Cabo Orange
Cabo Orange | |
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País | Brasil |
Região | Amapá |
Local | Foz do rio Oiapoque |
Mar(es) | Oceano Atlântico |
O cabo Orange situa-se no litoral do estado brasileiro do Amapá e marca o extremo norte desse estado, bem como de todo o litoral do Brasil, embora este ainda continue por mais alguns quilômetros, novamente em direção sul, na foz do rio Oiapoque, a oeste do cabo. Rica em fauna e flora, a área é o único lugar do litoral brasileiro onde o flamingo-rubro nidifica.[1][2]
História
[editar | editar código-fonte]A região foi descoberta em 1500 pelo navegador espanhol Vicente Pinzón, que originalmente o nomeou «cabo de San Vicente Ferráz», em homenagem ao santo do dia, como era costume na época.[3] Em 1696 passa a se chamar «cabo Cecil» e, pouco depois, em 1700, foi novamente mudado para «cabo de la Corda».[3] A denominação atual desse marco geográfico foi posta em 1625 pelo holandês Johannes de Laet, que o batizou em homenagem à Casa de Orange.[3] Os portugueses, a princípio, haviam dado o nome de «Cabo do Norte».[4]
Tanto o cabo Orange quanto a vizinha Foz do Rio Oiapoque são por vezes frequentemente mencionados como sendo o extremo norte do Brasil, e até a segunda metade do século XX essa informação errônea ainda podia ser encontrada em vários livros escolares ou publicações brasileiras conceituadas.[5][nota 1] Em realidade, o ponto mais setentrional do Brasil está localizado no interior da Amazônia, a centenas de quilômetros dali, no monte Caburaí, estado de Roraima, fronteira com a Guiana (ex-Guiana Inglesa). O Caburaí fica quase um grau de latitude mais ao norte que o cabo Orange. Entretanto, o cabo é de fato o ponto mais ao norte do litoral brasileiro.
Geografia
[editar | editar código-fonte]O cabo Orange é separado da costa da Guiana Francesa por uma vasta baía alimentada pelo estuário do rio Oiapoque. A região está localizada numa área de manguezal frequentemente inundada pelas marés, como quase todo o litoral amapaense, e está incluída no Parque Nacional do Cabo Orange.
Notas
Referências
- ↑ João Paulo Ribeiro Capobianco (2001). Biodiversidade na amazônia brasileira: avaliação e ações prioritárias para a conservação, uso sustentável e repartição de benefícios. [S.l.]: Estação Liberdade. 540 páginas. ISBN 8585994134
- ↑ Adm. do sítio web (2010). «Flamingo-americano (Phoenicopterus ruber)». Dicionário Socioambiental Brasileiro. Consultado em 5 de setembro de 2015
- ↑ a b c VIDAL, Valmiro R. (1958). Curiosidades: como se aprende distraindo-se; 1.000 coisas interessantes para a nossa cultura enciclopédica. [S.l.]: Conquista. 223 páginas
- ↑ RAJA GABAGLIA, Fernando Antônio. As fronteiras do Brasil. [S.l.]: Tipografia do Jornal do Commercio, 1916. 331 páginas
- ↑ BENEVIDES, Marijeso de Alencar (1946). Os novos territórios federais: Amapá, Rio-Branco, Guaporé, Ponta-Pora e Iguaçu; Geografia, história e legislação. [S.l.]: Imprensa Nacional. 264 páginas