Saltar para o conteúdo

Garota de Ipanema

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, veja Garota de Ipanema (desambiguação).
"Garota de Ipanema"
Garota de Ipanema
Single de Stan Getz e João Gilberto[1]
do álbum Getz/Gilberto
Lançamento 18/19 de março de 1964
Gravação março de 1963
Gênero(s)
Duração 5:21
Gravadora(s) Verve Records
Composição Antônio Carlos Jobim
Letrista(s)
Produção Creed Taylor
Amostra de áudio
noicon
informação do ficheiro · ajuda
Cronologia de EP de The Composer of Desafinado, Plays
"Once I Loved"
Cronologia de Getz/Gilberto
"Doralice"
Cronologia de Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim
"Dindi"
Cronologia de The Sonny Side of Chér
"Come to Your Window"
"It's Not Unusual"
Cronologia de coletâneas musicais de Lioness: Hidden Treasures
"Valerie"
"Half Time"

"Garota de Ipanema" é uma canção brasileira de bossa nova e MPB.[2] Foi composta por Antônio Carlos Jobim e letrada por Vinicius de Moraes em 1962. É considerada a segunda canção mais executada da história da música mundial, depois de Yesterday. Teve mais de quinhentas versões com diferentes intérpretes, além de ser incluída em cerca de 1,5 mil álbuns, vinis e coletâneas ao redor do planeta.[3] A primeira gravação comercial ocorreu no mesmo ano, por Pery Ribeiro, e uma versão em língua inglesa foi escrita no ano seguinte por Norman Gimbel.[4]

Uma versão de 1964, gravada por Astrud Gilberto[5][6][7] e Stan Getz nos Estados Unidos, tornou-se um sucesso internacional.[8] Esta está presente no álbum Getz/Gilberto, que também incluiu canções de João Gilberto,[9][10][11] e foi lançado pela Verve Records.[12] Nos Estados Unidos, o single alcançou o quinto lugar na Billboard Hot 100, permanecendo por duas semanas,[13] e no Reino Unido a 29ª colocação.

A canção já foi interpretada por diversos e afamados cantores, a exemplo de Frank Sinatra, Amy Winehouse, Cher, Mariza, Plácido Domingo, Madonna e Tim Maia,[14][15] e também esteve presente em numerosos filmes, às vezes como clichê de música de elevador.[16] A canção ganhou um Grammy de Gravação do Ano em 1965, superando grandes sucessos como "I Want to Hold Your Hand", dos Beatles e "Hello, Dolly!", de Louis Armstrong.[17] Foi introduzida no Hall da Fama do Grammy Latino em 2001.[18] Em 2004, a canção foi adicionada ao Registro Nacional de Gravações pela Biblioteca do Congresso dos EUA.[19]

A Rolling Stone Brasil considerou-a 27ª maior música brasileira em 2009.[20] Durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016,[21] a canção foi interpretada por Daniel Jobim, neto de Tom,[22][23] enquanto a modelo Gisele Bündchen desfilava.[24] Por onde passava, Giselle deixava curvas projetadas que formavam obras de Oscar Niemeyer, como a Igreja da Pampulha e a Catedral de Brasília.[25][26]

Ipanema é um bairro à beira-mar localizado na região sul da cidade do Rio de Janeiro. A pedido do empresário Oscar Ornstein, Vinícius de Moraes e Antônio Carlos Jobim se juntaram para criar uma canção que iria integrar a peça musical Dirigível, um trabalho que estava em andamento mas nunca estreou. O título original era "Menina que Passa".[27][28]

Jobim compôs a melodia no piano em sua casa na Rua Barão da Torre, em Ipanema.[29] Por sua vez, Moraes escreveu as letras em Petrópolis, como fez com "Chega de Saudade" seis anos antes. No entanto, esta foi rejeitada por ambos por conter palavras que enfatizam demais o aspecto melancólico da cena e então Moraes criou uma nova versão quase completamente reescrita: Tinha apenas o motivo básico – um espectador um pouco melancólico refletindo sobre uma bela mulher que ali passava.[29]

Helô Pinheiro em 2006
Helô Pinheiro, inspiração dos compositores, em 2006.

A canção foi inspirada em Heloísa Eneida Menezes Paes Pinto (agora conhecida como Helô Pinheiro), uma garota de dezessete anos que vivia na Rua Montenegro em Ipanema. Diariamente, ela passava pelo bar-café Veloso a caminho da praia. Às vezes, ela entrava no bar para comprar cigarros para a mãe. No inverno de 1962, os compositores viram a garota passar pelo bar e inspirados nela compuseram a canção.[32][33]

Durante quarenta noites, Tom Jobim, Moraes e João Gilberto se apresentaram na boate Au Bon Gourmet. Apesar de não receber cachê, Vinicius lançou cinco canções durante sua apresentação, inclusive "Garota de Ipanema".[33] Na apresentação, o cantar da música era iniciada com um diálogo entre os três:

  • João: — “Tom, e se você fizesse agora uma canção que possa nos dizer, contar o que é o amor?”
  • Tom: — “Olha, Joãozinho, eu não saberia sem o Vinicius escrever a poesia.”
  • Vinicius: — “Para esta canção se realizar, quem me dera o João para cantar!”
  • João: — “Ah, mas quem sou eu? Melhor se cantássemos os três.”

Dentro de muito pouco tempo, a boate tornou-se um ponto turístico para os norte-americanos. Apesar da relutância inicial, Jobim e Gilberto foram convencidos pelos representantes, frequentemente presentes, da indústria de registros dos EUA à mergulhar no cenário internacional e gravar uma versão em Nova Iorque, junto com Stan Getz. As primeiras gravações são de Pery Ribeiro (para a gravadora Odeon) e Tamba Trio (para a Philips). Esses singles foram lançados ao mesmo tempo em janeiro de 1963 para evitar qualquer disputa entre as empresas. A gravadora brasileira Mocambo lançou uma versão da cantora Claudette Soares.[33]

O compositor Jobim gravou a canção pela primeira vez nos Estados Unidos, onde ficou praticamente permanentemente desde novembro de 1962. A versão instrumental foi lançada em maio de 1963 no LP The Composer of Desafinado, Plays, um recorde que também é notável porque marca o início de uma colaboração duradoura e frutuosa com o arranjador alemão Claus Ogerman.[34]

Somente dois anos e meio depois, já namorando com Fernando Pinheiro, Helô ficou sabendo que a canção foi inspirada nela.[35] Em Revelação: uma verdadeira Garota de Ipanema, Moraes escreveu que ela era "o paradigma do bruto carioca; a moça dourada, misto de flor e sereia, cheia de luz e de graça mas cuja visão é também triste, pois carrega consigo, a caminho do mar, o sentimento da que passa, da beleza que não é só nossa – é um dom da vida em seu lindo e melancólico fluir e refluir constante." Provavelmente em retribuição à homenagem, quando ela se casou, convidou Tom Jobim e sua esposa Teresa para serem padrinhos.[35]

Desde que os jornalistas tomaram conhecimento disso, Helô tornou-se o centro do interesse público, sendo até cogitada pelo diretor Leon Hirszman a fazer o papel principal no filme homônimo.[36] Ainda hoje, ela goza de uma certa proeminência na mídia brasileira: Ela apareceu nas edições[37][38] de maio de 1987 e de março de 2003 da revista Playboy[39][40] e também foi convidada para uma série de eventos nos Estados Unidos, mas acabou recusando todos pelo fato da sua família ser contra sua fama.[41]

Versão inglesa

[editar | editar código-fonte]

Durante uma sessão de gravação em Nova Iorque com João Gilberto, Antônio Carlos Jobim e Stan Getz, surgiu a ideia de criar uma versão em língua inglesa. Norman Gimbel se ofereceu para traduzir as letras para o inglês.[29] Por meio de traduções literais, Gimbel criou pós-poemas, que geralmente retém o significado aproximado dos originais, mas se baseiam fortemente nos hábitos de escuta do público afluente da classe média americana, o que Jobim não apreciou, mas que com o sucesso foi aceito.[42]

As gravações não foram completamente harmoniosas. Ruy Castro, em suas pesquisas sobre os bastidores do disco, conta que João e Stan frequentemente discordavam na escolha do melhor take entre os gravados e por isso cabia a Creed Taylor fazer o desempate.[44] Em determinado momento, Gilberto, impaciente com as sutilezas rítmicas do saxofonista e sem dominar a língua inglesa, disse a Jobim: "Diga a esse gringo que ele é burro", ao que Jobim traduziu: "Stan, John is saying that his dream has always been to record with you" (em português: "Stan, o João está dizendo que o sonho dele sempre foi gravar com você").[45]

Astrud e João Gilberto em 1996

Norman acreditava que a palavra Ipanema nada significava para os norte-americanos, mas Jobim insistiu para a referência à praia do Rio de Janeiro não ser retirada.[46] O próprio Jobim conta a desavença no livro O Cancioneiro Jobim: "A versão americana me valeu muita briga com Norman. Os americanos recusam tudo aquilo que não entendem, que não conhecem. [...] Tudo o que eu queria era passar adiante o espírito da garota de Ipanema, essa coisa carioca e poética. Acho que conseguimos, mas foi uma luta feia." Em particular, a letra foi criticada devido que a poesia ambígua e restrita do original foi perdida e teve que dar lugar a uma "mistura superficial de erótico e exótico".[47]

Astrud Gilberto

[editar | editar código-fonte]

A esposa de João, Astrud Gilberto, era a única brasileira que conseguia falar bem em inglês, sendo assim, escolhida para cantar.[48] Ela só foi ao estúdio no segundo dia de gravação e era completamente inexperiente como cantora. Stan Getz lembrou-se vinte anos depois: "Gilberto e Jobim não queriam Astrud cantando. Ela não era uma cantora profissional [...] e eu sabia que ela tinha uma tendência a cantar plana. Eu [...] pensei que as palavras em inglês eram muito agradáveis. Astrud pareceu suficientemente boa para gravar".[49] O produtor Creed Taylor também apoiou as ambições vocais de Astrud: por razões comerciais, teve o melhor sentido de ter uma voz feminina no álbum, cantando "em uma linguagem menos exótica".[50]

Stan foi considerado um dos mais importantes representantes do cool jazz nas décadas de 40 e 50 e, como saxofonista, muitos críticos e fãs o valorizaram como o inovador mais importante do estilo de Lester Young.[51] Sua música era bem conhecida pelos músicos da bossa nova[52] bem antes das primeiras excursões nos ritmos brasileiros,[53] e é por isso que tanto Jobim quanto Gilberto aproveitaram a oportunidade de se juntar a ele em sua própria admissão.[54]

João Gilberto

[editar | editar código-fonte]

João Gilberto era o intérprete vocal favorito de Jobim.[55] Mesmo como guitarrista, ele já influenciou decisivamente um elemento estilístico essencial da bossa nova anos antes e, portanto, foi considerado como figura central nesta gravação.[56]

Tommy Williams

[editar | editar código-fonte]

Segundo o jornalista Arnaldo DeSouteiro, Tommy Williams, erroneamente creditado em algumas reedições, não [57]participou da gravação como contrabaixista.[58] O baixista em todos as faixas do álbum "Getz/Gilberto" foi o brasileiro Sebastião Neto, que tocou em um instrumento emprestado pelo músico Don Payne, sem participação alguma de Tommy Williams. Esta tese é fundamentada por algumas fotos realizadas por David Drew Zingg durante a gravação e nas quais ambos (Neto e Payne) aparecem. Arnaldo DeSouteiro explanou todas as comprovações em texto para a compilação "A Trip To Brazil: 40 Years of Bossa Nova", que produziu para a Verve Records/Universal Music em 1998.

