Yara Cortes
| Yara Cortes | |
|---|---|
 | |
| Nome completo | Odete Cipriano Serpa[1] |
| Outros nomes | Yara Cortes |
| Nascimento | 22 de setembro de 1921 Rio de Janeiro, DF |
| Morte | 17 de outubro de 2002 (81 anos) Rio de Janeiro, RJ |
| Nacionalidade | brasileira |
| Ocupação | atriz |
| Período de atividade | 1938–1999 |
Odete Cipriano Serpa, mais conhecida como Yara Cortes (Rio de Janeiro, 22 de setembro de 1921 — Rio de Janeiro, 17 de outubro de 2002), foi uma atriz brasileira.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filha de um casal de imigrantes portugueses de classe média, Manuel Tomás Serpa e Alexandrina Cipriano, foi criada em um internato após a morte da mãe em 1931. Durante os anos de internato, Odete já manifestava vocação para o teatro quando, incentivada pelos professores, representava em festas e atividades extracurriculares, porém, antes de ingressar na carreira de atriz, serviu como enfermeira do Exército Brasileiro na base de Parnamirim no Rio Grande do Norte durante a Segunda Guerra Mundial e trabalhou como aeromoça.[1][2][3]
Iniciou sua carreira artística em 1938, quando foi aprovada num teste para trabalhar na Companhia de Teatro Dulcina e estreou no mesmo ano o espetáculo Mulheres, de Claire Boothe, que lhe rendeu um prêmio. Na companhia fez mais algumas peças de sucesso como As Solteironas dos Chapéus Verdes, de Germaine Acremant, e Figueira do Inferno, de Joracy Camargo. Em 1959, ingressa na companhia Teatro dos Sete, onde atua em peças de sucesso ao lado de nomes como Fernanda Montenegro, Sérgio Britto, Ítalo Rossi e Célia Biar.[4] A peça de estreia foi O Mambembe, apresentada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.[5] Outra montagem de sucesso que participou foi O Chifrudo, de Miguel M. Abrahão, com direção de Paulo Afonso Grisolli, em 1978 ao lado de Lícia Magna.[6]
No cinema, fez sua estreia em 1939 no filme O Palhaço, o Que é?, de Carlos Manga. Pouco se dedicou à carreira cinematográfica fazendo, ao longo da carreira, além deste, mais quatro filmes: Viver de Morrer (1971), Jerônimo, o Herói do Sertão (1972), Obsessão (1973) e Rainha Diaba (1974).[2]
Começou na televisão em 1951, participando do Grande Teatro Tupi, um programa especial de teleteatros. Mudou-se para os Estados Unidos em 1965 e quando voltou, em 1969, atuou na novela Acorrentados, da TV Record, escrita por Janete Clair e dirigida por Daniel Filho.[4]
Estreou na TV Globo em 1971, onde fez brilhante carreira, sendo imortalizada por tipos inesquecíveis como Bubu em O Rebu (1974); Carolina em O Casarão (1976); Madame Clô em Marron Glacé (1979), Maroca Toledo em A Viagem (1994) e Olga Moretti Miranda em História de Amor (1995). Porém, sem dúvida, seu grande sucesso foi Dona Xepa na novela homônima.[1][7]
Yara não teve filhos e passou anos morando em um pequeno apartamento em Copacabana, onde criava dezenas de passarinhos. Morreu em 17 de outubro de 2002, aos 81 anos, vítima de insuficiência respiratória. Foi sepultada no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.[2][8]
Carreira
[editar | editar código-fonte]Televisão[4][7]
[editar | editar código-fonte]| Ano | Título | Personagem | Emissora |
|---|---|---|---|
| 1951 | Grande Teatro Tupi | Vários Personagens (1951-1952) | Rede Tupi |
| 1969 | Os Acorrentados | Mônica Lins | TV Rio |
| 1971 | Minha Doce Namorada | Alice Jordão (Madame Jordão) | Rede Globo |
| 1973 | O Semideus | Úrsula Garcia Maia (Dona Sula) | |
| Caso Especial | Tertuliana Duarte (Episódio: "Além do Horizonte") | ||
| 1974 | O Rebu | Maria Angélica de Lara Campos (Bubu) | |
| 1975 | O Grito | Carmem Vianna (Dona Carmem) | |
| 1976 | O Casarão | Carolina Galvão de Sousa | |
