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Joaquim Egídio

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 Nota: Se procura o político campineiro, veja Joaquim Egídio de Sousa Aranha.
Joaquim Egídio
  Distrito do Brasil  
Rua Heitor Penteado, a principal rua do distrito
Rua Heitor Penteado, a principal rua do distrito
Rua Heitor Penteado, a principal rua do distrito
Localização
Mapa
Mapa de Joaquim Egídio
Coordenadas 22° 53′ 18″ S, 46° 56′ 29″ O
Estado  São Paulo
Município Campinas
História
Criado em 18 de fevereiro de 1959 (65 anos)
Características geográficas
Área total 89,970 km²
População total 2 264 hab.
Outras informações
Limites Norte: Pedreira
Leste: Morungaba
Sul: Valinhos
Oeste: Sousas

Joaquim Egídio é um distrito do município brasileiro de Campinas, sede da Região Metropolitana de Campinas, no interior do estado de São Paulo[1][2].

A região onde fica Joaquim Egídio, assim como Sousas, surgiu em função das fazendas cafeeiras, e não existe precisão a respeito das origens de sua fundação[3]. A primeira data que se tem notícia sobre o lugar estava na placa de uma antiga casa da chácara Castália, datando a construção do ano de 1842[4].

Localizado em terras da antiga fazenda Laranjal, parte do latifúndio do Capitão-mor Floriano de Camargo Penteado, este distrito é herança da mistura dos povos que imigraram para o país na época das grandes fazendas. São africanos e europeus que se estabeleceram e fincaram suas raízes[3].

O provável fundador do vilarejo foi o Major Luciano Teixeira Nogueira, que fundou a fazenda Laranjal, de produção cafeeira, em cuja sede hoje se encontra a parte urbanizada de Joaquim Egídio. Em homenagem ao Major, que falecera em 1884, a vila passou a se chamar São Luciano[3].

Em 1885 Joaquim Egídio de Sousa Aranha passou a ser o proprietário da fazenda Laranjal. Com o estabelecimento do Ramal Férreo Campineiro na década seguinte, e que ligava Joaquim Egídio à Estação Campinas (atualmente Estação Cultura), o local se desenvolveu[5][6].

A autorização para abrir o tráfego de Souzas até a estação de São Luciano - que seria conhecida como Joaquim Egídio logo depois - foi dada em 6 de junho de 1893, sendo que a estação foi inaugurada em 1894. O Ramal Férreo Campineiro acabou por ser extinto em 1960[6].

O distrito tem esse nome justamente em homenagem a Joaquim Egídio de Sousa Aranha, o Marquês de Três Rios[4].

Formação administrativa

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  • Distrito criado pela Lei n° 5.285 de 18/02/1959, com sede no povoado de igual nome e território desmembrado do distrito de Sousas[7][8].
Aspecto local.
Aspecto local.

População urbana

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Crescimento população urbana
Censo Pop.
1960603
197073421,7%
198093627,5%
19911 15223,1%
2000925−19,7%
2010808−12,6%
Fonte: IBGE e Fundação SEADE

População total

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Pelo Censo 2010 (IBGE) a população total do distrito era de 2 264 habitantes[9].

Área territorial

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A área territorial do distrito é de 89,970 km²[10].

Expansão urbana

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Apesar de ser o distrito menos populoso da cidade, e o mais distante e rural, nos últimos anos tem tido um grande aumento populacional em função dos condomínios fechados[11].

Localizado a cerca de 15 km do centro da cidade, o acesso é feito pela Rodovia José Bonifácio Coutinho Nogueira (SP-81), a partir do centro de Campinas, e pela Rodovia Dona Isabel Fragoso Ferrão (CAM-127), a partir do km 122 da Rodovia D. Pedro I, sendo essa última alternativa de acesso não pavimentada[12][13].

Serviços públicos

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Aspecto local.
Aspecto local.

Administração

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  • Subprefeitura de Joaquim Egídio[14]

Registro civil

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Atualmente é feito no distrito de Sousas, pois o Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais do distrito foi extinto pela Resolução nº 1 de 29/12/1971 do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e seu acervo foi recolhido ao cartório desse distrito [15][16].

Creches
  • CEMEI Alexandre Sartori Faria
Escolas
  • E.E. Francisco Barreto Leme[17]

Telecomunicações

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Torre de telecomunicações na divisa Joaquim Egídio - Morungaba.