No momento da gravação, Phil era co-proprietário e engenheiro de som do estúdio A&R na 48º Rua de Nova Iorque por cerca de um ano. Ele estava procurando por um sucesso comercial, mas também estava procurando uma oportunidade para compartilhar suas ideias técnicas inovadoras. No caso de "Garota de Ipanema", ele arriscou isso diante da incerteza vocal de Astrud Gilberto — o cantor finalmente precisou de cinco takes — experimentação dispendiosa para executar a fita a uma velocidade de 76 cm (30 polegadas) por segundo. Este método elaborado já havia sido usado apenas para gravações de música clássica, para gravações de jazz e pop, uma vez que continha até 15”/38 cm por segundo.[59]

Milton Banana e Monica Getz

[editar | editar código-fonte]

Milton foi a Nova Iorque a pedido de Jobim e Gilberto para também participar da gravação, pois estavam insatisfeitos com a visão rítmica do baterista norte-americano que eles conheciam. Todos envolvidos repetidamente enfatizaram a importância da presença da esposa de Stan, Monica Getz, para o sucesso da gravação. Ela soube como contrabalançar a psiquidade instável de problemas com drogas e álcool de seu marido,[60] conseguiu trazer também João Gilberto do hotel ao estúdio e, finalmente, foi a primeira que assumiu uma enorme posição para o envolvimento de Astrud.[60]

Depois de alguns meses, o produtor Creed Taylor optou por cortar a parte de João, assim, reduzindo de cinco para três minutos de duração. O grande sucesso da canção nos Estados Unidos e a emigração de Jobim devido ao golpe militar brasileiro de 1964, causaram que este permanecesse o último trabalho conjunto com Tom.[61] Em 1995, após a morte de Tom, Gimbel renovou os direitos autorais da canção. Desde então, passou a ter propriedade de 41%. Esta decisão foi revertida em 2010, voltando a ter apenas 16%.[62]

Estilo e composição

[editar | editar código-fonte]
Vinicius de Moraes e Tom Jobim.[63]

A composição de Jobim é caracterizada por uma combinação de torções às vezes bastante clichês, às vezes altamente originais, nas quais as características de estilística muito diferentes são processadas.[64]

"Garota de Ipanema" é uma canção de 40 tempos que está estruturada na AABA.[nota 1] Esta forma não é desconhecida na música brasileira;[68] No entanto, é definida pelo estilo da música popular dos EUA. Esta forma o esqueleto da maioria das canções de Tin Pan Alley,[nota 2] que por sua vez possui uma parte substancial do repertório padrão de jazz. Sempre que o compositor Tom Jobim recorreu a essa forma comparativamente jazzística, ele tentou afrouxar sua estrutura relativamente rígida o mais longe possível. No caso de "Garota de Ipanema", a parte do meio (B) é o dobro do modelo básico, com 16 barras.[73] O enquadramento da seção A de oito barras corresponde às expectativas do ouvinte em particular, uma vez que são quase idênticos entre si melodicamente e harmonicamente.[64]

Ritmo e tempo

[editar | editar código-fonte]

Os músicos de bossa nova entenderam seu estilo como enfatizador da evolução urbana e intelectual das formas mais antigas do samba. As edições de partituras de "Garota de Ipanema" são, portanto, citadas em 2/4 compassos, como é utilizado originalmente na maioria dos ritmos latino-americanos.[74] Os músicos norte-americanos e europeus, cujas canções são caracterizados pela tradição do jazz, sentem que esta notação é muitas vezes confundida, e é por isso que há muitas de 4/4 compassos, como no Real Book[75][nota 3] e suas coleções de canções e repertórios populares. Como a maioria das canção da bossa nova, a música é composta por um tempo médio; na gravação mais famosa (do LP Getz/Gilberto) são 124 batidas por minuto.[74]

Jobim escreveu a canção originalmente no tom de ré bemol maior, que correspondia bem com a voz de João Gilberto e a sua própria voz.[79] Embora não haja evidências que sugira que a consideração do compositor de quaisquer características tenha desempenhado algum papel, nessa tonalidade, as propriedades dos instrumentos normalmente envolvidos, produzem um efeito audível. Por exemplo, para os saxofones e contrabaixo, o ré bemol maior é uma tecla "escura", um pouco delicada, que requer atenção especial para entonação e técnica instrumental em geral.[80]

Como a parte do meio é modulada semitom para cima, ou seja, para o ré maior,[81] as transições entre as seções oferecem oportunidade de improvisação sob a progressão da corda. Além da já mencionada versão clássica do Getz/Gilberto, esse efeito é bastante bom em uma gravação bem conhecida de Oscar Peterson ("We Get Request", 1965), que também aproveita as características especiais do tom original.[82] No entanto, desde o final da década de 1960, o fá maior tecnicamente menos exigente prevaleceu como tom comum, que também havia sido escolhida por Jobim para suas próprias versões instrumentais.[83]

Uma vez que "Garota de Ipanema" é de preferência realizada por vocalistas, a escolha do tom geralmente depende das possibilidades vocais do cantor ou cantora. A dificuldade da canção consiste menos na sua gama, que não é excepcionalmente ampla, mas em sua melodia relativamente abstrata em relação aos acordes de acompanhamento.[83]

Formação de motivos e sequências

[editar | editar código-fonte]
O motivo de três tons da parte-A ? · ficheiro

Uma das características mais proeminentes da canção é sua limitação impressionante para alguns, motivos simples e sua progressão consistente através de acordes.[84] Todas as três seções A são contestadas por um único, consistindo apenas em um motivo de três tons, o qual é repetido pela primeira vez com o mesmo tom, antes do mesmo movimento melódico – mas, desta vez, com um decalque de tom inteiro – sequenciado novamente.[85]

O charme sonoro deste simples motivo de três tons consiste no relacionamento ambíguo tenso em que os tons de melodia são os acordes de acompanhamento. Os tons de melodia dó e si estão em relação a tônica ré maior, respectivamente sétima e sexta maiores.[nota 4] Em relação ao segundo acorde, as notas são fundamentais,[nota 5] sexta e quinta.[85] Nessas funções, os tons não são muito dissonantes, então eles não parecem "errados", mas ainda não assumem uma tarefa harmônica clara no sentido de liderar a voz. Isso acontece apenas no segundo quarto tempo de cada seção A, onde os tons de melodia atuam como subtônica harmonicamente importante. No entanto, como a melodia, seguindo a lógica sequencial, é conduzida para o quinto em oposição à dissolução na nota-chave, a canção permanece em suspensão, como corresponde ao caráter anseio do texto que acompanha. O fato de que isso deve ser pretendido é mostrado no final do formulário, quando o motivo da sequência é brevemente variado, mas a melodia não atinge a nota-chave, mas "apenas" as sextas. Jobim alcança com melódico um efeito sonoro comparável à semifinal.[nota 6] Seu caráter permanece não menos importante por causa do canto, porque a melodia selecionada parece sugerir um material pentatônico e, portanto, material típico de inúmeras canções populares e infantis.[89]

No progresso adicional da canção, a seção do meio traz Jobim com mais dois novos motivos, que ele desenvolveu de maneira semelhante. Mas seu contexto musical é mais claramente revelado pela compreensão do curso harmônico original de 16 baras.[85]

Harmonia: clichês e contrastes

[editar | editar código-fonte]

Do ponto de vista harmonioso, "Garota de Ipanema" combina uma progressão de acordes muito comuns com uma série de retornos tonais, tentando deliberadamente eludir uma interpretação clara que consistente no sentido da teoria funcional.[90]

A seção A traz uma forma muito clara, simétrica e tonalmente dificilmente alienada. A progressão da corda tônica é dupla dominante, como tem sido na música europeia pelo menos desde o clássico vienense[91] em uso:

Somente com acordes (aqui o acorde dominante é IIm7) ou substituição tritonal[92] (bII7) as cordas muito discretamente adicionais são definidas e o efeito ligeiramente dissonante pelo acompanhamento de guitarra, pois é característico da bossa nova, ainda mais mitigado. Este esquema de acordes é omnipresente nas três grandes tradições musicais populares que o continente americano[93] produziu no século XX, ou seja, as dos EUA, Brasil e Cuba. Por conseguinte, seria desperdiçada, especialmente com o uso de tal progressão de acordes para provar a influência frequentemente postulada do jazz na bossa nova. Somente em Getz/Gilberto, há mais três canções que trabalham com o mesmo clichê harmônico (ou pequenas modificações).[90] Muito típico das melodias norte-americanas, no entanto, é preferência por melodias repetitivas e sequenciadoras no caminho, como acontece em "Garota de Ipanema".[94]

Parte do meio

[editar | editar código-fonte]

Como já mencionado, a seção média de 16 barras, a chamada ponte, usa apenas dois motivos melódicos. O primeiro consiste em princípio de apenas um passo de tom inteiro[95] (no exemplo musical o movimento de dó sustenido para si):

Esses dois tons são interpretados como um terceiro ou sétimo acorde de dois círculos de quintas (aqui Dmaj7 e G7) e depois jogado com as notas vizinhas (exemplo). Após a primeira apresentação deste motivo, uma passagem de sequência começa novamente, o que, no entanto, usa passos de sons incomuns: O primeiro motivo desloca por um terceiro menor e depois novamente por um semitom (exemplo).[94] Jobim impede os relacionamentos harmoniosos, substituindo o segundo e terceiro acordes principais por seus parâmetros menores, trazendo novos relacionamentos de terceiro a terceiro para o primeiro plano.[96] Essas chamadas medianas geralmente criam relacionamentos sonoros complexos, especialmente em combinação com reversões desconhecidas de tons graves. Foram surpreendentes soluções harmoniosas como essas que levaram ao fato de que, além do jazz, a música do impressionismo foi nomeada outra grande influência da bossa nova; e, de fato, Jobim passou grande parte de sua juventude a estudar Claude Debussy e a música de piano de Maurice Ravel.[97]

