José Caetano da Silva Coutinho
José Caetano da Silva Coutinho | |
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Nascimento | 13 de fevereiro de 1768 Caldas da Rainha |
Morte | 27 de janeiro de 1833 (64 anos) Rio de Janeiro |
Nacionalidade | Portuguesa |
Cidadania | Brasileira |
Ocupação | Político e Sacerdote |
José Caetano da Silva Coutinho, conhecido como Bispo Capelão-Mór (Caldas da Rainha, 13 de fevereiro de 1768 — Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 1833), foi um sacerdote católico e político brasileiro. Foi deputado geral e senador do Império do Brasil, de 1826 a 1833.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filho de Caetano José Coutinho, este por sua vez filho de Baltazar Dias Coutinho e de sua mulher Maria Teresa,[1] sendo, portanto, primo de Antônio Maria da Silva Torres, herói da Independência da Bahia.[2]
Em 1804, o então padre José Caetano foi nomeado arcebispo de Crangonor, na Índia. Em 4 de novembro de 1805, foi tornado bispo do Rio de Janeiro. Fora confirmada a sua nomeação pelo Papa Pio VII, em 26 de agosto de 1806 e a cerimônia de sagração como bispo da Diocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, aconteceu em 15 de março de 1807, na Igreja de São Domingos, em Lisboa. Devido a invasão de Portugal pelas tropas napoleônicas, só conseguiu chegar no Rio de Janeiro no dia 25 de abril de 1808, tomando posse do cargo no dia 28, cargo esse que ocupou até seu falecimento.
Ao reformar o Seminário de São José, então formador do clero carioca, introduziu um plano de estudos de teologia moral no qual se aprofundava o conhecimentos dos atos humanos e suas leis. Instaurou assim um dos nascedouros do pensamento da psicologia no Brasil.
Na condição de Bispo do Rio de Janeiro, foi também nomeado, por carta régia de 3 de junho de 1808, capelão-mor da capela real, e na ausência do único Arcebispo do Brasil à época (D. Vicente da Soledade e Castro, o Arcebispo de Salvador, que, sendo leal a Portugal, estabelecera residência naquele país).
D. José Caetano da Silva Coutinho como capelão-mor, abençoou as núpcias de D. Pedro e presidiu o ato da Coroação do primeiro Imperador do Brasil, D. Pedro I; batizou-lhe ainda os filhos e assistiu aos últimos momentos de D. Maria I e a da Imperatriz D. Leopoldina.
Como político, foi Presidente do Régio Tribunal da Mesa de Consciência e Ordens; presidiu a primeira Assembleia Nacional Constituinte, após a Independência do Brasil, em maio de 1823.
Morreu de hepatite no dia 27 de janeiro de 1833. Foi sepultado na capela do Palácio da Conceição, no Rio de Janeiro.
Condecorações
[editar | editar código-fonte]- Grã-Cruz da Imperial Ordem da Rosa
- Comendador da Imperial Ordem de Cristo
Referências
- ↑ Biografia no sítio do Senado Federal[ligação inativa]
- ↑ «BAENA, Augusto Romano Sanches de. Dicionário Aristocrático.» (PDF). Consultado em 24 de maio de 2008. Arquivado do original (PDF) em 13 de janeiro de 2012
Ver também
[editar | editar código-fonte]Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Registro biográfico na pagina da Câmara dos Deputados
- A Primeira Assembleia Constituinte, por Max Fleiuss
Precedido por José Egídio Álvares de Almeida |
Presidente do Senado do Império do Brasil 1827 - 1832 |
Sucedido por Bento Barroso Pereira |
Precedido por José Joaquim Justiniano Mascarenhas Castelo Branco |
Bispo do Rio de Janeiro 1806 - 1833 |
Sucedido por Manuel do Monte Rodrigues de Araújo |
- Nascidos em 1768
- Mortos em 1833
- Naturais de Caldas da Rainha
- Presidentes do Senado Federal do Brasil
- Senadores do Império do Brasil por São Paulo
- Deputados do Império do Brasil
- Bispos e arcebispos de São Sebastião do Rio de Janeiro
- Portugueses expatriados no Brasil
- Grã-cruzes da Imperial Ordem da Rosa
- Comendadores da Imperial Ordem de Cristo
- Deputados provinciais da Assembleia Nacional Constituinte de 1823