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Happy Science

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Happy Science
Kōfuku no Kagaku
Logótipo
Happy Science
Logo da Happy Science
Tipo Nova religião japonesa
Fundação 1986
Sede 1-2-38 Higashi Gotanda, Shinagawa-ku, Tóquio 141-0022, Japão
Membros 11 milhões (autoproclamado)
30 mil (estimado)
Fundador(a) Ryuho Okawa
Antigo nome Instituto para a Investigação da Felicidade Humana
Sítio oficial happy-science.org
Ryuho Okawa, 15 de fevereiro de 2015.

Happy Science (幸福の科学, Kōfuku-no-Kagaku), anteriormente conhecido como Instituto para a Investigação da Felicidade Humana, é um controverso novo movimento religioso e espiritual fundado no Japão em 6 de outubro de 1986 por Ryuho Okawa, que tem sido classificado como uma seita.[1][2][3]

O grupo Happy Science detêm uma editora denominada IRH Press, além de estabelecimentos educacionais como a Academia Happy Science e a Universidade Happy Science, um partido político chamado Partido da Realização da Felicidade e três divisões de mídia de entretenimento, denominadas New Star Production, ARI Production e HS Pictures Studio.

A Happy Science foi fundada em 6 de outubro de 1986 e recebeu uma certificação de organização religiosa no Japão em 7 de março de 1991. Segundo Ryuho Okawa, seu objetivo é "trazer felicidade para a humanidade divulgando a verdade". Antes da fundação da Happy Science, Ryuho Okawa publicou vários livros sobre "mensagens espirituais" que segundo ele são palavras recebidas diretamente de figuras religiosas e históricas como Jesus Cristo, Confúcio e Nitiren. Em 1987, foram publicados As Leis do Sol, As Leis Douradas e As Leis da Eternidade, formando os principais livros da Happy Science, juntamente com o sutra O Dharma da Mente Correta. Em 1986, ele renunciou a um cargo em uma empresa comercial para fundar sua religião.[4]

Tóquio Shoshinkan em Sengakuji.

Os ensinamentos básicos da Happy Science são "Exploração da Mente Correta" e "O Caminho Quádruplo" e a crença em El Cantare. De acordo com Okawa, para obter a felicidade deve-se praticar os Princípios da Felicidade conhecidos como "O Quádruplo Caminho": O Amor para se doar, Sabedoria, Autorreflexão e Progresso. O único requisito para ingressar na Happy Science é que os candidatos devem ter a "aspiração e disciplina para buscar a verdade e contribuir ativamente para a realização do amor, paz e felicidade na terra".[5] Entre outros ensinamentos, os membros da religião também acreditam na existência da reencarnação, anjos, demônios, céu e inferno e alienígenas.[6]

Ao mesmo tempo, o segmento político da organização, o Partido da Realização da Felicidade, promove visões políticas que incluem apoio à expansão militar japonesa, dissuadir o apoio de armas nucleares,[7] e negação de eventos históricos, como o Massacre de Nanjing na China e a questão das mulheres de conforto na Coreia do Sul - como pode ser visto na versão em japonês do boletim de notícias online da organização, The Liberty.[8] Algumas outras visões incluem gastos com infraestrutura, prevenção de desastres naturais, desenvolvimento urbano e construção de barragens.[9] Eles também defendem o conservadorismo tributário, fortalecer a aliança EUA-Japão e uma liderança baseada na virtude de líderes.[10] Na primavera de 2018, o Partido da Realização da Felicidade obteve 21 vereadores locais.[11]

Objeto de adoração

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Happy Science adora uma divindade chamada El Cantare, que eles acreditam ser o "Deus Supremo da Terra, o Senhor de todos os deuses". Eles acreditam que o ser nasceu na Terra há 330 milhões de anos e que é a mesma entidade que foi adorada em diferentes épocas como Elohim, Odin, Tote, Osíris, Hermes e Sidarta Gautama, com o próprio Okawa sendo a atual encarnação dessa divindade.[12]

A sede geral, os locais de adoração e os locais missionários estão localizados no Japão e em outros países. Os locais de adoração são chamados de Shoja (精 舎 ou vihara em sânscrito ) ou Shoshinkan (正心 館). Em 1º de janeiro de 1994 a primeira filial no exterior, a "Happiness Science EUA", foi fundada em Nova York.[13] [14] A organização tem filiais em vários países, incluindo Coreia do Sul, Brasil, Uganda, Reino Unido, Austrália e Índia.[15]