Acima de tudo, as quatro barras restantes servem para retornar a canção à seu tom original (da qual, entretanto, esteve longe). Harmônico e melódico, o compositor aqui escolhe um método comprovado e conclusivo: Uma sequência progressiva que começa em um acorde fá menor e retorna para ré maior.[98] Esta progressão de acordes familiar soa sob uma escala executada que é repetida de uma maneira que já é familiar nas duas últimas barras, transpôs um tom inteiro. A nitidez sônica recebe esse curso, de outra forma muito previsível, através da resolução "errada". Em vez do quinto (), que esperava como o tom alvo, Jobim termina com um semitom mais baixo, popularizado pelo bebop excessivo e não-consciente.[97]

Doug Ramsey descreve o equilíbrio elegante alcançado por meios musicais semelhantes e similares entre a previsibilidade do canto, a dança e a sofisticação harmônica de uma linguagem musical predominantemente instrumental, como o jazz moderno,[99] como a verdadeira conquista da geração da bossa nova:

Gilberto, Jobim e outros brasileiros transformaram os ritmos de dança de rua da previsibilidade para a sutileza, dando à música uma urgência assimétrica que era quase impossível resistir.[100]

Solos instrumentais

[editar | editar código-fonte]

Solos instrumentais no jazz e estilos musicais relacionados geralmente não são considerados um componente integral e invariável de uma composição. Pois é prática comum improvisar essas passagens solos dentro do esquema de acordes já estabelecido.[101] Em princípio, "Garota de Ipanema" não se comporta de forma diferente, mas no caso, fatores especiais fizeram com que os dois solos de Getz/Gilberto fossem entendidos por muitos ouvintes como elementos essenciais do conjunto musical. No início dos anos 60 os músicos desejava que o público ouvisse algumas passagens instrumentais em shows ao vivo tão inalterados quanto possível. Este foi popular no big band da era do swing, então, mais de duas décadas após, foi comum apenas com as bandas de rock, tornaram-se novamente popular em grande parte.[102]

Além da extraordinária fama, que esta versão especial da canção goza há décadas, razões musicais inerentes podem ser conhecidas pelo status um tanto "‎sacrossanta" dos dois solos.[103] Por um lado, ambos os solistas estão muito mais sintonizados com o tema do que o habitual no jazz moderno (a maioria dos outros solos do álbum também são melódicos e ritmicamente muito mais independentes). Desta forma, os instrumentos continuam o canto "‎chiado" de Gilberto, criando assim a ilusão de outros versos vocais. Deve lembrar-se que, em particular, João, que cantou em português e, além disso, com um forte sotaque brasileiro, era incompreensível para a maioria dos ouvintes norte-americanos e europeus de qualquer maneira e sua contribuição era, portanto, menor do que a letra, mas sim melodia e ritmo (assim quase como um solo instrumental) foi percebido.[104]

Stan Getz dissolve nas últimas oito barras de seu solo, e ele faz isso de uma maneira típica, ou seja, por meios rítmicos. Para simplificar ainda mais o motivo de três notas das seções A,[105] ele primeiro executa quatro barras exclusivamente com as notas mi bemol e dó, o que coloca em um ritmo muito assimétrico, criando assim um riff polirritmico de enorme espiral com meios muito simples. Nas quatro barras a seguir, o saxofonista retorna à melodia, o que ele interpreta com um fraseio descontraído, muito típico de seu jazz e do sentimento de canto da bossa nova.[100] Na versão única, o produtor Creed Taylor só teve esse clímax final do tenor solo:

Ambiguidade harmônica

[editar | editar código-fonte]

A harmonia sonora da seção do meio, com suas relações de cordas funcionalmente inequívocas, inspirou muitos teóricos a analisar esta progressão original nas últimas décadas. Vale ressaltar que a disputa sobre o modelo de interpretação "correto" dessa estrutura idiossincrática é muito remota nos Estados Unidos, Alemanha e Brasil, país de origem da bossa nova,[106] sendo conduzida com particular habilidade polêmica – o fato de que tal "correção" teórica não era procurada pelo compositor nem exigida por músicos. Axel Jungbluth, cuja teoria da harmonia do jazz foi considerado trabalho padrão no mercado de língua alemã, dedica uma análise excepcionalmente longa e elaborada na seção do meio.[107]

Outras versões

[editar | editar código-fonte]
CANÇÕES COM MAIORES NÚMEROS DE VERSÕES

"Yesterday" (por John Lennon e Paul McCartney)*
  
+1600
"Garota de Ipanema" (por Tom Jobim e Vinicius de Moraes)
  
+1500
"What a Wonderful World" (por Louis Armstrong)
  
+1000
"Aquarela do Brasil" (por Ary Barroso)
  
+300
"Hallelujah" (por Leonard Cohen)
  
+300
Notas

* No entanto, George Gershwin afirma que a ária "Summertime", composta para a ópera Porgy and Bess de 1935, possui mais de 30 mil regravações e deveria estar no Guinness World Records.[108][109]

"Garota de Ipanema" compete com material pop clássico, como "Yesterday" de Paul McCartney, no ranking de canções mais amplamente interpretadas do século XX. Portanto, é quase impossível e sem sentido compilar uma lista completa de todas as versões publicadas nas últimas décadas. Um relatório da Deutsche Welle no 50º aniversário da canção aponta para o fato de que "a música foi interpretada mais de 200 vezes, 40 vezes sozinha, entre 1963 e 1965".[116][117]

Um dueto entre Xuxa e Daniel Jobim (neto do músico Tom Jobim) foi tema de abertura da novela Aquele Beijo,[118] da Rede Globo, com autoria de Miguel Falabella.[119] "Garota de Ipanema" foi a única canção de outros autores a ter sido interpretada pela banda Casseta & Planeta (era cantada por Hubert Aranha imitando Paulo Francis). Atração frequente dos primeiros espetáculos da banda, foi incluída no videocassete Casseta Popular & Planeta Diário em conserto [sic], mas não nos discos subsequentes.[116]

O diretor brasileiro Leon Hirszman, expoente do chamado Cinema Novo, filmou uma versão cinematográfica da música original em 1967, com arranjo de Eumir Deodato. Muitos filmes da Europa e dos EUA – a maioria deles comédias – costumam usar a canção como música de fundo.[120] Existe uma versão para ser executada em elevador no filme The Blues Brothers.[121] A canção está ainda presente nos filmes Catch Me If You Can (2002), Finding Nemo (2003),[122] The Life and Death of Peter Sellers (2004),[123] Mr. & Mrs. Smith (2005), V for Vendetta (2005),[124] Alpha Dog (2006),[125] The Invasion (2007), Despicable Me (2010)[126][127] e entre outros.

No quinto episódio da sexta temporada de Scrubs, intitulada "My Friend with Money", Dr. Cox e o zelador disputam a sala de luxo do hospital.[128] Sucessivamente, Cox, juntamente com o Dr. Turk, se certificam da existência da sala ao ouvirem uma canção tocando do outro lado da parede e então é revelado que Janitor, o zelador, está alegremente dançando lá dentro.[129] No décimo episódio da nona temporada de Os Simpsons, intitulada "Milagre de Natal", Homer Simpson dança ao ouvir uma versão instrumental da canção quando está a bordo de um submarino.[130] Álbuns brasileiros em que está presente:

Álbum Artista Notas
História da MPB Vários (Abril Cultural)
Tide Tom Jobim
Tom Jobim Inédito
Tom Canta Vinicius
Tom, Vinicius, Toquinho e Miucha Tom, Vinícius, Toquinho e Miúcha (ao vivo no Canecão, Rio de Janeiro)
Sérgio Mendes & Bossa Rio Sérgio Mendes e Bossa Rio

Versão inglesa

[editar | editar código-fonte]

A versão em inglês, "The Girl from Ipanema", foi cantada por Frank Sinatra, Nat King Cole, Cher (encontra-se no álbum The Sonny Side of Chér, de 1966),[131] Mariza, Madonna, Sepultura, Amy Winehouse, Maroon 5 e vários outros artistas.[132] A canção também inspirou a banda americana The B-52's com "Girl from Ipanema Goes to Greenland" (Garota de Ipanema foi para a Groelândia),[133] presente no disco Bouncing Off the Satellites (1986). É uma metáfora, já que a Garota de Ipanema, representa uma garota alegre e atraente e a Groelândia, um lugar frio, representa uma personalidade fria. Resumindo, é uma garota atraente que se torna insensível.[134]

Frank Sinatra (1967)

[editar | editar código-fonte]

Em meados da década de 1960, os compositores eram aclamados na indústria do entretenimento quando uma de suas canções era interpretada por Frank Sinatra. Sinatra entrou em contato com Jobim no decorrer de 1966 e sugeriu ao imigrante brasileiro que eles deveriam gravar um álbum completo juntos – isto é, com Jobim como guitarrista e segunda voz.[135] Como arranjador, eles recorreram a Claus Ogerman, cujos trabalhos também apreciaram Sinatra. O LP de março de 1967, Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim, que alcançou números de vendas notáveis, também incluiu um duo para "Garota de Ipanema" (gravada em 31 de janeiro de 1967). Com a interpretação de Sinatra, cujo estilo e repertório serviram de modelo a inúmeros cantores, a música chegou ao centro do estabelecimento musical, até mesmo ilustres orquestras e solistas clássicos (por exemplo, o flautista James Galway) regravara-a depois.[136]

Com a versão bem sucedida de Sinatra, "Garota de Ipanema" assegurou um lugar permanente no repertório de jazz padrão,[137] mas é notável que uma grande parte dos músicos de jazz não podem ou não querem adicionar nada significativamente novo à mensagem estética das primeiras versões.[136][138]

Versão italiana

[editar | editar código-fonte]

Uma versão em língua italiana, intitulada "La ragazza di Ipanema", foi gravada em 1965 por Caterina Valente pela gravadora Decca Records. A cantora, que já havia gravado "Desafinado" e "Samba de Uma Nota Só", no entanto, gravou a canção em três ou quatro outras línguas. O texto italiano de "Garota de Ipanema" foi escrito por Giorgio Calabrese e, apesar do título coerente com o original, falou de um "Garoto de Ipanema" disputado por uma turma de meninas.[139]

A primeira gravação italiana com o texto corretamente feminino é de Bruno Martino, que liberou-a como lado B de "E la chiamano estate" no álbum Dedicato a te em 1965, com letra de Giorgio Calabrese. Apesar das repetições frequentes no rádio e na televisão, o disco não conseguiu entrar em altas classificações.[140] Martino, provavelmente, não ouviu a versão inglesa de Astrud Gilberto, mas a original em português, no verão de 1964 em Viareggio. Gilberto de fato esteve por algumas semanas num salão, no último andar do famoso local toscano. Até mesmo, Gilberto gravou "Estate" de Martino, pois provavelmente o ouviu lá. Musicalmente, a versão gravada por Bruno Martino reflete a influência do instrumental, gravado por Antônio Carlos Jobim em 1963, baseado inteiramente nos acentos claros do piano, na seção de cordas, mas com um ritmo ainda mais bossa nova do que o de Jobim.[141]

As interpretações famosas de "Garota de Ipanema", mas acima de tudo de "The Girl From Ipanema," foram realizadas, desde os anos sessenta, por Ella Fitzgerald, Nat King Cole, Erroll Garner e Peggy Lee. Além disso, muitos jazzistas interpretaram a canção, entre eles o saxofonista Archie Shepp, que gravou pela Impulse! Records uma versão free jazz para o álbum Fire Music, de 1965. Mais tarde, artistas como Mel Tormé até Diana Krall interpretaram suas versões da canção.[141] Praticamente todos os cantores brasileiros gravaram sua própria versão da canção, incluindo aqueles mais distantes da bossa nova, como os tropicalistas Caetano Veloso e Gal Costa.[142] Muito bem sucedido é a versão de Elis Regina no festival de Montreux em 1979.

