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Luís de Nassau

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Luís de Nassau
Luís de Nassau
Retrato de Luís de Nassau
Nascimento 10 de janeiro de 1538
Dillenburg
Morte 14 de abril de 1574
Progenitores
Irmão(ã)(s) Catharine of Nassau-Dillenburg, Juliana of Nassau-Dillenburg, Elisabeth of Nassau-Dillenburg, Catherine of Hanau, Countess of Wied, Maria of Nassau, Anna of Nassau-Dillenburg, Magdalena of Nassau-Dillenburg, Adolf of Nassau, Henry of Nassau-Dillenburg, João VI, Conde de Nassau-Siegen, Guilherme I, príncipe de Orange, Philip III, Count of Hanau-Münzenberg, Juliana van Hanau-Münzenbergen, Hermanna of Nassau-Siegen
Ocupação político, chefe militar
Título conde
Religião calvinismo
Causa da morte morto em combate

Luís de Nassau (Dillenburg, 10 de Janeiro de 1538Mook en Middelaar, 14 de Abril de 1574) foi o terceiro filho de Guilherme I, conde de Nassau e de Juliana de Stolberg. Era o irmão mais jovem do príncipe Guilherme de Orange-Nassau.

Luís foi uma importante figura na revolta dos Países Baixos contra a Espanha e, diferente de seu irmão Guilherme, ele foi um calvinista fortemente convencido. Ele ajudou seu irmão de várias formas, inclusive arranjando o casamento entre Guilherme e sua segunda esposa Ana da Saxônia. Em 1569, Guilherme o nomeou governador do Principado de Orange, dando-lhe uma posição indiscutível na política francesa.

O compromisso

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Em 1566, ele foi um dos líderes da liga de pequenos nobres que assinou o "Compromis des Nobles".[1] O compromisso era uma carta aberta na forma de petição, ao rei Filipe II de Espanha declarando que ele deveria desistir da Inquisição nos Países Baixos. Em 5 de abril de 1566, acompanhado por duzentos cavaleiros, o Compromisso foi apresentado à regente Margarida de Parma. Durante esta audiência, um dos conselheiros de Margarida, o conde de Berlaymont, tentou acalmar seus nervos com as palavras "Quoi, Madame. Peur de ces gueux?" ("O que, Madame, a amedronta nesses mendigos?"). Foi a partir deste momento que os oponentes da política do rei Filipe II orgulhosamente adotaram o nome Mendigos (Les Geux, Geuzen) para si.[2]

Batalha de Heiligerlee

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Luís (à esquerda) com os irmãos Juan (sentado), Adolf, e Henrique

Com a chegada do Duque de Alba, Luís e seu irmão Guilherme se retiraram dos Países Baixos. No exterior, eles reuniram um exército e em 1568, com a ajuda de huguenotes franceses, eles foram capazes de invadir por três lados. Luís e seu irmão mais jovem Adolfo entraram pelo norte dos Países Baixos através da Frísia, Jean de Villers entrou pelas províncias do sul entre o Reno e o Mosa e os huguenotes invadiram Artois.

O exército sob o comando de Luís eventualmente seria o único a conquistar uma vitória. Jean de Villers e suas tropas foram capturados dois dias depois que cruzaram o Mosa, enquanto os huguenotes foram atacados e derrotados por tropas reais francesas em St. Valery. Jean de Villers conseqüentemente traiu toda a campanha e as fontes da tesouraria de guerra em seus interrogatórios.

