Silvestre Péricles
Silvestre Péricles | |
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Silvestre Péricles | |
Governador de Alagoas | |
Período | 1947-1951 |
Antecessor(a) | Guedes de Miranda |
Sucessor(a) | Arnon de Melo |
Senador de Alagoas | |
Período | 1959-1967 |
Antecessor(a) | Ezequias Rocha |
Sucessor(a) | Teotônio Vilela |
Ministro do Tribunal de Contas da União | |
Período | 1956-1959 |
Deputado federal de Alagoas | |
Período | 1946-1947 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 30 de março de 1896 São Luís do Quitunde, AL |
Morte | 16 de novembro de 1972 (76 anos) Rio de Janeiro, RJ |
Alma mater | Universidade Federal de Pernambuco |
Cônjuge | Teresa Monteiro |
Partido | PPN, PSD, PST, PDC, PTB, MDB |
Profissão | militar |
Silvestre Péricles de Góis Monteiro (São Luís do Quitunde, 30 de março de 1896 — Rio de Janeiro, 16 de novembro de 1972) foi um militar e político brasileiro, cuja família exerceu o mandarinato em Alagoas durante o Estado Novo.
Trajetória política
[editar | editar código-fonte]Filho de Pedro Aureliano Monteiro dos Santos e Constança Cavalcante de Góis Monteiro. Formado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco e em Contabilidade pela Academia de Comércio de Porto Alegre. No Rio Grande do Sul foi Auditor de Guerra em Erechim, São Gabriel e Porto Alegre. Em seu estado natal foi redator do Diário Oficial e delegado de polícia em Maceió. Membro de uma família que surgiu na política alagoana a partir da Revolução de 1930, foi candidato ao governo em 1934 pelo Partido Progressista Nacional sem êxito, mas naquele mesmo ano viu seu clã se aproximar de Getúlio Vargas e contar com sua benemerência. O presidente nomeou Pedro Aurélio de Góis Monteiro para o Ministério da Guerra[1] e Edgar de Góis Monteiro para ocupar o Palácio Marechal Floriano Peixoto.[2]
A presença da família na política alagoana ensejou um chiste jocoso por parte de seus adversários de modo a evidenciar tal fato embora houvesse rusgas e até mesmo rivalidade entre os irmãos, o que não impediu a nomeação de Ismar de Góis Monteiro a governador[3] e sua sucessão pelo irmão Edgar.[4] Nesse interregno Pedro Aurélio foi reposto por Vargas no ministério sendo mantido no cargo até o governo de Eurico Gaspar Dutra.[5] Após a redemocratização do país ao final da Segunda Guerra Mundial os irmãos migraram para o Partido Social Democrático (PSD) e Silvestre Péricles foi eleito deputado federal em 1945 e governador de Alagoas em 1947 não conseguindo, porém, ungir seu sucessor. Ainda em sua biografia consta uma passagem como ministro do Tribunal de Contas da União.[6]
Retornou à política em 1958, quando foi eleito senador pelo Partido Social Trabalhista (1946) (PST])[7] e a partir disso sua rivalidade com Arnon de Melo recrudesceu a ponto de os dois terem protagonizado uma cena de crime em pleno Senado Federal: após uma sucessiva troca de acusações e insultos os rivais participavam da sessão de 4 de dezembro de 1963 quando em momentos distintos eles sacaram suas armas em plenário. Impedido de atingir Melo por intervenção do senador João Agripino, Silvestre Péricles abrigou-se sob a bancada e presenciou o revide de seu desafeto que no afã de atingi-lo assassinou o acreano José Kairala, mas devido a sua imunidade parlamentar Arnon de Melo não sofreu qualquer punição.
Paralelo a situações belicosas com a descrita, Silvestre Péricles migrou para o Partido Democrata Cristão (PDC) e foi derrotado na disputa para o governo de Alagoas em 1960 e em 1962 perdeu a eleição para deputado federal embora tivesse metade de seu mandato de senador a cumprir. Após uma passagem pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) ingressou no Movimento Democrático Brasileiro (MDB) após a vitória do regime militar de 1964, e em 1970 perdeu a eleição para deputado federal. Depois dele a cidade de São Luís do Quitunde ainda logrou dois governadores de estado: Lamenha Filho e Divaldo Suruagy.
Referências
- ↑ Ministro da Guerra entre 18 de janeiro de 1934 e 7 de maio de 1935
- ↑ Governador de Alagoas entre 26 de março e 10 de maio de 1935
- ↑ Governou de 1º de fevereiro de 1941 até 10 de novembro de 1945.
- ↑ De 10 de novembro até 18 de dezembro de 1945.
- ↑ Retornou ao cargo em 3 de agosto de 1945 ocupando-o até 15 de outubro de 1946.
- ↑ Ocupou uma cadeira no tribunal de 1943 a 1961, sem incompatibilidade aparente com o exercício dos mandatos de governador senador ao longo dos anos
- ↑ Seu maior adversário foi justamente Arnon de Melo, que concorria pela UDN e só viria a ser eleito em 1962
Fontes de pesquisa
[editar | editar código-fonte]- Ratatatatatá. Disponível em Veja, ed. 98 de 22/07/1970. São Paulo: Abril.
- Silvestre Péricles (1896-1972). Disponível em Veja, ed. 220 de 22/11/1972. São Paulo: Abril.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Biografia de Arnon de Melo na página do Senado Federal Acesso em 17 de agosto de 2009.
- Biografia de Silvestre Péricles no Senado Federal Acesso em 30 de julho de 2021.
- Eleições para o Senado Federal em 1958 segundo o IUPERJ[ligação inativa] Acesso em 1º de fevereiro de 2010.
- Galeria dos Governadores de Alagoas Acesso em 1º de fevereiro de 2010.
- Ministros eméritos do Tribunal de Contas da União Acesso em 17 de agosto de 2009.
- Página oficial da Presidência da República Acesso em 17 de agosto de 2009.
- Nascidos em 1896
- Mortos em 1972
- Homens
- Governadores de Alagoas
- Senadores do Brasil por Alagoas
- Deputados federais do Brasil por Alagoas
- Naturais de São Luís do Quitunde
- Ministros do Tribunal de Contas da União
- Alunos da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco
- Militares de Alagoas
- Membros do Partido Social Democrático (1945)
- Membros do Partido Social Trabalhista (1946)
- Membros do Partido Democrata Cristão (1945)
- Membros do Partido Trabalhista Brasileiro (1945)
- Membros do Movimento Democrático Brasileiro (1966)
- Deputados federais da Assembleia Nacional Constituinte de 1946