Outros idiomas

[editar | editar código-fonte]

A versão em espanhol, "La Chica de Ipanema", já foi gravada por Los 3 Sudamericanos, Gloria Lasso, Los Hermanos Castro, Eugenia León e Jarabe de Palo.[144] Laila Kinnunen, uma das mais populares cantoras finlandesas das décadas de 50 e 60, gravou uma versão intitulada "Ipaneman Tyttö". A canção foi lançada pela Scandia Records e está presente no álbum A la Laila.[145][146]

O francês Eddy Marnay, compositor de mais de 4 mil canções, criou uma versão chamada "La fille d’Ipanema", esta posteriormente foi gravada por Jacqueline François. "La ragazza di Ipanema", título em italiano, foi cantada por Mina Mazzini em uma apresentação na TV italiana. Durante sua carreira, Mina gravou mais de 1400 canções,[147] entre elas, um dueto com Chico Buarque.

"Garoto de Ipanema"

[editar | editar código-fonte]
 Nota: Para o filme coreano de 2010, veja The Boy from Ipanema (filme).

Quando cantada por artistas femininas, como Ella Fitzgerald e The Supremes (1965), Peggy Lee (1964) e Shirley Bassey (1966), a canção foi muitas vezes interpretada como "Garoto de Ipanema". Petula Clark cantou assim no The Muppet Show em 1977.[148] Diana Krall gravou no álbum Quiet Nights, de 2009.[149]

A canção é satirizada sob quase todos os aspectos imagináveis: A cantora Linda Lavin canta com um timbre juvenil, parecido com o de Astrud, "The Boy From...", escrita por Stephen Sondheim. Embora ambas as músicas sejam sobre o desejo não correspondido do personagem do título, o humor decorre em parte do fato de que o narrador desconhece completamente a flagrante homossexualidade de sua paixão.[150] Outro aspecto humorístico da canção vem do fato de que todos os versos terminam com uma declaração da cidade natal do personagem principal (daí a reticências no título), uma vila espanhola fictícia chamada "Tacarembo la Tumba del Fuego Santa Malipas Zacatecas la Junta del Sol y Cruz" ("Cruz" pronuncia-se "cruth").[151]

Outra paródia é "The Girl With Emphysema" do comediante Bob Rivers. A frase "Garoto de Ipanema" aparece também em "Anthonio" da artista norueguês Annie.[152]

Sucesso e legado

[editar | editar código-fonte]

Nem no jazz nem na música brasileira existe uma versão "definitiva" da canção, embora a de Getz/Gilberto seja frequentemente procurada pela indústria discográfica e crítica.[153] A este respeito, há uma clara diferença para a música pop e rock, neste caso as versões de capa predominam mas renunciam mudanças profundas do original. Getz/Gilberto vendeu mais de dois milhões de cópias em 1964, ocupando o segundo lugar da parada de sucesso da revista Billboard durante 96 semanas,[154] perdendo apenas para A Hard Day's Night dos Beatles, tornando-se assim um dos 25 discos mais vendidos do ano.[155]

Além disso, o álbum conquistou as rádios do mundo e emplacou na quinta posição, tendo mais de 4 milhões de reproduções. A revista JazzTimes, numa edição de 1994, trinta anos após o lançamento, considerou-o "[...] essencial para todos os colecionadores sérios de jazz. [...] Serve como prova de que é possível uma música ser um sucesso tanto artístico quanto comercial...".[156] Ao longo dos anos, Getz/Gilberto foi lembrado por revistas especializadas em críticas musicais como a Rolling Stone, onde figurou na 447ª posição entre os 500 melhores discos de todos os tempos em 2003,[157] e entre os 100 álbuns indispensáveis do século XX pela Vibe em 1999. Em 2007, na edição brasileira da Rolling Stone, o álbum ficou na 70º posição entre outras 100 obras.[158][159][160] A revista espanhola Rockdelux o posicionou em 77ª colocação em sua lista dos 200 melhores álbuns de sempre em 2002.[161]

Em 2008, a Fnac elegeu como 47º melhor disco de todos os tempos entre outros 1000. Getz/Gilberto aparece também em dois dos mais famosos livros de referência musical: 1001 Albums You Must Hear Before You Die (2007), escrito por Robert Dimery,[162] e 1,000 Recordings to Hear Before You Die (2008), de Tom Moon.[163] Em 31 de maio de 1964, "Garota de Ipanema", especificamente, entrou na 87ª colocação da Billboard Hot 100 e em 12 de julho alcançou o 5º lugar, permanecendo entre as cinco primeiras colocações por 2 semanas e 12 semanas entre as 100.[164] No mesmo dia em que alcançou o 12º lugar no Top 100, alcançou o 1º na Billboard Adult Contemporary, permanecendo também por 2 semanas. Esta foi a única aparição de Astrud no Top 100. Em 25 de outubro de 1970, Astrud interpretou a canção no programa The Ed Sullivan Show da CBS.[165][166][167]

Na Europa Ocidental, mesmo tendo em conta o fato de que surgiu ao mesmo tempo a "beatlemania" em ambos os lados do Atlântico, teve reação de maneira semelhante atingindo o pico das paradas musicais.[168] No mesmo ano de 1964, quarenta versões de outros intérpretes foram apresentadas apenas no mercado musical dos Estados Unidos. O sucesso extraordinário não se limitou de forma alguma à classe média branca que a gravadora originalmente tinha em mente. Meses depois, músicos e ouvintes negros, que geralmente preferem um ideal de voz e uma intensidade rítmica diferente, como as cantoras Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan e Esther Phillips, gravaram versões. Nat King Cole também cantou uma versão alguns meses antes de sua morte.[168][169]

A avaliação da revista de jazz Down Beat deu a canção sua melhor classificação possível, cinco estrelas. Dos Grammys para o ano de 1964, a obra venceu em quatro categorias: Álbum do Ano (Getz/Gilberto), Melhor Instrumental de Jazz (Stan Getz), Gravação do Ano (para Phil Ramone) e Single do Ano.[170] A Academia Nacional de Artes e Ciências de Gravação incluiu o single em 2000 no Hall da Fama do Grammy e em 2001 no Hall da Fama do Grammy Latino. Em 2004, a Biblioteca do Congresso adicionou a canção no Registro Nacional de Gravações.[170]

Gisele Bündchen
Gisele Bündchen desfilando na abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

Por ocasião dos vinte anos da morte de Vinicius de Moraes, em 2000, a Praia de Ipanema foi palco de um show em sua homenagem, que contou com a participação da Orquestra Sinfônica Brasileira, Roberto Menescal, Wanda Sá, Zimbo Trio, Os Cariocas, Emílio Santiago e Toquinho, interpretando composições de sua autoria. Em 2005, estreou, na abertura da sétima edição do Festival do Rio, o documentário Vinicius,[171] dirigido por Miguel Faria Jr. e produzido por Suzana de Moraes, filha do cantor, com a participação de Chico Buarque, Carlos Lyra,[172] Caetano Veloso, Maria Bethânia, Adriana Calcanhoto, Mariana de Moraes, Olívia Byington e entre outros convidados. A trilha sonora do filme foi lançada em CD.[173][174]

Em 2006, foi lançada a box set Vinicius de Moraes & Amigos, com cinco álbuns do cantor, contendo 70 canções compiladas de fonogramas gravados por vários intérpretes e pelo próprio Vinicius.[175] A caixa incluiu ainda um livreto com a biografia do homenageado e as letras de todas as canções.[176] Em 2011, a escola de samba Império Serrano também o homenageou com o enredo "A Benção, Vinicius".[177][178] Em 19 de outubro de 2013, dia em que Vinicius de Moraes comemoraria o 100º aniversário,[179][180] o Google homenageou o artista em sua página inicial.[181][182][183][184]

Tom Jobim também deixou marcas com sua incrível capacidade de dotar de leveza e elegância a complexidade e a densidade elevadas de suas composições. Em 1992, ele foi enredo da escola de samba Estação Primeira de Mangueira.[185] Com sua obra, a música brasileira experimentou uma projeção internacional inédita, rigorosamente sem precedentes e definitiva. Tom começou a ser chamado pelos jazzistas de "George Gershwin do Brasil", uma grande honraria.[186][187]

Seu último álbum, Antônio Brasileiro, foi lançado em 1994, pouco antes da sua morte,[188] em dezembro, de parada cardíaca, quando estava se recuperando de um câncer de bexiga no Hospital Mount Sinai, em Nova Iorque.[189] Após sua morte, o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro foi renomeado Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim[190] pelo Congresso Nacional, por uma comissão de notáveis, formada por Chico Buarque, Oscar Niemeyer, João Ubaldo Ribeiro, Antonio Candido, Antônio Houaiss e Edu Lobo, criada e pessoalmente coordenada pelo crítico Ricardo Cravo Albin.[191] Em 2008, Tom foi eleito pela revista Rolling Stone Brasil o maior artista da música brasileira[192] e no mesmo dia em que completou 20 anos de seu falecimento, em 8 de dezembro de 2014, foi homenageado com uma estátua sua na orla da Praia de Ipanema.[193][194][195]