Controvérsias

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Happy Science é uma das várias novas religiões japonesas ( shinshūkyō ), que são consideradas "controversas" pela grande imprensa e pelo público.[16] De acordo com o The Japan Times, "para muitos, os Happies cheiram de maneira suspeita como uma seita".[17] [18] Não apenas a imprensa regional japonesa, mas também a mídia internacional nos Estados Unidos, Uganda, Indonésia e Austrália categorizam a Happy Science como um "culto".[19][20][21]

A Happy Science lançou vídeos promocionais que afirmam que a Coréia do Norte e a República Popular da China estão planejando invadir e colonizar o Japão depois que iniciarem uma guerra nuclear contra a nação. [22]

O filho de Okawa, Hiroshi Okawa, deixou a religião e agora é um crítico ferrenho do movimento. Em um artigo no The New York Times, ele comentou: "Eu acredito que meu pai faz uma coisa completamente nonsense".[23]

O grupo vendeu "vacinas espirituais" que alegam prevenir e curar a COVID-19, anunciando bênçãos relacionadas a suposta cura ao vírus que custam entre 100 e 400 dólares, e DVDs e CDs com temas das palestras de Ryuho Okawa sobre o coronavírus que alegam aumentar a imunidade. Depois de inicialmente desafiar o distanciamento social, posteriormente o grupo fechou seu templo em Nova York e começou a administrar vacinas espirituais de maneira remota.[23]

Referências

  1. Musasizi, Simon (21 junho de 2012). «Clerics call for probe into Happy Science». The Observer. Cópia arquivada em 22 de dezembro de 2015 
  2. Musasizi, Simon (21 de junho de 2012). «Clerics call for probe into Happy Science». The Observer. Cópia arquivada em 22 de dezembro de 2015 
  3. Donnelly, Beau (2 de novembro de 2015). «Blooming 'Happy Science' religion channels Disney, Gandhi, Jesus and Thatcher». The Age 
  4. Shimazono, Susumu (2004). From Salvation to Spirituality: Popular Religious Movements in Modern Japan. Trans Pacific English ed. Melbourne, Vic.: [s.n.] ISBN 1876843128 
  5. «Happy Science - About Us». Happy Science Singapore. Consultado em 13 de dezembro de 2015. Cópia arquivada em 4 de março de 2016 
  6. «The Happiness Realization Party». En.hr-party.jp. 21 de setembro de 2012. Consultado em 24 de outubro de 2018. Cópia arquivada em 13 abril de 2018 
  7. «The Happiness Realization Party». En.hr-party.jp. 21 de setembro de 2012. Consultado em 24 de outubro de 2018. Cópia arquivada em 13 de abril de 2018 
  8. «The Liberty Web» (em japonês). Consultado em 13 de dezembro de 2015 
  9. «Happiness Realization Party». Happiness Realization Party. Consultado em 31 de março de 2016. Cópia arquivada em 3 de abril de 2016 
  10. «Happiness Realization Party». Happiness Realization Party. Consultado em 31 de março de 2016. Cópia arquivada em 12 de junho de 2016 
  11. About Japanese 50 new region. Takarajima Japanese ed. [S.l.: s.n.] 19 de abril de 2017. ISBN 978-4800270443 
  12. «"Happy Science Is the Laziest Cult Ever"». Vice. 3 de outubro de 2012. Cópia arquivada em 27 de novembro de 2015 
  13. 『「幸福の科学」教団史2008 法輪、転ずべし』p57
  14. 「月刊 幸福の科学」1994年2月号p50
  15. [1]
  16. Muhumuza, Rodney (10 de julho de 2012). «Happy Science, Controversial Religion From Japan, Succeeds in Uganda». The Huffington Post. Cópia arquivada em 12 de julho de 2012 
  17. «Happy Science Is the Laziest Cult Ever». Vice 
  18. McNeill, David (4 de agosto de 2009), «Party offers a third way: happiness», The Japan Times, consultado em 6 de agosto de 2009 
  19. Musasizi, Simon (21 de junho de 2012). «Clerics call for probe into Happy Science». The Observer. Cópia arquivada em 22 de dezembro de 2015 
  20. «Happy Science, a new cult offers celebrity guide to heaven». The Jakarta Post. 22 de julho de 2012. Cópia arquivada em 25 de agosto de 2012 
  21. Donnelly, Beau (2 de novembro de 2015). «Blooming 'Happy Science' religion channels Disney, Gandhi, Jesus and Thatcher». The Age 
  22. McNeill, David (4 de agosto de 2009), «Party offers a third way: happiness», The Japan Times, consultado em 6 de agosto de 2009 
  23. a b Kestenbaum, Sam (16 de abril de 2020). «Inside the Fringe Japanese Religion That Claims It Can Cure Covid-19». The New York Times 

Leitura adicionais

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Ligações externas

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