O distrito era atendido pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que inaugurou a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1998 esta empresa foi vendida para a Telefônica, que em 2012 adotou a marca Vivo para suas operações[18].

O serviço de abastecimento de água é feito pela Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (SANASA)[19].

A responsável pelo abastecimento de energia elétrica é a CPFL Paulista, distribuidora do Grupo CPFL Energia[20][21].

Atrações turísticas

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O distrito possui inúmeras belezas naturais, fazendas de mais de um século e várias trilhas para ecoturismo, passeios de bike, motos e jeeps, fazendo com que o local seja muito frequentado nos finais de semana. Além disso possui boas opções de lazer, turismo e gastronomia[4].

Observatório Municipal de Campinas

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Observatório Municipal de Campinas.

Localizado na Estrada do Capricórnio, no Monte Urânia - Serra das Cabras, à 1033 metros de altitude, o Observatório Municipal de Campinas Jean Nicolini foi inaugurado em 1977 como Estação Astronômica de Campinas, sendo o primeiro observatório municipal do Brasil, além de ser pioneiro na oferta de ação educativa regular, possuindo quatro telescópios[22].

O observatório atende interessados na prática da astronomia, divulga a astronomia entre os estudantes e o público em geral, mantém intercâmbio científico com outras entidades congêneres, além de realizar pesquisas no campo da astronomia[23].

Serra das Cabras

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Pico das Cabras.

A Serra das Cabras está localizada entre os municípios de Campinas (distritos de Joaquim Egídio e Sousas) e Morungaba, com altitudes que chegam a 1078 metros. Em um de seus pontos mais altos, o Monte Urânia, localiza-se o Observatório Municipal de Campinas[24].

  • Festa de São Joaquim e São Roque
  • Festival Gastronômico da Primavera - o festival é realizado de forma simultânea nos distritos de Sousas e Joaquim Egídio, que formam um dos principais pólos de turismo gastronômico da região. Participam do evento vários restaurantes dos dois distritos[25]
  • Fazenda Santa Margarida - Localizada em uma região de proteção ambiental, a fazenda é conhecida por sediar grandes shows "sunset" (por-do-sol) de diferentes gêneros musicais, com histórico de atrações como as duplas sertanejas Jorge e Mateus, Zé Neto e Cristiano e Henrique e Juliano, Daniel, Alexandre Pires, entre outros. O espaço recebe muitas cerimônias de casamento. Também a área é apontada como um foco da infestação de Amblyommas (carrapatos-amarelos) causadores de muitos casos de febre maculosa.[26]

A região de Joaquim Egídio possui cerca de 70 trilhas mapeadas[27], onde se praticam principalmente corridas, caminhadas e mountain bike. As trilhas são geralmente por estradas de terra e sinalizadas, e incluem áreas pertencentes ao distrito de Souzas e a municípios vizinhos, como Jaguariúna, Pedreira, Amparo, Morungaba, Itatiba e Valinhos.

Atividades econômicas

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A produção agropecuária é a atividade econômica principal, sendo que o cultivo de café, outras culturas de subsistência, a criação de gado e a piscicultura são largamente desenvolvidos. Turismo e boa gastronomia também são importantes fontes de renda[4].

Personalidades

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Igreja.

O Cristianismo se faz presente no distrito da seguinte forma:[29]