O legado de "Garota de Ipanema" foi reconhecido em vários aspectos nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Verão em 2016: as mascote olímpicas e paraolímpicas foram, respectivamente, nomeadas Vinícius e Tom por meio de votação pública,[196] enquanto a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos apresentou um segmento temático em torno da música e da arquitetura de Oscar Niemeyer.[197][198] O neto de Jobim, Daniel, interpretou a canção durante o segmento, que também apresentou uma aparição da modelo brasileira Gisele Bündchen.[199][200][201][202] O Spotify informou que a canção foi transmitida em seu serviço 40 mil vezes por dia nos dias que seguiram a cerimônia (um aumento de 1200%).[203][204]

A série de televisão Coisa Mais Linda, cujo tema é a ascensão da bossa nova, lançada em março de 2019 e exibida pela Netflix, teve o título inspirado no primeiro verso de Garota de Ipanema.[205]

Controvérsias

[editar | editar código-fonte]

Em 2001, os proprietários dos direitos autorais da canção (os herdeiros dos compositores) processaram Helô por usar o título da canção como nome de sua loja.[206][207] Em sua queixa, eles declararam que seu título de "Garota de Ipanema" não lhe conferiu o direito de usar um nome que pertencesse legalmente a eles.[208] O apoio público foi fortemente favorável a Helô. Um comunicado de imprensa de Jobim e Moraes, os compositores, em que chamaram Heloisa como a verdadeira Garota de Ipanema, foram utilizados como evidência de que tinham pretendido conferir esse título a ela. O tribunal decidiu a favor dela.[209]

Em uma disputa judicial separada, Astrud Gilberto processou a Frito-Lay por violação de marca registrada por usar a canção em um anúncio de TV. Gilberto argumentou que:

Como resultado do enorme sucesso da gravação de 1964 e de suas frequentes atualizações subsequentes, ela se tornou conhecida como Garota de Ipanema e é identificada pelo público com a gravação de 1964. Ela afirma como resultado ter obtido direitos de marca registrada na gravação de 1964, que ela afirma que o público reconhece como uma marca que a designa como cantora. Ela contesta, portanto, que Frito-Lay não poderia usar legalmente a gravação de 1964 em um anúncio sem a sua permissão.[210]

Em Oliveria v. Frito-Lay Inc. (2001), suas alegações foram rejeitadas pelo Segundo Circuito de Cortes de Apelação dos Estados Unidos.[210]

Notas

  1. AABA é uma estrutura musical comumente encontrada nas canções Tin Pan Alley, especialmente na primeira metade do século XX. Como seu nome implica, este formulário consiste em quatro seções: Uma seção A de oito barras; Uma segunda seção A que pode ter pequenas alterações da primeira; Uma seção B de oito barras e novamente a repetição da seção A, sendo a última e também contendo oito barras.[65][66][67]
  2. Tin Pan Alley é uma coleção de editores e compositores de música de Nova Iorque que dominaram a música popular dos Estados Unidos no final do século XIX e início do século XX.[69][70][71][72]
  3. Real Book é uma série de compilações populares de músicas de jazz, geralmente usado para referir-se ao volume 1 de uma série subterrânea de livros transcritos e coletados por alunos da Faculdade Berklee de Música durante a década de 1970.[76][77][78]
  4. Sexta é o intervalo de seis graus entre duas notas da escala musical. (ver "Sexta" na Wikipédia em espanhol)
  5. Nota fundamental é a ideia de que um acorde pode ser representado e nomeado por uma de suas notas.[86][87] Exemplo
  6. Semifinal é uma teoria musical criada em meados do século XIX que consiste num final de seção cujo som final é um acorde de quinto grau (dominante) do tom que prevalece.[88]