Luís entrou na Frísia em 24 de Abril. Alba respondeu enviando um exército sob o comando de Jean de Ligne, duque de Aremberg. Os dois exércitos se encontraram em Heiligerlee em 23 de Maio, onde Luís atacou de emboscada as tropas espanholas. Luís venceu a batalha de Heiligerlee, mas perdeu seu irmão Adolfo na batalha.[3]

Batalha de Jemmingen

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Ver artigo principal: Batalha de Jemmingen

Ainda que Guilherme quisesse que Luís se retirasse para Delfzijl, Luís permaneceu em Groningen, onde ele encontrou o maior, mais forte e mais bem equipado exército liderado diretamente por Alba. Luís retrocedeu na direção de Jemmingen onde, em 21 de Julho de 1568, a batalha foi disputada furiosamente até o exército de Alba empurrá-los sobre as pontes do rio Ems e finalmente diretamente para o Ems. Muitos se afogaram tentando cruzar o rio, e Luís se despiu de sua pesada armadura e conseguiu atravessá-lo a nado e se salvar. No final, a rebelião holandesa perdeu 7.000 homens na batalha de Jemmingen.[4]

Luís de Nassau, Adriaen Thomasz Key, 1570-1574

Depois de Jemmingen, Luís se uniu ao seu irmão Guilherme e voltou para a França, onde eles se juntaram ao líder huguenote Gaspar II de Coligny. Ele lutou nas batalhas de Jarnac e Moncontour e conseguiu melhorar suas conexões francesas como governador do principado de Orange. Em 1572, os Mendigos do Mar capturaram a cidade de Brielle e a reivindicaram para Guilherme. Em breve, a maioria das cidades na Holanda e na Zelândia estavam nas mãos dos rebeldes e Guilherme mais uma vez se tornava stadhouder da Holanda e da Zelândia.[5]

Luís rapidamente levantou uma pequena força na França, e entrou em Hainaut em 23 de Maio, capturando Mons. Repentinamente Alba se viu entre dois inimigos e com seu próprio exército rebelado e sem pagamento. Guilherme tentou ajudar seu irmão em Mons, mas depois de um atentado contra sua vida, do qual ele escapou por milagre, ele foi incapaz de ajudar a Luís. Alba podia agora trazer os derrotados de Mons em bons termos e em 19 de Setembro Luís e seu exército deixaram Mons com as honras de guerra. Distraindo a atenção de Alba para Mons, foi possível para o norte se reforçar e embora Alba tenha reconquistado Mons, ele tinha perdido a Holanda, que agora era forte o bastante para resistir.

Batalha de Mookerheyde

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Ver artigo principal: Batalha de Mookerheyde

Em 1574, os fundos estavam diminuindo e os espanhóis estavam se aproximando de Middelburg e Leiden. Esperando por uma distração no sul, Guilherme escreveu para Luís pedindo ajuda. Naquela primavera, Luís, junto com o Nassau mais jovem, Henrique, e com o filho do eleitor palatino, Cristóvão da Bavária, cruzaram o Mosa com seus exércitos. Eles esperavam ser um desvio de atenção decente, mas foram enganados pelas tropas espanholas sob um líder experiente, Sancho d'Avila. Comandando o ataque contra os espanhóis, Luís foi atingido por um tiro no braço. Ele continuou, fingindo estar bem, mas estava perdendo sangue tão rápido que seus amigos o retiraram da batalha. Ele foi levado para perto de uma cabana, onde ordenou a seus amigos que se salvassem. Luís jamais foi visto novamente, nem vivo nem morto. Henrique e Cristóvão também morreram na batalha de Mookerheyde.[6]

Referências

  1. Este artigo incorpora texto (em inglês) da Encyclopædia Britannica (11.ª edição), publicação em domínio público.
  2. Veronica Wedgwood, “William the Silent, William of Nassau, Prince of Orange 1533-1584”, ISBN I 842124013. p. 80
  3. Motley, John Lothrop (1855). The Rise of the Dutch Republic. [S.l.: s.n.] 
  4. «Jemmingen, onde 2.000 soldados dos Terços dominaram 12.000 protestantes». 22 de março de 2014 
  5. O'Brien de Clare, T J (2021). One Faith, One Law, One King (em inglês). Warwick: Helion. pp. 28–31. ISBN 978-1-914059-70-4 
  6. Dupuy, Trevor N., Curt Johnson and David Bongard, Harper Encyclopedia of Military Biography, (Castle Books, 1995), 539.