Igreja Católica

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Igrejas Evangélicas

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Referências

  1. «Divisão Territorial do Brasil». IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
  2. «Municípios e Distritos do Estado de São Paulo» (PDF). IGC - Instituto Geográfico e Cartográfico 
  3. a b c Local, Jornal. «O Laranjal... A história de Joaquim Egídio - Jornal Local». Consultado em 2 de novembro de 2022 
  4. a b c d www.valeriodesign.com.br, Valerio design-. «Campinas Virtual». www.campinasvirtual.com.br. Consultado em 2 de novembro de 2022 
  5. VESSONI, Eduardo. «Boemia, história e boa gastronomia fazem de Joaquim Egídio bela surpresa 2». UOL. Consultado em 20 de julho de 2015 
  6. a b «Joaquim Egídio -- Estações Ferroviárias do Estado de São Paulo». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 2 de novembro de 2022 
  7. «Comissão de Divisão Administrativa e Judiciária - Relação Geral de Processos - 1958» (PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo 
  8. «Lei n° 5.285, de 18/02/1959». www.al.sp.gov.br. Consultado em 7 de março de 2021 
  9. «IBGE | Censo 2010 | Sinopse por Setores». censo2010.ibge.gov.br. Consultado em 7 de março de 2021 
  10. «Organização do território | IBGE». www.ibge.gov.br. Consultado em 7 de março de 2021 
  11. ARRAES, Nilson Antonio Modesto; VIEGAS, Herta Avalos. Título ainda não informado (favor adicionar). 25 a 29 de maio de 2009. XII Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional. Consultado em 21 de julho de 2015 
  12. PLANTA, Paulo (28 de janeiro de 2015). «Rota assume estradas vicinais de distritos». Todo Dia. Consultado em 21 de julho de 2015 
  13. «DER/SP: Mapas» (PDF). www.der.sp.gov.br. Consultado em 16 de agosto de 2022 
  14. «Apresentação > Secretaria de Serviços Públicos | Prefeitura Municipal de Campinas». www.campinas.sp.gov.br. Consultado em 1 de novembro de 2022 
  15. «Resolução nº 1, de 29/12/1971» (PDF). www.imprensaoficial.com.br. Consultado em 7 de março de 2021 
  16. «Arpen-SP disponibiliza cadastro estadual de acervos anexados e lista de localização de antigos municípios - 13/04/2008». ARPEN-SP. Consultado em 7 de março de 2021 
  17. escolas. «Escola - Francisco Barreto Leme - Campinas - SP». Escol.as. Consultado em 16 de agosto de 2022 
  18. «Área de atuação da Telesp em São Paulo». Página Oficial da Telesp (arquivada) 
  19. «Municípios e Saneamento». IAS - Instituto Água e Saneamento. Consultado em 1 de novembro de 2022 
  20. «CPFL Paulista | Grupo CPFL». www.grupocpfl.com.br. Consultado em 1 de novembro de 2022 
  21. «Arsesp - Mapa de Concessionárias». www.arsesp.sp.gov.br. Consultado em 1 de novembro de 2022 
  22. «Observatório Municipal Jean Nicolini». conheca.campinas.sp.gov.br. Consultado em 1 de novembro de 2022 
  23. «Campinas: Cultura e Turismo». portal.campinas.sp.gov.br. Consultado em 1 de novembro de 2022 
  24. Andréa Cristina de Oliveira Struchel (Âmbito Jurídico). «Passagem de dutos em espaço territorial ambientalmente protegido – um estudo de caso de Campinas – SP». Consultado em 1 de novembro de 2022 
  25. «Sousas e Joaquim Egídio promovem Festival Gastronômico da Primavera». Prefeitura Municipal de Campinas. 22 de setembro de 2014. Consultado em 21 de julho de 2015 
  26. «SP confirma mais 2 casos de febre maculosa; total de mortes no ano chega a 9». G1. 16 de junho de 2023. Consultado em 8 de dezembro de 2023 
  27. «Mapa das Trilhas de Souzas, Joaquim Egídio e Região». Consultado em 13 de Junho de 2023 
  28. «Dom Agnelo Cardeal Rossi». Arquidiocese São Paulo. Consultado em 29 de fevereiro de 2016 
  29. O termo "cristão" (em grego Χριστιανός, transl Christianós) foi usado pela primeira vez para se referir aos discípulos de Jesus Cristo na cidade de Antioquia (Atos cap. 11, vers. 26), por volta de 44 d.C., significando "seguidores de Cristo". O primeiro registro do uso do termo "cristianismo" (em grego Χριστιανισμός, Christianismós) foi feito por Inácio de Antioquia, por volta do ano 100. Tyndale Bible Dictionary, pp. 266, 828
  30. SP, Arquidiocese de Campinas. «Paróquias». Arquidiocese de Campinas SP. Consultado em 1 de novembro de 2022 
  31. «Igreja Evangélica Assembléia de Deus Campinas». www.adcamp.org.br. Consultado em 29 de março de 2021 
  32. «Campos Eclesiásticos». CONFRADESP. 10 de dezembro de 2018. Consultado em 28 de março de 2021 
  33. «Localidade - Congregação Cristã no Brasil». congregacaocristanobrasil.org.br. Consultado em 1 de novembro de 2022 

Ligações externas

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O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Joaquim Egídio