Referências

  1. Godoy, Fernanda. «Para Jon Pareles, crítico do New York Times, João Gilberto é o homem 'mais cool do mundo'». Consultado em 3 de março de 2013 
  2. «Estados Unidos preservam "Garota de Ipanema"». Consultado em 17 de fevereiro de 2013 
  3. «'Garota de Ipanema' é a segunda canção mais tocada da História». O Globo. 18 de março de 2012 
  4. «The Girl From Ipanema». OldieLyrics. Consultado em 19 de novembro de 2009 
  5. Maggin, Donald L. (20 de ago de 1997). Stan Getz. A Life in Jazz. Nova York: HarperCollins. 432 páginas. ISBN 9780688155551. Consultado em 24 de janeiro de 2018 
  6. Palmer, Richard (1988). Stan Getz. [S.l.]: Universidade de Indiana. Apollo. 96 páginas. ISBN 9780948820069. Consultado em 24 de janeiro de 2018 
  7. Taylor, Dennis (1 de julho de 2004). Jazz Saxophone: An In-depth Look at the Styles of the Tenor Masters (em inglês). [S.l.]: Hal Leonard. 80 páginas. ISBN 9780634058493 
  8. Stefano, Gildo de (2017). Saudade Bossa Nova: musiche, contaminazioni e ritmi del Brasile (17x24) (em italiano). Florença: Logisma Editore. 264 páginas. ISBN 978-88-97530-88-6. Consultado em 24 de janeiro de 2018 
  9. Amaral, Barcímio; Torres, Bolívar. «O tesouro escondido de João Gilberto». Consultado em 22 de fevereiro de 2013 
  10. «João Gilberto foi fundador e dissidente da bossa nova». Consultado em 5 de março de 2013 
  11. «'Garota de Ipanema' entra em arquivo histórico nos EUA». Consultado em 17 de fevereiro de 2013 
  12. Ezabella, Fernanda. «Para críticos, João Gilberto e bossa nova ainda são insuperáveis». Consultado em 3 de março de 2013 
  13. Whitburn, Joel (2002). Top Adult Contemporary: 1961-2001. [S.l.]: Record Research. p. 102. 352 páginas. ISBN 9780898201499 
  14. «As versões de 'Garota de Ipanema' pelo mundo». Consultado em 23 de janeiro de 2018 
  15. «Uma garota de Ipanema corre o mundo». Consultado em 23 de janeiro de 2018 
  16. «The Elusive Girl From Ipanema». The Wall Street Journal. Consultado em 13 de janeiro de 2018 
  17. «Prémios Grammy: Gravação do Ano» (em inglês). Rock on the Net. Consultado em 20 de setembro de 2012 
  18. «Latin GRAMMY Hall Of Fame». Grammy Latino. 2001. Consultado em 19 de agosto de 2014 
  19. «The National Recording Registry 2004». Library of Congress. Consultado em 13 de janeiro de 2018 
  20. Cavalcanti, Paulo (2009). «As 100 Maiores Músicas Brasileiras - "Garota de Ipanema"». Rolling Stone Brasil. Spring. Consultado em 6 de janeiro de 2014. Arquivado do original em 7 de janeiro de 2014 
  21. «Gisele Bündchen arrasa na cerimônia de abertura da Olimpíada Rio 2016». Rio de Janeiro: EGO. 6 de agosto de 2016. Consultado em 23 de janeiro de 2018 
  22. «Gisele Bündchen falou da emoção de participar da abertura das Olimpíadas». São Paulo: iG. 6 de agosto de 2016. Em cena em 13:13. Consultado em 23 de janeiro de 2018 
  23. Barros, Rahabe (5 de agosto de 2016). «Olimpíada 2016: Gisele Bündchen usa vestido de estilista brasileiro em cerimônia». Terra. Em cena em 21:53. Consultado em 23 de janeiro de 2018 
  24. «Gisele Bündchen desfila em passarela de 128 metros na abertura das Olimpíadas». R7. 5 de agosto de 2016. Em cena em 21:21. Consultado em 23 de janeiro de 2018 
  25. Redação (8 de agosto de 2016). «'Gisele foi devagar', afirmou Fernando Meirelles, diretor da abertura das Olimpíadas». Uai. Em cena em 15:01. Consultado em 23 de janeiro de 2018 
  26. Lisboa, Vinicius (5 de agosto de 2016). «Abertura da Rio 2016 exalta diversidade, mistura ritmos e tem voo do 14 Bis». Agência Brasil. Consultado em 6 de agosto de 2016 
  27. Neves, Ernesto (13 de agosto de 2012). «Dez curiosidades sobre Garota de Ipanema». Editora Abril. Consultado em 13 de janeiro de 2018 
  28. Máximo, João (18 de março de 2012). «Primeira 'Garota de Ipanema' foi escrita para um marciano». Rio de Janeiro: OGlobo. Em cena em 07:30. Consultado em 18 de janeiro de 2018 
  29. a b c Girão, Luisa; Bessae, Priscila; Moratelli, Valmir (29 de setembro de 2012). «"Garota de Ipanema" faz 50 anos: segunda canção mais tocada da História». iG. Em cena em 06:00 
  30. «Garota de Ipanema | Vinicius de Moraes». Consultado em 22 de janeiro de 2018 
  31. «"Garota de Ipanema" é apresentada ao mundo». 2 de agosto de 2017. Consultado em 22 de janeiro de 2018 
  32. Jobim, Tom (1962). «Garota de Ipanema». All of Tom's Music. Consultado em 11 de agosto de 2012. Arquivado do original em 31 de dezembro de 2013 
  33. a b c Castro, Ruy (1990). «Capítulo 16. Garota de Ipanema». Chega de Saudade: A história e as histórias da Bossa Nova. [S.l.]: Companhia das Letras. ISBN 978-85-716-4137-2 
  34. Vianna, Luiz Fernando (18 de março de 2012). «Musa oficial de 'Garota de Ipanema' diz que não enriqueceu». Rio de Janeiro: OGlobo. Em cena em 07:35. Consultado em 18 de janeiro de 2018 
  35. a b Silveira, Daniel (8 de fevereiro de 2015). «Eterna 'Garota de Ipanema' lembra com saudade do Rio de 1965». G1. Em cena em 07:22. Consultado em 13 de janeiro de 2017 
  36. «Garota de Ipanema». 5 de agosto de 2012. Em cena em 21:00. Consultado em 22 de janeiro de 2018 
  37. «Helô Pinheiro revela que Ticiane só posou para 'Playboy' para ajudá-la». Notícias Ao Minuto. 27 de junho de 2016. Em cena em 20:01. Consultado em 22 de janeiro de 2018 
  38. «Perto dos 71 anos, Helô Pinheiro relembra assédio e fala do polêmico ensaio com a filha: 'Ticiane fez para me ajudar'». Extra. 26 de junho de 2016. Em cena em 06:01. Consultado em 22 de janeiro de 2018 
  39. «Ticiane Pinheiro sobre posar nua: "autografei bastante minha periquita"». 19 de outubro de 2016. Em cena em 11:37. Consultado em 22 de janeiro de 2018 
  40. Ezabella, Fernanda (9 de janeiro de 2003). «Helô Pinheiro volta à Playboy em março ao lado da filha Ticiane». UOL. Em cena em 15:27. Consultado em 22 de janeiro de 2018 
  41. Pinto, Marcu (9 de novembro de 2012). «Helô Pinheiro lança livro e fala sobre legado de 'Garota de Ipanema'». Consultado em 1 de abril de 2017 
  42. «Confira lista de grandes mulheres que marcaram a história do Rio; veja 10». Rio 450 anos. Consultado em 8 de março de 2015 
  43. «The girl from Ipanema (tradução)». Letras Web. Consultado em 16 de janeiro de 2018 
  44. Evangelista, Ronaldo (9 de junho de 2015). «Gravadora lança disco com registros de shows de João Gilberto e Stan Getz». Folha de S.Paulo. Em cena em 02:00. Consultado em 22 de janeiro de 2015 
  45. Muggiati, Roberto (15 de março de 2013). «Há 50 anos era gravado Getz/Gilberto o LP que colocou o Brasil no mapa». Gazeta do Povo, Caderno G. Consultado em 22 de janeiro de 2018 
  46. Lichote, Leonardo (17 de fevereiro de 2013). «Disco Getz/Gilberto completa 50 anos e se mantém influente». OGlobo. Em cena em 07:00. Consultado em 22 de janeiro de 2018 
  47. Jobim, Tom (2000). O Cancioneiro Jobim 1 ed. Brasil: Leya Casa da Palavra. 446 páginas. ISBN 8587220195 
  48. DeMain, Bill (dezembro de 2006). «The Story Behind "The Girl From Ipanema"». Performing Songwriter (98) 
  49. «Release "The Girl From Ipanema" by Astrud Gilberto». MusicBrainz. Consultado em 19 de janeiro de 2018 
  50. «Vinicius de Moraes». Enciclopédia Itaú Cultural. 27 de janeiro de 2015. Consultado em 19 de janeiro de 2018 
  51. «João Gilberto e Stan Getz - "Garota de Ipanema"». OGlobi. 5 de maio de 2008. Em cena em 07:30. Consultado em 22 de janeiro de 2018 
  52. «O lírico jazz de Stan Getz e a música brasileira». Zonacurva. 2 de fevereiro de 2014. Em cena em 12:10. Consultado em 22 de janeiro de 2018 
  53. Menezes, Thales de (15 de julho de 2017). «Americano com um pé na bossa nova, saxofonista Stan Getz é tema de livro». São Paulo: Folha. UOL. Em cena em 02:10. Consultado em 22 de janeiro de 2018 
  54. «Stan Getz - Biografias». UOL Educação. Consultado em 22 de janeiro de 2018 
  55. «João Gilberto - Biografias». UOL Educação. 10 de junho de 1934. Consultado em 22 de janeiro de 2018 
  56. Santana, Ana Lucia. «João Gilberto». InfoEscola. Consultado em 22 de janeiro de 2018 
  57. "Enough said? Not yet: in all recent reissues, Tommy Williams (who used to play with Getz but didn't play a note on Getz/Gilberto) has been credited as the album bassist, taking the glory that belongs to Sebastião Neto." (from the liner notes written by Arnaldo DeSouteiro for the CD booklet of "A Trip To Brazil: 40 Years of Bossa Nova", page 16)
  58. Wilson, Michael (24 de abril de 2007) «Seeking Landmark Status, and Hoping to Lose a Label of Unrest» The New York Times
  59. Cantor-Navas, Judy (8 de julho de 2016). «'Girl From Ipanema' Makes Olympic Comeback». Consultado em 19 de janeiro de 2018 
  60. a b Bessa, Priscila (9 de junho de 2011). «João Gilberto 80 anos: como vive hoje o músico que criou a bossa nova». Rio de Janeiro: iG. Em cena em 13:21. Consultado em 22 de janeiro de 2018 
  61. Vianna, Luiz Fernando (18 de março de 2012). «'Garota de Ipanema' é a segunda canção mais tocada da História». Rio de Janeiro: OGlobo. Em cena em 07:10. Consultado em 18 de janeiro de 2018 
  62. Máximo, João (18 de março de 2012). «Norman Gimbel, o grande negociante de 'Ipanima'». OGlobo. Em cena em 07:40. Consultado em 19 de janeiro de 2018 
  63. Ramos, Nina (19 de outubro de 2013). «"Vinicius de Moraes era um ímã", diz garçom que servia o "poetinha" em Ipanema». Rio de Janeiro: iG. Em cena em 06:00. Consultado em 21 de janeiro de 2018 
  64. a b Appleby, David P. (1 de janeiro de 1983). The Music of Brazil. Austin: University of Texas Press. ISBN 0-292-75068-4. Consultado em 16 de janeiro de 2018 
  65. Chapter 2: Jazz Form and improvisation | Jazz: W. W. Norton StudySpace WW Norton
  66. Ralf von Appen; Markus Freight-Hauenschild. «AABA, Refrain, Chorus, Bridge, Prechorus — Song Forms and Their Historical Development». Academia.edu. Consultado em 2 de janeiro de 2016 
  67. Benward & Saker (2003). Music: In Theory and Practice. 1 Seventh ed. [S.l.: s.n.] p. 122. ISBN 978-0-07-294262-0 
  68. «Garota De Ipanema v.4 (Tom Jobim, Vinícius De Moraes». Super Partituras. Consultado em 20 de janeiro de 2018 
  69. Dickerson, Aitlin (12 de março de 2013) «'Bowery Boys' Are Amateur But Beloved New York Historians» National Public Radio
  70. Mooney Jake (17 de outubro de 2008) «City Room: Tin Pan Alley, Not So Pretty» The New York Times
  71. Gray, Christpher (13 de julho de 2003) «Streetscapes: West 28th Street, Broadway to Sixth; A Tin Pan Alley, Chockablock With Life, if Not Song» The New York Times
  72. Spencer, Luke J. «The Remnants of Tin Pan Alley» Atlas Obscura
