Tolui Cã
Tolui | |
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Tolui segundo iluminura de Raxidadim de Hamadã | |
Cã do Império Mongol | |
Reinado | 1227-1229 |
Antecessor(a) | Gêngis Cã |
Sucessor(a) | Oguedai Cã |
Nascimento | 1191 (?) |
Morte | 1232 |
Cônjuge | Sorcaquetani |
Descendência | |
Pai | Gêngis Cã |
Mãe | Borte |
Tolui (em mongol: Толуй; 1191 – 1232) foi o filho mais novo de Gengis Cã e sua esposa Borte. Com a morte de Gêngis em 1227, foi designado temporariamente como cã do Império Mongol até 1229, quando seu irmão Oguedai o sucedeu.
Vida
[editar | editar código-fonte]Tolui provavelmente nasceu em 1191 e era o filho mais novo de Gêngis Cã (r. 1206–1227) e sua esposa Borte. Aos cinco anos, quase foi morto por um tártaro. Em 1203, Gêngis lhe deu Sorcaquetani, sobrinha de Ongue Cã, como esposa;[1] o casal gerou Mangu (1209), Cublai (1215), Hulagu (1217) e Arigue.[2] Seu pai o via como o melhor guerreiro entre seus filhos, chamando-o para participar de suas campanhas. Em 1213, lutou no norte da China contra o Império Jim, quando escalou os muros de Dexingue com seu cunhado Chigu. Em 1221, foi enviado ao Coração, no planalto Iraniano, para debelar o motim de cidades locais, dentre as quais Merve e Nixapur, cuja população foi evacuada e massacrada nas planícies próximas.[1][3]
Esteve presente na última campanha de Gêngis contra o Império Tangute (Xia) e após a morte dele em 1227, supervisionou o Império Mongol até a eleição de seu irmão Oguedai (r. 1229–1241) em 1229. Como filho mais novo, herdou como seu apanágio a porção não distribuída do patrimônio de seu pai no centro do planalto da Mongólia. Esteve nas campanhas de Oguedai e Mangu contra o Império Jim, servindo como estrategista e comandante de campo. Em 1232, com as defesas dos Jins rompidas, a campanha retornou ao norte e Tolui faleceu pouco depois.[4] Ata Maleque Juveini diz que a causa da morte foi alcoolismo, enquanto a História Secreta dos Mongóis aponta que se sacrificou para curar Oguedai, que adoeceu durante a campanha na China.[1]
Os xamãs determinaram que a origem da doença eram os espíritos terrestres e aquáticos da China, que estavam furiosos pela expulsão de seus súditos e devastação de suas terras. Apesar da oferta de terras, animais e até outras pessoas a doença de Oguedai Cã só piorava, porém quando este ouviu que havia sido decidido oferecer o sacrifício de um próprio membro da família, imediatamente melhorou; Tolui se ofereceu e morreu logo em seguida, após ingerir uma bebida enfeitiçada.[5] Seja como for, postumamente, em 1252, Mangu lhe concedeu o título de grão-cã.[6]
Referências
- ↑ a b c Atwood 2004, p. 542.
- ↑ Atwood 2004, p. 511-512.
- ↑ Botle 1968, p. 313.
- ↑ Mote 2003, p. 447.
- ↑ Kahn 1984, p. xxvi.
- ↑ Weatherford 2004, p. 169.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Atwood, Christopher P. (2004). Encyclopedia of Mongolia and the Mongol Empire. Nova Iorque: Facts On File, Inc.
- Botle, J. A. (1968). «Dynastic and Political History of the Il-Khans». In: Fisher, William Bayne; Boyle, John Andrew; Frye, Richard Nelson. The Cambridge History of Iran. Vol. 5 - The Saljuq and Mongol Periods. Cambrígia: Imprensa da Universidade de Cambrígia
- Kahn, Paul; Cleaves, Francis Woodman (1984). The Secret History of the Mongols: The Origin of Chinghis Khan. Nova Iorque: North Point
- Mote, Frederick W. (2003). Imperial China 900-1800. Cambrígia, Massachussetes: Imprensa da Universidade de Harvard
- Weatherford, Jack (2004). Genghis Khan and the Making of the Modern World. Nova Iorque: Imprensa Three Rivers. ISBN 978-0-609-61062-6