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Reconhecimento em força

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Motocicleta do exército japonês preparada
para missões de reconhecimento.
Nos tempos antigos, o reconhecimento em território desconhecido ou inimigo era feito por batedores a cavalo.
Exercício de treinamento do grupo de reconhecimento dos Seabees (o SERT).

O reconhecimento em força (português europeu) ou reconhecimento (português brasileiro)[1] [2]é uma operação de objectivo limitado com a finalidade de pôr à prova o dispositivo, meios, composição e pontos fracos do inimigo e/ou obter outras informações. Embora a sua finalidade primária, como o próprio nome indica, seja o reconhecimento, esse tipo de acção permite descobrir pontos fracos do inimigo cujo conhecimento é importante para o planeamento do ataque.

Esta acção, quando aplicada numa área restrita, é planeada e executada como um ataque de objectivo limitado. Se for necessário esclarecer a situação sobre o inimigo ao longo de toda a frente, empregam-se uma série de ataques destinados a sondar, em força e agressivamente, a situação do inimigo em determinados pontos críticos. Numa situação em que o inimigo apresenta frentes extensas, podem ser executados reconhecimentos em força, escalonados no tempo sobre pontos largamente separados, o que permite obrigar o inimigo a revelar o seu dispositivo e intenções numa vasta área.

A realização dessas acções implica riscos. É necessário agir por forma a obter os resultados desejados, mas também a evitar que a acção resulte num empenhamento superior ao desejado, isto é, um empenhamento geral. Isso não invalida que o comandante que ordena tais acções não deva estar preparado para explorar os sucessos obtidos pela força de reconhecimento, dando continuidade ao ataque por elas iniciado ou mantendo a posse de terreno que tenham conseguido ocupar. O comandante da força que ordena o reconhecimento deve preparar-se também para auxiliar aquela força no caso de esta vir a ficar fortemente empenhada em condições desfavoráveis.

A força destacada para uma operação desse tipo deve ser suficientemente forte para desencadear um ataque que obrigue o inimigo a reagir e, dessa forma, a revelar o seu dispositivo, efectivos, etc. Uma vez cumprida a missão, a força de reconhecimento pode retirar ou manter a posse do terreno conquistado.

Referências

  1. A Dictionary of Aviation, David W. Wragg. ISBN 10: 0850451639 / ISBN 13: 9780850451634, 1st Edition Published by Osprey, 1973 / Published by Frederick Fell, Inc., NY, 1974 (1st American Edition.), Page 222.
  2. Este artigo é integralmente baseado no texto do elemento bibliográfico apresentado, pp. 268 a 270
  • AAVV, Regulamento de Campanha: Operações, volume 1, Estado Maior do Exército, Lisboa, 1971.