  73. «Garota de Ipanema exalta "eternidade" da música de Vinícius de Moraes». Terra. 19 de outubro de 2013. Em cena em 06:59. Consultado em 21 de janeiro de 2018 
  74. a b Castro, Ruy (2006). Bossa Nova: The Sound of Ipanema; Eine Geschichte der brasilianischen Musik. Höfen: Hannibal. ISBN 3-85445-249-7. Consultado em 16 de janeiro de 2018 
  75. «Álbum póstumo de Amy Winehouse será lançado em dezembro». São Paulo: G1. 31 de outubro de 2011. Em cena em 11:13. Consultado em 21 de janeiro de 2018 
  76. Pat, Metheny. The Pat Metheny real book: C instruments. [S.l.]: Pat Metheny Group. (Artist ed.). Milwaukee, WI. ISBN 9781480350595. OCLC 933517286 
  77. Lydon, Michael C. (10 de abril de 1994). «Pop Music; Flying Below The Radar Of Copyrights». New York Times. Consultado em 16 de janeiro de 2018 
  78. Kernfeld, Barry (2006). «The Story of Fake Books» 1 ed. Lanham, Maryland, USA: Scarecrow Press, Inc. p. 129. ISBN 0-8108-5727-8 
  79. Ferreira, Mauro (1 de janeiro de 2018). «Bossa de João completa 60 anos em 2018 sem nunca ter deixado de soar nova». G1. Em cena em 11:46. Consultado em 20 de janeiro de 2018 
  80. Krich, John (1995). Orpheus’ Kinder. [S.l.]: Rowohlt. ISBN 3-499-12659-1. Consultado em 16 de janeiro de 2017 
  81. «Garota de Ipanema - Tom Jobim». Cifra Melódica. Consultado em 20 de janeiro de 2018 
  82. «Disco de Amy Winehouse com 'Garota de Ipanema' será lançado em dezembro; assista». 31 de outubro de 2011. Em cena em 12:26. Consultado em 21 de janeiro de 2018 
  83. a b Schreiner, Claus (2002). Musica Brasileira. A history of Popular Music and the people of Brazil. Nova Iorque: Marion Boyars. ISBN 0-7145-3066-2. Consultado em 16 de janeiro de 2018 
  84. Redação (14 de agosto de 2017). «Daniel Boaventura e Daniel Jobim gravam Garota de Ipanema». Em cena em 10:25. Consultado em 20 de janeiro de 2018 
  85. a b c Heatley, Michael (2010). Das Mädchen aus dem Song. Berlim: Schwarzkopf & Schwarzkopf Verlag. p. 220–223. ISBN 3-89602-579-1. Cópia arquivada em 26 de setembro de 2010 
  86. Meeùs, Nicolas (1 de janeiro de 2000). «Toward a Post-Schoenbergian Grammar of Tonal and Pre-tonal Harmonic Progressions». Music Theory Online. Consultado em 17 de janeiro de 2018  (ver também)
  87. Latarski, Don (1 de outubro de 1999). Ultimate Guitar Chords: First Chords. [S.l.]: Alfred Music. p. 5. ISBN 978-0-7692-8522-1. Consultado em 17 de janeiro de 2018 
  88. Kühn, Clemens (2006). Musiktheorie unterrichten - Musik vermitteln (24,0 x 17,0 cm). Kassel: Bärenreiter. ISBN 3-7618-1835-1 
  89. «Confira gravação única de "Garota de Ipanema"». 25 de agosto de 2017. Em cena em 18:00. Consultado em 20 de janeiro de 2018 
  90. a b Jungbluth, Axel (1981). Jazz-Harmonielehre. Funktionsharmonik und Modalität. Mainz: Schott. ISBN 3-7957-2412-0 
  91. «Gênese da bossa nova inspira musical Garota de Ipanema». São Paulo: Metro Jornal. 22 de setembro de 2017. Em cena em 06:47. Consultado em 20 de janeiro de 2018 
  92. Kennedy, Andrews (1950). The Oxford Harmony. Londres: Oxford University Press. p. 45–46 
  93. «Beyoncé faz vídeo para o Brasil com 'Garota de Ipanema'». Caras. Consultado em 21 de janeiro de 2018 
  94. a b «Jazz Sinfônica interpreta 'Garota de Ipanema' e mais clássicos da MPB». São Paulo. 6 de outubro de 2017. Em cena em 07:01. Consultado em 20 de janeiro de 2018 
  95. «Beyoncé divulga vídeo com imagens inéditas no Brasil para promover shows». São Paulo: iG. 22 de agosto de 2013. Em cena em 11:08. Consultado em 21 de janeiro de 2018 
  96. «Beyoncé lança vídeo para divulgar shows no Brasil: 'Próxima aventura'». Consultado em 21 de janeiro de 2018 
  97. a b «Liner Notes einer Compilation aus dem Jahre 2004, in denen diese Frage näher erörtert wird» (PDF). Consultado em 17 de janeiro de 2018  (52 KB)
  98. «Eterna 'Garota de Ipanema' é musa da comemoração dos 450 anos do Rio». Rio de Janeiro. 16 de fevereiro de 2015. Em cena em 23:29. Consultado em 20 de janeiro de 2018 
  99. Velasco, Murillo (28 de novembro de 2017). «Show Tributo a Tom Jobim homenageia compositor de 'Garota de Ipanema', em Goiânia». G1 GO. Em cena em 06:01. Consultado em 20 de janeiro de 2018 
  100. a b Pöhlert, Werner (1994). Analyse der Skalen-„Theorie“ auf Basis der Pöhlertschen Grundlagenharmonik. Frankfurt am Main: Zimmermann. ISBN 3-921729-36-X. Consultado em 18 de janeiro de 2018 
  101. «Olimpíada alavanca streaming de 'Garota de Ipanema' no Spotify». 8 de agosto de 2016. Em cena em 14:57. Consultado em 20 de janeiro de 2018 
  102. «„Das Mädchen aus Ipanema" ist jetzt 50». Deutsche Welle. Consultado em 3 de agosto de 2012 
  103. Magalhães, Alline (22 de setembro de 2017). «Espetáculo estreia com clássicos da bossa nova». Consultado em 20 de janeiro de 2018 
  104. «Procura por "Garota de Ipanema" aumenta 1.200% após desfile». 9 de agosto de 2016. Em cena em 14:23. Consultado em 20 de janeiro de 2018 
  105. «Musical sobre a bossa-nova inaugura o Teatro Riachuelo, em prédio histórico. Veja». 24 de agosto de 2016. Em cena em 22:04. Consultado em 20 de janeiro de 2018 
  106. Ribeiro, Manda (22 de setembro de 2017). «Musical carioca que homenageia a bossa nova é adaptada para os palcos paulistanos». São Paulo. Em cena em 02:00. Consultado em 20 de janeiro de 2018 
  107. «Garota de Ipanema». Qual Delas. Consultado em 18 de janeiro de 2018 
  108. Smindak, Helen (24 de maio de 1998). «Dateline New York: Kochan and Kytasty delve deeply into musical past». The Ukrainian Weekly. Consultado em 24 de janeiro de 2018 
  109. A., Samuel; Jr., Floyd (1990). Black Music in the Harlem Renaissance: A Collection of Essays. Nova York: Westport. p. 22. ISBN 0-313-26546-1 
  110. Kohn, Al; Kohn, Bob (2010). Kohn on music licensing 4 ed. [S.l.]: Aspen Publishers. p. 1647–1648. ISBN 0735590907. Consultado em 25 de julho de 2012 
  111. Grein, Paul (24 de setembro de 2010). «Chart Watch Extra: Songs From The Last Century». Nielsen Business Media. Yahoo! Music. Retrieved 2012-03-22 
  112. Jornal da Globo (30 de agosto de 2013). «Música Aquarela do Brasil se tornou uma das joias da MPB». Rede Globo. Consultado em 26 de junho de 2014 
  113. Christensen, Andrea (12 de janeiro de 2017). «Seeking spirituality in pop songs: BYU researchers identify criteria for 'secular hymns'». BYU News. Brigham Young University. Consultado em 1 de novembro de 2017. Arquivado do original em 14 de janeiro de 2018 
  114. Arjatsalo, J.; Riise, A.; & Kurzweil, K. «A Thousand Covers Deep: Leonard Cohen Covered by Other Artists». The Leonard Cohen files. Consultado em 6 de novembro de 2012. Cópia arquivada em 7 de junho de 2008 
  115. McCormick, Neil (14 de junho de 2008). «Leonard Cohen: Hallelujah!». The Daily Telegraph. Consultado em 10 de maio de 2010 
  116. a b «As Músicas Mais Regravadas De Todos Os Tempos». CulturaMix. 2013. Consultado em 18 de janeiro de 2018 
  117. «Helô Pinheiro conduz a tocha olímpica pelas ruas do Rio de Janeiro». Consultado em 20 de janeiro de 2018 
  118. Kogut, Patrícia; Mazza, Florença (15 de outubro de 2011). «Beijos famosos da teledramaturgia compõem abertura de nova novela». O Globo. Consultado em 15 de novembro de 2011 
  119. Redação (17 de outubro de 2011). «Abertura de Aquele Beijo tem Xuxa e Daniel Jobim cantando 'Garota de Ipanema'». Globo.com. Consultado em 15 de novembro de 2011 
  120. Redação (6 de agosto de 2016). «El desfile más exuberante de Gisele Bündchen, al ritmo de la 'Chica de Ipanema'» (em espanhol). Barcelona: La Vanguardia. Em cena em 02:03. Consultado em 20 de janeiro de 2018 
  121. Whitburn, Joel (2004). The Billboard book of top 40 hits. [S.l.]: Billboard Books. p. 70. ISBN 0-8230-7499-4. Consultado em 1 de novembro de 2010 
  122. «Finding Nemo (An Original Soundtrack)». AllMusic. Consultado em 8 de agosto de 2013 
  123. «Catch Me If You Can. Track listing, CD credits, liner notes & John Williams interviews»[ligação inativa]. JW Fan
  124. «Newswatch 1940s». BBC News. Consultado em 21 de novembro de 2006 
  125. «Alpha Dog soundtrack information at Milan Records» Arquivado em 14 de agosto de 2009, no Wayback Machine.. Milan Records
  126. «DESPICABLE ME: ORIGINAL MOTION PICTURE SOUNDTRACK Album to be Released July 6 on Star Trak/Interscope». PR Newswire. 15 de junho de 2010. Consultado em 8 de agosto de 2013 
  127. Goldwasser, Dan (30 de junho de 2010). «Heitor Pereira scores 'Despicable Me'». ScoringSessions.com. Consultado em 30 de junho de 2010 
  128. Calabria, Rosario T. (1 de dezembro de 2006). «Broadcast TV Ratings for Thursday, November 30, 2006». Your Entertainment Now. Consultado em 19 de fevereiro de 2013 
  129. Calabria, Rosario T. (6 de janeiro de 2007). «Broadcast TV Ratings for Thursday, January 11, 2007». Your Entertainment Now. Consultado em 19 de fevereiro de 2013 
  130. de Carvalho, Fabiana (14 de outubro de 2013). «As 'Garotas de Ipanema': versões do clássico de Vinicius e Tom Jobim». São Paulo: G1. Em cena em 08:11. Consultado em 18 de janeiro de 2018 
  131. «The Sonny Side of Chèr Review». CherScholar.com. Consultado em 5 de fevereiro de 2009 
  132. «Maroon 5 toca 'Garota de Ipanema' em abertura do Rock in Rio». 16 de setembro de 2017. Em cena em 14:00. Consultado em 20 de janeiro de 2018 
  133. Che, Cathy. 52's Still Rockin' at 25. The Advocate. [S.l.]: Here Publishing. Consultado em 13 de janeiro de 2017 
  134. «Helô Pinheiro quer selar paz com família de Tom Jobim após ação judicial». São Paulo: UOL. 1 de abril de 2017. Em cena em 20:41. Consultado em 20 de janeiro de 2018 
  135. Ferreira, Mauro (7 de julho de 2017). «Álbum que serviu mais a Sinatra do que a Jobim ganha edição de 50 anos». Em cena em 20:34. Consultado em 20 de janeiro de 2018 
  136. a b «As 10 músicas mais regravadas dos últimos tempos». GCN. 9 de fevereiro de 2017. Consultado em 18 de janeiro de 2018 
  137. Peixoto, Mariana (10 de agosto de 2017). «Álbum histórico de Frank Sinatra e Tom Jobim ganha edição comemorativa de 50 anos». Minas Gerais. Em cena em 14:01. Consultado em 20 de janeiro de 2018 
  138. «Olha que coisa mais linda! Garota de Ipanema levou tocha olímpica». 5 de outubro de 2016. Em cena em 13:32. Consultado em 20 de janeiro de 2018 
  139. «Gianfranco Brevetto, Le Passanti di Ipanema». Agoravox. 2010. Consultado em 29 de janeiro de 2018 
  140. «E la Chiamano Estate/La Ragazza di Ipanema». Consultado em 29 de janeiro de 2018 
  141. a b Pecci, João Carlos (2005). L'anima della Bossa Nova (em italiano). [S.l.]: Hobby & Work Publishing. 137 páginas. ISBN 978-88-7851-175-0 
