Nevermore
Nevermore | |
---|---|
Banda durate show no Summer Breeze em Dinkelsbühl. | |
Informação geral | |
Origem | Seattle, Washington |
País | Estados Unidos |
Gênero(s) | Metal progressivo Thrash metal Heavy metal |
Período em atividade | 1991 – 2011 |
Gravadora(s) | Century Media |
Afiliação(ões) | Sanctuary Forbidden Annihilator Vicious Rumors Testament Megadeth Cannibal Corpse Jag Panzer Iced Earth |
Integrantes | Warrel Dane Jeff Loomis Jim Sheppard Van Williams |
Ex-integrantes | Chris Broderick Pat O'Brien Tim Calvert Mark Arrington Steve Smyth |
Página oficial | www.nevermore.tv |
Nevermore foi uma banda americana de power/thrash metal de Seattle, Washington. Formada em meados de 1991, a banda incorporava em suas músicas elementos de diversos estilos tais como thrash metal, power metal, groove metal e metal progressivo, fazendo também uso de sons acústicos e uma grande e variada gama de estilos vocais. A descrição precisa do seu estilo musical é tema de debate tanto entre críticos quanto pelos fãs, já que a banda acabou criando sua própria identidade.
Após um desentendimento entre os integrantes, a banda entrou em hiato em 2011, com o vocalista Warrel Dane e o baixista Jim Sheppard reunindo-se com seu antigo projeto chamado Sanctuary. O guitarrista Jeff Loomis atualmente encontra-se na banda Arch Enemy.
História
[editar | editar código-fonte]O Nevermore surgiu no começo dos anos 90 quando a banda Sanctuary, pressionada por sua gravadora a mudar de direcionamento musical, encerrou prematuramente suas atividades durante a gravação do terceiro álbum de forma nada amigável. Dois dos integrantes, o vocalista Warrel Dane e o baixista Jim Sheppard, não concordavam com a mudança proposta pela gravadora e aparentemente bem recebida pelos outros membros: abandonar o Heavy Metal e entrar de cabeça no Grunge (estilo que alcançava o grande sucesso no mainstream devido à bandas como Nirvana, Mudhoney e Pearl Jam, estilo este que teve seu fim ainda na década de 90).[1] Os ânimos na banda já andavam exaltados quando os integrantes literalmente "saíram no braço" durante uma festa, selando assim o destino da banda. Só restou a Warrel Dane e Jim Sheppard começar um novo projeto que refletisse não somente a proposta original do Sanctuary, mas que abrisse portas para a fusão de outros estilos de Metal (o nome Nevermore foi decidido no dia seguinte a briga, enquanto os dois escutavam uma música da banda de doom metal, Trouble).
No fim de 1994, já contando com uma formação estável devido ao recrutamento do baterista Van Williams e do ex-guitarrista do Sanctuary, Jeff Loomis, o Nevermore acaba por atrair a atenção do produtor Neil Kernon (Queensryche, Judas Priest, Flotsam & Jetsam, Yes, Rolling Stones, Journey) que, acreditando no potencial da banda, assume o risco de gravar o material por conta própria. O primeiro álbum, Nevermore, sai pela Century Media Records em 1995 e recebe críticas positivas da mídia especializada, rendendo à banda uma turnê europeia com o Blind Guardian e uma turnê norte-americana com o Death.[1]
A adição do guitarrista Pat O'Brien viria a acontecer pouco antes do lançamento do EP In Memory em 1996. O'Brien ainda participou das gravações do álbum seguinte - The Politics of Ecstasy em 1996, pouco antes de deixar a banda para integrar a banda de death metal Cannibal Corpse. Tim Calvert, que já tinha participado da composição de algumas músicas do Nevermore passa a integrar a banda a partir da saída de O'Brien.
Em 1999 o Nevermore lança Dreaming Neon Black, depois de três anos sem lançar nenhum disco. Sendo muito bem recebido pela crítica, o álbum narra a história de um homem em seu lento declínio em direção à loucura após a morte da única mulher que amara. As faixas apresentam uma gama variada de estilos, partindo de músicas lentas e melancólicas até músicas mais agressivas e progressivas. Warrel Dane é outra vez o destaque, imprimindo sua marca na interpretação por vezes melancólica, por vezes desesperada das letras que refletem o conceito de algumas músicas do álbum: a experiência de Dane com sua namorada, desaparecida após se unir a uma seita religiosa.[2]
Uma longa turnê se seguiu, com o Nevermore tocando com diversas bandas de renome como Mercyful Fate, Arch Enemy e Iced Earth. Ao fim da turnê, em 2000, o guitarrista Tim Calvert anuncia a sua saída amigável da banda alegando razões pessoais. Ao invés de procurar um substituto, a banda decide continuar como um quarteto, usando os préstimos de guitarristas convidados para tocar ao vivo, como o Curran Murphy (que tocou no Annihilator), e Chris Broderick da banda Jag Panzer's.
