Margem de Certa Maneira
Margem de Certa Maneira | |||||||
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Álbum de estúdio de José Mário Branco | |||||||
Lançamento | 1972 | ||||||
Gravação | 6 a 8 de novembro de 1972 | ||||||
Estúdio(s) | Strawberry Studio, Hérouville | ||||||
Género(s) | Música de intervenção, Música popular portuguesa | ||||||
Duração | 30:00 | ||||||
Idioma(s) | português | ||||||
Formato(s) | 12" - 33 1/3 rpm | ||||||
Editora(s) | Guilda da Música | ||||||
Produção | José Mário Branco e Manuel Jorge Veloso | ||||||
Cronologia de José Mário Branco | |||||||
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Margem de certa maneira é o segundo álbum de José Mário Branco, lançado em Dezembro de 1972 pela Sasseti - Guilda da Música. As gravações decorreram entre 6 e 8 de Novembro desse ano no Strawberry Studio, em Hérouville, nos arredores de Paris.[1]
Descrição do álbum
[editar | editar código-fonte]Continuação lógica do disco de estreia, Margem de certa maneira reforça a forte componente teatral na escrita e na interpretação de José Mário Branco, bem como a persistência em motivos da música popular portuguesa. "Engrenagem" e "Eh! companheiro" espelham a mensagem subversiva, "Cantigas da velha mãe e dos seus dois filhos (Mãe coragem)" desenvolve a sua relação com o teatro brechtiano e "Por Terras de França" fala do seu estado auto-exilado partilhado com Sérgio Godinho, solidificando a sua pessoalíssima linguagem estética.[2]
O LP apresenta algumas canções que eram para ter sido publicadas num projeto de álbum conceptual intitulado "Crónica", uma parceria entre José Mário Branco e o escritor Álvaro Guerra, com letras a partir de textos de Luís de Camões, Gil Vicente, Sá de Miranda e Francisco Manuel de Melo. O álbum foi proibido pela censura prévia, sendo que algumas canções acabaram por integrar este LP.[1][3]
Alinhamento
[editar | editar código-fonte]Lado A
N.º | Título | Compositor(es) | Letra | Duração | |
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1. | "Por terras de França" | José Mário Branco | José Mário Branco | 4:55 | |
2. | "Engrenagem" | José Mário Branco | José Mário Branco | 3:15 | |
3. | "Aqui dentro de casa" | José Mário Branco | José Mário Branco | 5:00 | |
4. | "Margem de certa maneira" | José Mário Branco | José Mário Branco | 4:50 | |
Duração total: |
0:17:02 |
Lado B
N.º | Título | Compositor(es) | Letra | Duração | |
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1. | "Cantiga da velha mãe e dos seus dois filhos (Mãe coragem)" | José Mário Branco | Sérgio Godinho | 3:50 | |
2. | "Sant' Antoninho" | Jean Sommer | José Mário Branco | 2:40 | |
3. | "A morte nunca existiu" | José Mário Branco | António Joaquim Lança | 6:00 | |
4. | "Eh! Companheiro" | José Mário Branco | Sérgio Godinho | 5:10 | |
Duração total: |
0:17:00 |
Referências
- ↑ a b «Margem de certa maneira | Arquivo José Mário Branco». arquivojosemariobranco.fcsh.unl.pt. Consultado em 15 de novembro de 2022
- ↑ Revista Blitz n.º 1074, 28/12/04. Os 50 melhores discos portugueses de sempre.
- ↑ SILVA, Octávio Fonseca (2000). José Mário Branco – O canto da inquietação. [S.l.]: Mundo da Canção. ISBN 9789729851414