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Rio Jacuí

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 Nota: se procura o rio que nasce em Cunha (São Paulo) e desagua no rio Paraitinga, veja Rio Jacuí (Alto Paraíba do Sul).
Rio Jacuí
Rio Jacuí
Pôr do sol no rio Jacuí, próximo ao município de Agudo
Comprimento 790 km
Nascente Passo Fundo
Altitude da nascente 740 m
Caudal médio 1900 m³/s
Bacia hidrográfica Bacia Hidrográfica do Alto Jacuí
Região hidrográfica Região Hidrográfica do Guaíba
País(es) Brasil

O rio Jacuí é um rio que banha o estado do Rio Grande do Sul, no Brasil. Possui cerca de 800 quilômetros de comprimento e sua vazão média na foz é da ordem de 1 900 metros cúbicos por segundo. Além de fazer parte da história e realizar certo processo químico, dando nome ao município de Espumoso, que localiza-se na mesorregião Noroeste Rio-Grandense.

"Jacuí" é originário do tupi antigo îaku'y, que significa "rio dos jacus" (îaku, jacu e 'y, rio).[1]

O nome Jacuí começa a aparecer a partir de 1775. Antes, aparecia em sua totalidade ou em trechos como rio Grande, Yguai, Ygay, Iguay, Iguaçú, Guahyba, Iaguy, Yacuy, Jacuy e Jucay.[2]

Sua nascente fica localizada a menos de 500 metros da nascente do rio Passo Fundo, no limite entre os municípios de Passo Fundo e Mato Castelhano, e a menos de 900 metros das dos rios do Peixe e Guaporé. No município de Triunfo, recebe o rio Taquari, encorpando ainda mais o volume de suas águas. O rio Jacuí é navegável desde o Lago Guaíba até a cidade de Cachoeira do Sul (capital brasileira do arroz) próximo a Ponte do Fandango.

Dentre outros afluentes, podemos citar os rios Pardo (na cidade de Rio Pardo), Iruí, Botucaraí, Piquiri (próximos a Cachoeira do Sul), Rio Colorado (na divisa dos municípios de Tapera e Selbach), rio São Bento e Butiá (cujas nascentes se localizam no interior do município de Soledade) e Arroio Tigreiro (de Espumoso)

O rio Jacuí também passa pela cidade de Salto do Jacuí, conhecida como a capital da energia elétrica devido à existência de diversas usinas hidrelétricas e barragens construídas e operadas pela Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE). É o principal patrimônio de Dona Francisca, cujo porto tem, hoje, um grande valor histórico, por ter, em outra época, servido com principal escoadouro da produção agrícola da região. O conjunto de aproveitamentos hídricos existentes no rio, onde se pode observar umas das maiores barragens artificiais do Rio Grande do Sul, demonstra o potencial de geração hidrelétrica do rio Jacuí. Deságua no delta do Jacuí, um conjunto de canais, ilhas e pântanos a partir do qual se forma o lago Guaíba. Do Guaíba, as águas seguem para a Lagoa dos Patos e daí por sequência para o oceano Atlântico.

O rio é de vital importância para o estado e para os municípios em que passa, sendo fonte de irrigação de lavouras, sustentando famílias que dependem da pesca e possuindo diversas áreas licenciadas para extração de areia, atividade de suma importância econômica e social para o Rio Grande do Sul. O rio Jacuí também é muito utilizado para passeios e esportes náuticos.

Fauna e flora

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As matas que acompanham suas margens apresentam grande diversidade de flora e fauna, com ocorrência de gato-do-mato, bugio, tahã, porco-do-mato, capivara, martim-pescador, saracura, bem-te-vi, lontra e jacu. Em suas águas, vivem peixes como o pintado, traíra, jundiá, dourado, grumatã, biru, dentre outros.

Referências

  1. NAVARRO, E. A. Dicionário de Tupi Antigoː a Língua Indígena Clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 578.
  2. Sousa Docca, Emílio Fernandes de (Maio de 1925). «Um problema geográfico controvertido: o Jacuhy e as suas nascentes». Brasil Novo (1): 14-16. Consultado em 4 de setembro de 2024 
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