Ainda no ano 2000 o Nevermore entra em estúdio para gravar Dead Heart in a Dead World sob o comando de Andy Sneap (Megadeth, Kreator, Exodus) no Village Productions, em Tornillo, Texas[3]. Carregando uma riqueza de influências ainda maior, o álbum traz faixas com elementos do Metal progressivo ao Thrash metal. A sonoridade se torna ainda mais pesada devido a utilização de guitarras de 7 cordas usadas por Jeff Loomis e desta vez há temas mais variados nas letras do que seu antecessor, como o abuso de drogas em Narcosynthesis, o ateísmo em Believe In Nothing, que também ganhou videoclipe, e um cover de The Sound Of Silence, de Simon & Garfunkel. Após o lançamento do álbum em 13 de setembro de 2000 (que outra vez recebeu críticas super-positivas da mídia especializada), a banda sai em turnê e passa pela 1° vez no Brasil fazendo dois shows numa mini-turnê com a banda de death metal Krisiun. Em 2001 a banda teve sua turnê americana ao lado do Savatage interrompida por conta dos Ataques de 11 de setembro de 2001[4]. Em 2020, o álbum foi classificado como 48° entre os 50 melhores álbuns de metal dos anos 2000 pela revista britânica Kerrang![5]
O quinto álbum, Enemies of Reality, permanece em produção por mais de um ano e é lançado em meados de 2003. Apesar do álbum mostrar um Nevermore cada vez mais técnico e agressivo, a produção do álbum, que ficara a cargo do renomado produtor Kelly Gray, não agrada. As críticas são tantas que a banda decide, em 2004, entregar a re-masterização do material à Andy Sneap. O resultado, nitidamente melhor, pode ser conferido no relançamento do álbum (com uma capa ligeiramente diferente). Neste ínterim, a banda passa a ser um quinteto novamente com a adição do guitarrista Steve Smyth (ex-Testament/Vicious Rumours).
Em julho de 2005 a banda lança This Godless Endeavor, aclamado por muitos como o melhor trabalho da banda até agora. O álbum mescla com maestria elementos dos três últimos (e mais bem-sucedidos) álbuns: a melancolia de Dreaming Neon Black, o peso de Dead Heart in a Dead World e o lado mais técnico de Enemies of Reality. Tudo isso recheado por letras críticas e reflexivas sobre temas que abrangem religião, sociologia e política. Logo após o lançamento a banda sai em turnê com o festival itinerante Gigantour (capitaneado por Dave Mustaine do Megadeth) sendo uma das suas principais atrações.[6]
O Nevermore fez suas duas últimas apresentações no Brasil em 2006, no festival Live'N'Louder, que aconteceu no dia 14 de outubro de 2006 na Arena Skol (Anhembi), em São Paulo, e em Curitiba, no Curitiba MasterHall, no dia 15 de outubro de 2006.
Em 2008 é lançado em CD e DVD The Year Of The Voyager, registro ao vivo da banda de apresentações realizadas entre 2005 e 2006.[1] Nesse mesmo ano Warrel Dane lança Praises to the War Machine, seu primeiro disco solo, enquanto Jeff Loomis segue o mesmo caminho, com Zero Order Phase[7]. No ano seguinte é lançada a coletânea Manifesto of Nevermore pela Century Media.
The Obsidian Conspiracy, seu último disco, foi lançado em 2010, sucedido por uma turnê. Em abril de 2011, o guitarrista original Jeff Loomis e o baterista Van Willians anunciaram suas saídas do Nevermore.[8]
Warrel Dane faleceu em 2017 após sofrer um infarto num flat em São Paulo, enquanto trabalhava em seu segundo álbum solo[9][10].
Formação
[editar | editar código-fonte]
|
|
|
Discografia
[editar | editar código-fonte]Álbuns de estúdio
[editar | editar código-fonte]- Nevermore (1995)
- The Politics of Ecstasy (1996)
- Dreaming Neon Black (1999)
- Dead Heart in a Dead World (2000)
- Enemies of Reality (2003, remixado em 2004)
- This Godless Endeavor (2005)
- The Obsidian Conspiracy (2010)
EP
[editar | editar código-fonte]- In Memory (1996)
Ao vivo
[editar | editar código-fonte]- The Year of the Voyager (2008)
Referências
- ↑ a b c Whiplash.net. «ROCK BRIGADE Recomenda: peso, técnica e força no som do Nevermore». Consultado em 5 de agosto de 2018
- ↑ «Nevermore: Dreaming Neon Black completa hoje 20 anos». 25 de janeiro de 2019. Consultado em 22 de junho de 2019
- ↑ «Memory Remaiins: Nevermore - 2 décadas de Dead Heart in a Dead World, a obra prima de Warrel Dane». Headbangers News. Consultado em 17 de julho de 2023
- ↑ «The Gauntlet - Nevermore bio». www.thegauntlet.com. Consultado em 17 de julho de 2023
- ↑ «The 50 Best Albums From 2000». Kerrang! (em inglês). 16 de julho de 2020. Consultado em 17 de julho de 2023
- ↑ «GIGANTOUR [DVD]». Consultado em 22 de junho de 2019
- ↑ Whiplash.net (7 de julho de 2008). «Nevermore: detalhes sobre álbum solo de Jeff Loomis». Consultado em 5 de agosto de 2018
- ↑ Uol (29 de outubro de 2018). «'Shadow Work', CD póstumo brasileiro a Warrel Dane, é mais que um tributo». Consultado em 10 de maio de 2021
- ↑ Whiplash.net (13 de dezembro de 2017). «Warrel Dane: vocalista morre aos 56 anos de idade em São Paulo». Consultado em 5 de agosto de 2018
- ↑ Uol (13 de dezembro de 2017). «Ex-vocalista do Nevermore morre aos 56 anos; ele gravava disco no Brasil». Consultado em 10 de maio de 2021
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- (em inglês) Site oficial