| 1977 | Dona Xepa | Carlota Soares da Costa (Dona Xepa) | |
| 1978 | Pecado Rasgado | Alice Teixeira | |
| 1979 | Marron Glacê | Clotilde Novaes Aragão (Madame Clô) | |
| 1980 | O Bem Amado | Francisca Bandeira (Delegada Chica)/1980-1984 | |
| 1985 | Tenda dos Milagres | Izabela Antunes (Zabela) | |
| Ti Ti Ti | Júlia Spina | ||
| 1986 | Roda de Fogo | Joana Garcez | |
| 1987 | Mandala | Conchita Silveira (Dona Conchita) | |
| 1988 | O Pagador de Promessas | Dagmar da Cunha (Dona Dagmar) | |
| 1989 | Pacto de Sangue | Afrosina da Gama | |
| Top Model | Norma Antunes (Dona Norma) | ||
| 1990 | Mico Preto | Cristina do Espírito Santo (Dona Cristina) | |
| 1991 | Felicidade | Filomena Cabral (Dona Filó) | |
| 1993 | Você Decide | Geralda Barros (Episódio: "A Cor do Amor") | |
| 1994 | A Madona de Cedro | Emerenciana Ribeiro | |
| A Viagem | Mara Toledo (Dona Maroca) | ||
| 1995 | História de Amor | Olga Moretti Miranda | |
| 1998 | Você Decide | Benedita Amoedo (Episódio: "Ligeiramente Grávida") | |
| 1999 | Jurema Ferreira (Episódio: "Ninguém é Perfeito") | ||
| Gioconda Moreira (Episódio: "Juízo Final") |
Cinema
[editar | editar código-fonte]| Ano | Título | Personagem |
|---|---|---|
| 1959 | O Palhaço, o Que É? | —[9] |
| 1969 | O Rei da Pilantragem | —[10] |
| 1972 | Viver de Morrer | —[11] |
| Jerônimo, o Herói do Sertão | Mãe [12] | |
| 1973 | Obsessão | Santa[13] |
| 1974 | Rainha Diaba | Madame Violeta[14] |
Teatro
[editar | editar código-fonte]- 1948 - Mulheres[4][5]
- 1949 - As Solteironas dos Chapéus Verdes
- 1950 - Loucuras de Madame Vidal
- 1953 - Diabinho de Saias
- 1954 - Figueira do Inferno
- 1959 - O Mambembe
- 1960 - A Profissão da Senhora Warren
- 1961 - Apague meu Spotlight
- 1962 - Três em Lua de Mel
- 1964 - Antes Tarde do que Nunca
- 1968 - Linhas Cruzadas
- 1978 - O Chifrudo[6]
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Yara Cortes. no IMDb.
Referências
- ↑ a b c Memória Globo. «Memória Globo:Trajetória - Yara Cortes». Consultado em 21 de fevereiro de 2014
- ↑ a b c «Memorial da Fama: Yara Cortes». Memorial da Fama. Consultado em 31 de maio de 2013. Arquivado do original em 9 de outubro de 2013
- ↑ «Yara Cortes - Atriz Brasileira». TV Sinopse. Consultado em 31 de maio de 2013
- ↑ a b c d «Teatropédia - Yara Cortes». Teatropédia. Consultado em 21 de fevereiro de 2014. Arquivado do original em 25 de fevereiro de 2014
- ↑ a b «Enciclopédia Itaú Cultural - Teatro dos Sete». Itaú Cultural. Consultado em 31 de maio de 2013
- ↑ a b «Teatropédia - O Chifrudo». Consultado em 21 de fevereiro de 2014. Arquivado do original em 25 de fevereiro de 2014
- ↑ a b Memória Globo. «Memória Globo:Trabalhos na TV Globo - Yara Cortes». Consultado em 21 de fevereiro de 2014
- ↑ «Morre no Rio, aos 81 anos, Yara Cortes». Jornal Campos do Jordão. Consultado em 31 de maio de 2013
- ↑ «O Palhaço, o Que É?». Cinemateca Brasileira. Consultado em 15 de outubro de 2024
- ↑ «O Rei da Pilantragem». Cinemateca Brasileira. Consultado em 4 de dezembro de 2019
- ↑ «Viver de Morrer». Cinemateca Brasileira. Consultado em 15 de outubro de 2024
- ↑ «Jerônimo, o Herói do Sertão». Cinemateca Brasileira. Consultado em 15 de outubro de 2024
- ↑ «Obsessão (1973)». Cinemateca Brasileira. Consultado em 15 de outubro de 2024
- ↑ «Rainha Diaba». Cinemateca Brasileira. Consultado em 15 de outubro de 2024
- Nascidos em 1921
- Mortos em 2002
- Atrizes do estado do Rio de Janeiro
- Naturais da cidade do Rio de Janeiro
- Mulheres ganhadoras do Prêmio APCA de Televisão
- Brasileiros de ascendência portuguesa
- Pseudônimos do Brasil
- Mortes por insuficiência respiratória
- Sepultados no Cemitério de São João Batista (Rio de Janeiro)
- Atrizes brasileiras do século XX