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Fílon de Alexandria

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Fílon de Alexandria
Fílon de Alexandria
Filon fra Alexandria, et antatt forestilling fra en tysk gravering.
Nascimento 15 a.C.
Alexandria
Morte 50
Alexandria
Cidadania Roma Antiga
Etnia Hebreus
Irmão(ã)(s) Alexander the Alabarch
Ocupação filósofo, historiador, escritor, autor
Obras destacadas Against Flaccus, About the contemplative life, On the Embassy to Gaius
Movimento estético Médio platonismo

Fílon de Alexandria (grego: Φίλων ο Αλεξανδρινός Fílon o Alexandrinós, hebraico פילון האלכסנדרוני, Pilon ha-Alexandroni) foi um filósofo judeo-helenista (c. 15 a.C. — c. 50 d.C.[1][2] ou c. 30 a.c. — c. 45 d.c.[3][4]) que viveu durante o período do helenismo.

Fílon tentou uma interpretação do Antigo Testamento à luz das categorias elaboradas pela filosofia grega e da alegoria filosófica para harmonizar as escrituras judaicas com a filosofia grega.[3][5][6][7] Foi autor de obras onde expôs a sua visão platónica do judaísmo para tentar conciliar o conteúdo bíblico à tradição filosófica ocidental.[5][6][7]

Seu método seguia as práticas tanto da exegese judaica quanto da filosofia estoica.[7] Sua exegese alegórica foi importante para cristãos posteriores.[3]

O nome hebraico de Fílon provavelmente foi ou Yedidyah ou David.[5] Ele era de uma das famílias judias mais ricas[3] e influentes de Alexandria.[5] Seu irmão Alexandre Lisímaco era um bom amigo do imperador romano Cláudio e um dos homens mais ricos do leste do Império Romano.[8]

Fílon fez parte de uma embaixada judaica ao imperador Calígula[7] no anno 39 ou 40,[3][9] protestando contra a violência antijudaica[10] e pedindo a restauração da liberdade de culto judaica que Calígula havia suspendido.[4][9]

Fílon visitou o Templo em Jerusalém pelo menos uma vez em toda a sua vida.[11] Foi educado na cultura helenista da época de Alexandria, com estudos particularmente nas tradições judaicas, no estudo das literaturas judaicas tradicionais bem como na filosofia grega.[3]

