Vila dos Confins
Vila dos Confins | |
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Autor(es) | Mário Palmério |
Idioma | Português |
País | Brasil |
Gênero | Ficção brasileira |
Ilustrador | Percy Lau |
Arte de capa | Poty |
Editora | J. Olympio |
Lançamento | 1956 |
Páginas | 407 |
Vila dos Confins foi o primeiro romance de Mário Palmério, publicado em 1956. O livro conta a história da primeira eleição para prefeito e vereadores de um remoto lugarejo do sertão brasileiro, a Vila dos Confins, município recém-emancipado. O deputado federal Paulo Santos apoia o candidato João Soares, da União Cívica, contra o candidato do Partido Liberal, chefe político local, o coronel Chico Belo.[1]
O romance é um triste retrato do processo eleitoral no Brasil no século XX, com compra e aliciamento de votos, coação e fraudes de todo o tipo.
O voto consciente é uma exceção neste período da República brasileira. O autor ironiza a situação, ao contar a história de Altamirando, que, apesar de ter recebido ordens do patrão para votar em um candidato, troca os votos na hora da eleição, a fim de votar em seu compadre Eustórgio:
Altamirando Bento Araújo. Podem chamá-lo de tudo o que for nome feio, que ainda é pouco. Praga das maiores, o peste: eleitor consciente…[2]
Além do caráter político a obra também aborda de maneira primorosa os detalhes relacionados à vida no sertão, os costumes da época e a descrição detalhada da natureza permitem uma exata percepção da região onde a trama se dá.
Referências
- ↑ Palmério 1994.
- ↑ Palmério 1994, p. 198.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Palmério, Mário (1994), Vila dos Confins, ISBN 85-00-72722-5, Rio de Janeiro: Ediouro. 238 pp.