  142. Costa, Gal. Gal Costa - Garota De Ipanema. Vevo. YouTube. Consultado em 29 de janeiro de 2018 
  143. «L'Italia in Brasile - Musica Italiana - 'La ragazza di Ipanema'». Itália Sempre. Consultado em 29 de janeiro de 2018 
  144. Román, Manuel (13 de julho de 2014). «La historia de la verdadera chica de Ipanema» (em espanhol). Liberdade Digital. Consultado em 20 de janeiro de 2018 
  145. «Laila Kinnunen - Ipaneman Tyttö/Kun Erottiin (Vinyl) at Discogs». Consultado em 19 de janeiro de 2018 
  146. «Laila Kinnunen - A la Laila - Unohtumaton laulaja Songtexte, Lyrics». Consultado em 19 de janeiro de 2018 
  147. (25 de março de 2010) «E Mamma Mina cestinò i complimenti dei Beatles» Repubblica.it
  148. «BBC: Comedy Guide: The Muppet Show». Cópia arquivada em 17 de dezembro de 2004 
  149. «Past Winners Search». Grammy Awards. The Recording Academy. Consultado em 11 de outubro de 2011 
  150. Suskin, Steven (2010). Stephen Sondheim. EUA: Oxford University Press. p. 266. ISBN 0-19-531407-7 
  151. Banfield, Stephen (1995). Listing. [S.l.]: Sondheim's Broadway Musicals. University of Michigan Press. p. 28. ISBN 0-472-08083-0 
  152. Balls, David (7 de maio de 2009). «What's going on with Annie then?». Digital Spy]. Consultado em 8 de março de 2015 
  153. «Music - Getz/Gilberto». Acclaimed Music. Consultado em 22 de janeiro de 2018. Arquivado do original em 3 de março de 2016 
  154. «João Gilberto». Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Consultado em 22 de janeiro de 2018 
  155. Havers, Richard (18 de março de 2015). «Getz Gilberto and the rhytms of Brazil». uDiscover. Consultado em 22 de janeiro de 2018 
  156. Planta, Carlo Machado (2010). «A Gênese da Bossa Nova: João Gilberto e Tom Jobim» (pdf). Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul 
  157. Ariza, Adonay (2006). Eletronic samba: a música brasileira no contexto das tendências internacionais (pdf). [S.l.]: Annablume. Consultado em 22 de janeiro de 2018 
  158. Castro, Ruy (1 de janeiro de 1990). Chega de Saudade: A história e as histórias da Bossa Nova 1 ed. São Paulo: Companhia das Letras. 463 páginas. Consultado em 22 de janeiro de 2018 
  159. Castro, Ruy (2008). Chega de Saudade 2 ed. [S.l.]: Companhia de Bolso. 455 páginas. ISBN 9788535912111. Consultado em 22 de janeiro de 2018 
  160. Castro, Ruy (2016). Chega de Saudade 3 ed. [S.l.]: Companhia das Letras. 504 páginas. ISBN 9788543806341. Consultado em 22 de janeiro de 2018 
  161. Monteiro, Ricardo. «A música Popular Brasileira dos anos JK ao AI-5 - Período de 1958-1968» (pdf). Universidade Anhembi Morumbi. Consultado em 22 de janeiro de 2018 
  162. Dimery, Robert (5 de dezembro de 2011). 1001 Albums You Must Hear Before You Die. [S.l.]: Octopus. 960 páginas. Consultado em 22 de janeiro de 2018 
  163. Moon, Tom (2008). 1000 Recordings to Hear Before You Die (em inglês). Estados Unidos: Workman Publishing Company. 992 páginas. ISBN 978-0-7611-3963-8. OCLC 179803341 
  164. Lopes, Patricia de Almeida Ferreira. «A trajetória de Tom Jobim durante o período que abrange a elaboração dos álbuns Matita Perê e Urubu (1971 – 1976)» (pdf). II Jornada Acadêmica Discente – PPGMUS ECA/USP. Consultado em 22 de janeiro de 2018 
  165. «History of the Ed Sullivan Show | Ed Sullivan Show». Edsullivan.com. 9 de fevereiro de 1964. Consultado em 28 de outubro de 2016 
  166. Dougall, Charles (2 de julho de 2006). «Wayne and Shuster». The Canadian Encyclopedia. Consultado em 22 de janeiro de 2018 
  167. Marcus, Greil (26 de agosto de 2002). «Real Life Rock Top 10 Salon.com». Las Vegas: Elvis Talks About His Career. Consultado em 22 de janeiro de 2018. Arquivado do original em 5 de junho de 2011 
  168. a b «"Garota de Ipanema" tornou a genialidade brasileira conhecida em todo o mundo». 13 de maio de 2013. Consultado em 18 de janeiro de 2018 
  169. Blitz (2 de agosto de 2012). «Garota de Ipanema faz hoje 50 anos. Conheça a história e as versões mais famosas». Sapo.pt. Em cena em 12:08. Consultado em 18 de janeiro de 2018 
  170. a b «8 fatos que você provavelmente não sabia sobre Tom Jobim!». 9 de maio de 2017. Consultado em 18 de janeiro de 2018 
  171. «Vinícius - Filme 2005». AdoroCinema. Consultado em 30 de janeiro de 2018 
  172. «Vinicius (2005)». IMDb. Consultado em 30 de janeiro de 2018 
  173. Cine Nacional (25 de dezembro de 2014). «Vinicius». EBC. Em cena em 03:30. Consultado em 30 de janeiro de 2018 
  174. «Vinicius». TV Escola. Consultado em 30 de janeiro de 2018 
  175. A Tarde (28 de setembro de 2006). «Revista Seleções lança caixa com 5 CDs de Vinicius». UOL. Em cena em 12:37. Consultado em 30 de janeiro de 2018 
  176. Brasil, Ubiratan (4 de novembro de 2017). «Box reúne toda a produção de Vinicius de Moraes». Estado de S.Paulo. Em cena em 06:03. Consultado em 30 de janeiro de 2018 
  177. Redação (6 de março de 2011). «Império Serrano homenageia Vinícius de Moraes». Band Folia. Em cena em 04:15. Consultado em 30 de janeiro de 2018 
  178. Moraes, Evelyn (6 de março de 2011). «Império Serrano cantou e contou a obra de Vincius de Moraes na avenida». Rio de Janeiro: R7. Em cena em 05:27. Consultado em 30 de janeiro de 2018. Arquivado do original em 20 de janeiro de 2018 
  179. «Doodle do Google homenageia o centenário de Vinicius de Moraes». JB. 19 de outubro de 2013. Em cena em 12:00. Consultado em 21 de janeiro de 2018 
  180. «Centenário de Vinícius de Moraes é tema de Doodle do Google». Portal EBC. 18 de outubro de 2013. Em cena em 23:38. Consultado em 21 de janeiro de 2018 
  181. Redação (19 de outubro de 2013). «Google homenageia centenário de Vinicius de Moraes com Doodle». Em cena em 06:42. Consultado em 21 de janeiro de 2018 
  182. DAquino, Fernando (19 de outubro de 2013). «Google homenageia centenário de Vinicius de Moraes com Doodle». TecMundo. Em cena em 09:17. Consultado em 21 de janeiro de 2018 
  183. «Vinicius de Moraes honored on 100th Birthday with Google Doodle». Specblo. Consultado em 21 de janeiro de 2018 
  184. «Doodle do Google homenageia o centenário de Vinícius de Moraes». 19 de outubro de 2013. Em cena em 03:53. Consultado em 21 de janeiro de 2018 
  185. Targueta, Daniel (25 de janeiro de 2007). «Relembre a homenagem da Mangueira a Tom Jobim». Rio de Janeiro: G1, portal de notícias da TV Globo. Em cena em 13:45. Consultado em 30 de janeiro de 2018 
  186. «Se todos fossem iguais a você -Tom Jobim». Galeria do samba. Consultado em 30 de janeiro de 2018 
  187. Pennafort, Roberta (26 de maio de 2008). «Tom Jobim e George Gershwin juntos, a capella e em inglês». Estadao de S.Paulo. Em cena em 00:00. Consultado em 30 de janeiro de 2018 
  188. «Vinte anos após a morte de Tom Jobim, sua obra está longe de ser superada». Correio Braziliense. 7 de dezembro de 2014. Em cena em 08:00. Consultado em 30 de janeiro de 2018 
  189. Zanella, Daniel (7 de dezembro de 2014). «O dia em que Tom Jobim morreu». Gazeta do Povo. Em cena em 22:01. Consultado em 30 de janeiro de 2018 
  190. Presidência da República (5 de janeiro de 1999). «Lei nº 9.778, de 5 de janeiro de 1999 - Denomina "Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão – Antonio Carlos Jobim" ao "Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão». Brasil. Consultado em 22 de janeiro de 2018 
  191. «Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão - Antônio Carlos Jobim». Infraero. 23 de agosto de 2014. Consultado em 22 de janeiro de 2018. Arquivado do original em 23 de outubro de 2014 
  192. «Tom Jobim morreu há 15 anos». Rolling Stones. 9 de dezembro de 2009. Em cena em 12:44. Consultado em 30 de janeiro de 2018 
  193. Mendonça, Alba Valéria (8 de dezembro de 2014). «Estátua em homenagem a Tom Jobim é inaugurada na orla de Ipanema, Rio». Rio de Janeiro: G1. Em cena em 10:25. Consultado em 21 de janeiro de 2018 
  194. Cardoso, Armando (8 de dezembro de 2014). «Tom Jobim ganha estátua de bronze na Praia de Ipanema». Agência Brasil. Em cena em 13:38. Consultado em 21 de janeiro de 2018 
  195. «Estátua de Tom Jobim é inaugurada na Orla de Ipanema». Terra. 8 de dezembro de 2014. Em cena em 13:56. Consultado em 21 de janeiro de 2018 
  196. «Rio 2016 Olympic and Paralympic mascots named Vinicius and Tom by public vote». Rio 2016. 14 de dezembro de 2014. Consultado em 8 de agosto de 2016. Arquivado do original em 8 de agosto de 2016 
  197. Showbiz, Bang (2 de agosto de 2016). «Organizadores cortam 'assalto' à Gisele Bündchen na abertura dos Jogos Olímpicos». E+. Em cena em 09:06. Consultado em 21 de janeiro de 2018 
  198. «Abertura dos Jogos Olímpicos pode contar com 'assalto' a Gisele Bündchen». GCN. 1 de agosto de 2016. Consultado em 21 de janeiro de 2018 
  199. Heldman, Breanne L. «Gisele Bündchen dazzles at the Olympics Opening Ceremony in Rio». Entertainment Weekly (em inglês). Consultado em 5 de agosto de 2016 
  200. «Gisele Bündchen to Walk the 2016 Olympics Opening Ceremony» (em inglês). Harpersbazaar. Consultado em 18 de julho de 2016 
  201. «Gisele Bundchen é "assaltada" em cerimônia de abertura dos Jogos». Jornal do Brasil. 1 de agosto de 2016. Em cena em 13:54. Consultado em 21 de janeiro de 2018 
  202. Tolipan, Heloisa (8 de novembro de 2012). «Exclusivo: 'A vida não foi o palco iluminado que eu gostaria', diz Helô Pinheiro». Em cena em 15:04. Consultado em 21 de janeiro de 2018 
  203. «'Girl From Ipanema' Makes Olympic Comeback». Billboard. Consultado em 18 de agosto de 2016 
  204. «'Ipanema' song jumps 1,200 percent after Olympics ceremony». Chicago Tribune. Consultado em 22 de agosto de 2016 
  205. «'Coisa Mais Linda', da Netflix, retrata união de quatro mulheres fortes e de mundos diferentes». Folha de S.Paulo. 21 de março de 2019. Consultado em 16 de abril de 2019. Arquivado do original em 31 de março de 2019 
  206. «Famílias de Tom e Vinícius processam Helô Pinheiro». 12 de julho de 2001. Consultado em 14 de janeiro de 2018 
  207. Murray, Isabel (14 de julho de 2001). «'Garota de Ipanema' diz que ciúme pode ter motivado processo». São Paulo: BBC. Em cena em 17:10. Consultado em 14 de janeiro de 2018 
  208. Aith, Marcio (13 de agosto de 2001). «Herdeiros de Ipanema querem destruir a poesia». Folha Online 
  209. «The Girl From Ipanema». Stan-Shepkowski.Net. Arquivado do original em 16 de maio de 2007 
  210. a b Oliveria v. Frito-Lay Inc., 251 F.3d 56 (2nd Cir. 2001).

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]

Media relacionados com "Garota de Ipanema" no Wikimedia Commons