Jaguares na cultura mesoamericana
A representação dos jaguares na cultura mesoamericana é um tanto complexa e tem uma extensa origem; foram registrados até mesmo exemplos iconográficos que datam de pelo menos meados do período formativo da cronologia mesoamericana. O jaguar (Panthera onca) é um animal com uma uma associação proeminente e constante nas culturas e crenças das sociedades mesoamericanas pré-colombianas do Novo Mundo, similar a do leão (Panthera leo) e a do tigre (Panthera tigris) no Velho Mundo.[1] Rápido, ágil e forte o suficiente para derrubar a maior presa da selva, o jaguar é um dos maiores felinos encontrados na América do Norte e na América Central,[2] e um dos mais agressivos e eficientes predadores; dotado de uma pelagem malhada e bem adaptada para a selva, o jaguar era e continua sendo, um dos animais mais idolatrados e respeitados pelos povos indígenas de toda a América.
Todas as principais civilizações mesoamericanas davam destaque, em meio a suas crenças, para um deus jaguar, e para muitos, como os olmecas, o jaguar era uma parte importante do xamanismo.[3] Para aqueles que residiam perto ou até mesmo na própria selva tropical, o jaguar era bem conhecido e foi incorporado à vida dos habitantes. O tamanho formidável do jaguar, a reputação de predador e sua capacidade evoluída de sobreviver na selva tornavam-no um animal a ser reverenciado por todos. Os olmecas e os maias testemunharam mais do que ninguém os hábitos deste animal, adotando o jaguar como um símbolo oficial de seus povos, e incorporando o animal em sua mitologia.
O jaguar é hoje, como no passado, um símbolo importante na vida de quem convive com este felino.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ John Hampden Porter (1894). «The Jaguar». Wild beasts; a study of the characters and habits of the elephant, lion, leopard, panther, jaguar, tiger, puma, wolf, and grizzly bear. [S.l.: s.n.] pp. 174–195. Consultado em 19 de janeiro de 2014
- ↑ Rodrigo Nuanaez; Brian Miller; Fred Lindzey (2000). «Food habits of jaguars and pumas in Jalisco, Mexico». Journal of Zoology. 252 (3): 373–379. doi:10.1111/j.1469-7998.2000.tb00632.x. Consultado em 8 de agosto de 2006
- ↑ Miller & Taube, p. 103.