1835, mas sem o brasão de armas até então. Sua autoria é controversa; alguns apontam Bernardo Pires, enquanto outros apontam José Mariano de Mattos. A vertente que defende Tito Livio Zambeccari como criador ganhou força após a localização de um quadro que retrata o pintor e tem, ao fundo, um Lanceiro Negro com a bandeira revolucionária. Zambeccari teria criado a bandeira em Buenos Aires, entre 1833 e 1835, com uma ordem diferente de cores: quando foi proclamada a República Rio-Grandense, em 1836, o vermelho foi deslocado para o meio.[2]
Algumas das características da bandeira do Rio Grande do Sul são de evidente inspiração maçônica, como as duas colunas que ladeiam o losango invertido são idênticas às encontradas em todos os Templos maçônicos.[3][4] O lema da bandeira é Liberdade, Igualdade e Humanidade.
Ela foi adotada oficialmente, como símbolo do estado, logo nos primeiros anos da república. Mas especificamente, através do título VI da constituição estadual promulgada em 14 de julho de 1891. [nota 1]
Título VIArtigo único. São insígnias oficiais do Estado as do pavilhão tricolor da malograda Republica Rio Grandense.[6]
No entanto, nenhuma lei posterior foi promulgada regulamentando o uso ou descrição da bandeira.
Todavia, Getúlio Vargas, durante o Estado Novo, suspendeu o uso dos símbolos estaduais e municipais, incluindo bandeiras e brasões. A bandeira só foi restabelecida oficialmente no estado em 5 de janeiro de 1966, através da lei nº 5.213.
Desenho e dimensões
[editar | editar código-fonte]A bandeira rio grandense apresenta a proporção 7:10 (largura:comprimento), as mesmas utilizadas na bandeira nacional. Seu desenho é especificado através do artigo 6 da lei citada, cujo texto é o seguinte:
- Art. 6º. O desenho do modelo padrão da Bandeira obedecerá ao módulo e às disposições constantes do Anexo nº 1.
- I - Para cálculo das dimensões tomar-se-á por base a largura desejada, dividindo-se esta em cento e quarenta partes iguais para estabelecer a medida ou módulo;
- II - O comprimento será de duzentos módulos;
- III - A elipse referida no inciso II do artigo 4º terá setenta módulos de alto, no sentido da largura da Bandeira e sessenta módulos de largo, no sentido do comprimento da Bandeira;
- IV - O lado menor do triângulo retângulo verde, ao alto e à esquerda, medirá exatamente setenta módulos, o mesmo acontecendo com o lado menor do triângulo amarelo, embaixo e à direita;
- V - Igualmente medirão setenta módulos os lados menores do quadrilátero ascendente vermelho, entre os dois triângulos retângulos citados.
Cores
[editar | editar código-fonte]As cores utilizadas na bandeira não possuem suas tonalidades especificadas em lei. No entanto, o manual de identidade visual do governo do estado especifica as seguintes cores para confecção da logomarca do governo (que é uma versão modificada da bandeira):[7]
Cor | Nome | CMYK | RGB | Hexadecimal | Pantone |
---|---|---|---|---|---|
Verde | 90/0/100/0 |
0/171/78 |
00AB4E |
P 145-8 C | |
Vermelho | 0/95/90/0 |
238/49/47 |
EE302F |
185 C | |
Amarelo | 0/20/100/0 |
255/203/5 |
FFCB04 |
116 C |
Significados
[editar | editar código-fonte]Não há um consenso sobre o significado das cores da bandeira riograndense. Uma versão, possivelmente mais próxima da real, dá conta que a faixa verde representa a mata dos pampas, a vermelha simboliza o ideal revolucionário e a coragem do povo, e o amarelo representa as riquezas nacionais do território gaúcho. Todavia, algumas fontes alegam que as cores simbolizariam o auriverde do Brasil separado pelo vermelho da guerra. Já outras mencionam que o vermelho representaria o ideal republicano.[8]
Sabe-se que o lema escrito na bandeira do estado, tanto quanto os símbolos, estão diretamente ligados ao Positivismo, haja vista que a elite gaúcha militar e política à época era, em sua maioria, ligada as orientações da Religião da Humanidade, através do Positivismo de Auguste Comte. Sendo seu grande discípulo o Dr. Júlio de Castilhos, Governador do Estado e autor da sua constituição, a quem coube a colocação do termo Humanidade.
Província do Rio Grande do Sul
[editar | editar código-fonte]Durante o período do Império do Brasil, a bandeira da então província do Rio Grande do Sul era dividida em quatro partes diagonais, alternadas nas cores azul e branco.[9]
Bandeiras relacionadas
[editar | editar código-fonte]Notas
Referências
- ↑ ALVES. Derly Halfeld. Bandeiras: nacional, históricas e estaduais. Brasília. Edições do Senado Federal, 2011. ISBN 978-85-7018-358-3.
- ↑ Staudt, Leandro (7 de novembro de 2024). «O que pintura de museu italiano revela sobre a bandeira do RS». GZH. Consultado em 7 de novembro de 2024
- ↑ «GORGS Reconhecimento à Maçonaria Unida do RS». gorgs.org.br. Consultado em 12 de setembro de 2019
- ↑ «Símbolos maçônicos na bandeira do Rio Grande do Sul - MONTFORT». www.montfort.org.br. Consultado em 12 de setembro de 2019
- ↑ RIBEIRO, Clóvis (1933). Os Brazões e Bandeiras do Brasil. São Paulo: São Paulo Editora. p. 151
- ↑ FREIRE, Felisbello (1898). As constituições dos estados e a constituição federal. [S.l.]: Editora Nacional
- ↑ Manual de Identidade Visual do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Acessado em: 8 jun. 2019.
- ↑ «Os Simbolos do Estado Gaúcho, Brasão, Hino e Bandeira, sua origem. - Sites - Portal das Missões». www.portaldasmissoes.com.br. Consultado em 26 de agosto de 2016
- ↑ a b Bandeiras do Rio Grande do Sul. http://www.vexilologia.com.br Página visitada em 29/05/2013.