Obras de Fílon

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  • De Aeternitate Mundi ( Mundialistas )
  • De Abrahamo
  • De Migratione Abrahami
  • De Mutatione Nominum
  • De Plantatione
  • De Agricultura
  • De Confusione Linguarum
  • De Congressu Eruditiones Gratia
  • De Decalogo
  • De Sacrificius Abelis et Cainis
  • De Posteritate Caini
  • De Ebrietate
  • De Escrecationibus
  • De Fuga et Inventione
  • De Gigantibus
  • De Josepho
  • De Opificio Mundi
  • De Vita Contemplativa
  • De Vita Mosis
  • De Sobrietate
  • De Somniis
  • De Specialibus Legibus
  • De Virtutibus
  • De Praemiis et Poenis
  • Legum Allegoriae
  • Legatio ad Gaium
  • In Flaccus
  • Quaestiones in Genesim
  • Quaestiones in Exodum
  • Quis Serem Divinarum Heres Sit
  • Quod Deterius Potiori Insidari Soleat
  • Quod Deus Sit Immutabilis
  • Quod Omnis Probus Líber Sit
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  1. Escola de Teologia da Universidade Yale
  2. Bruce M. Metzger & Michael D. Coogan, redatores, The Oxford Companion to the Bible, Oxford University Press, New York & Oxford, 1993, p. 592
  3. a b c d e f Paul Johnson, A History of the Jews, ©1967, Harper Collins, p. 148:
    "Fílon, o Judeu (c. 30 a.C.-c. 45 d.C.), membro de uma das famílias judias mais ricas e cosmopolitas de Alexandria, criado na Septuaginta,... escrevendo um grego bonito, à vontade em toda a literatura grega... e um importante filósofo secular... foi ao mesmo tempo um judeu piedoso e um comentarista volumoso... sobre todo o corpus da lei judaica... Os estudiosos cristãos mais tarde... ficaram em dívida com ele por sua compreensão do Antigo Testamento, especialmente em um sentido alegórico."
    ("Philo Judaeus (c. 30 BC-c. 45 AD), a member of one of the richest and most cosmopolitan Jewish families in Alexandria, brought up in the Septuagint,... writing beautiful Greek,at home in all Greek literature... and a major secular philosopher... was at the same time a pious Jew and a voluminous commentator... on the whole corpus of Jewish law... Christian scholars were later... indebted to him for their understanding of the Old Testament, especially in an allegorical sense.")
  4. a b The New Century Classical Handbook; Catherine Avery, redator; Appleton-Century-Crofts, New York, 1962, p. 873
  5. a b c d Solomon Grayzel, A History of the Jews, The Jewish Publication Society of America, Filadélfia, 1968, p. 147:
    "Seu nome judeu era provavelmente Yedidyah (Amado de Deus) ou David, e ele pertencia a uma das famílias judias mais bem colocadas em Alexandria. Ele se tornou o melhor intérprete da filosofia de Platão,... a base do pensamento no mundo grego e romano. Philo estabeleceu para si a tarefa de provar... que o judaísmo é a melhor expressão possível do modo de vida filosófico. Seu método era... alegórico.""
    ("His Jewish name was probably Yedidyah (Beloved of God) or David, and he belonged to one of the most highly placed Jewish families in Alexandria. He became the best interpreter of Plato's philosophy... the basis of thinking in the Greek and Roman world. Philo set for himself the task of proving... that Judaism is the best possible expression of the philosophical way of life. His method was... allegorical.")
  6. a b Paul J. Achtemeier, redator, The Harper Collins Bible Dictionary, HarperSanFrancisco (Harper Collins), edição de 1996, p. 849:
    "Fílon combinou uma lealdade feroz ao judaísmo com um profundo amor pela filosofia grega para apresentar uma defesa literária do judaísmo à sua cidade racialmente problemática e uma extensa interpretação alegórica das Escrituras que tornou a lei judaica consonante com os ideais do pensamento estóico, pitagórico e especialmente platônico."
    ("Philo combined a fierce loyalty to Judaism with a profound love of Greek philosophy to present a literary defense of Judaism to his racially troubled city and an extensive allegorical interpretation of Scripture that made Jewish law consonant with the ideals of Stoic, Pythagorean, and especially Platonic thought.")
  7. a b c d Ted Honderich, redator, The Oxford Companion to Philosophy, Oxford University Press, New York & Oxford, 1995, p. 660:
    "Os comentários gregos pensativos, cosmopolitas e muitas vezes alegóricos de Filon sobre a Bíblia da Septuaginta sintetizam valores e ideias platônicos, estóicos e judaicos."
    ("Philo's thoughtful, cosmopolitan, often allegorical Greek commentaries on the Septuagint Bible synthesize Platonic, Stoic, and Jewish values and ideas")
  8. https://www.britannica.com/biography/Philo-Judaeus: "O irmão de Filo, Alexandre Lisímaco, que era um administrador tributário geral encarregado da alfândega em Alexandria, era o homem mais rico da cidade e, de fato, deve ter sido um dos homens mais ricos do mundo helenístico, porque Josefo diz que ele deu um grande empréstimo à esposa do rei judeu Agripa I e que ele contribuiu com o ouro e a prata com os quais nove enormes portões do Templo em Jerusalém foram revestidos. Alexandre também era extremamente influente nos círculos imperiais romanos, sendo um velho amigo do imperador Cláudio e tendo atuado como guardião da mãe do imperador."
  9. a b https://www.britannica.com/biography/Philo-Judaeus: "no ano 39 ou 40... após um pogrom contra os judeus em Alexandria, ele chefiou uma embaixada ao imperador Calígula pedindo-lhe que reafirmasse os direitos judeus concedidos pelos Ptolomeus (governantes do Egito) e confirmados pelo imperador Augusto."
  10. Bruce M. Metzger & Michael D. Coogan, redatores, The Oxford Companion to the Bible, Oxford University Press, New York & Oxford, 1993, p. 592
  11. Fílon, Sobre a Providência 2.64.

Ligações externas

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