A actina é uma proteína que faz parte da família das proteínas globulares que formam microfilamentos. É um dos três elementos fundamentais do esqueleto celular (citoesqueleto) dos organismos eucariontes. Em conjunto com a miosina e moléculas de ATP gera movimentos celulares e musculares. Pode ser encontrada como monômero livre, chamado actina G, ou como parte de polímeros denominados miofilamentos ou Actina F que são associados à funções celulares tão importantes como mobilidade e contração da célula durante o processo de divisão celular.[2]

Actina
Actina
Actina G (código PDB 1j6z). Mostrando no sítio ativo as moléculas de ADP e o cátion bivalente.[1]
Indicadores
Símbolo Actin
Pfam PF00022
InterPro IPR004000
PROSITE PDOC00340
SCOP 2btf
Estruturas PDB disponíveis:
PDB 1atn actina de Oryctolagus cuniculus

Já foram identificadas seis diferentes isoformas de actina, entre elas a Actina alfa 1, músculo esquelético, também conhecida como ACTA1.

História

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A actina foi observada experimentalmente pela primeira vez em 1887 por W.D. Halliburton, que havia extraído uma proteína muscular que coagulava porções de miosina, chamando-a fermento de miosina. Contudo, Halliburton foi incapaz de caracterizar as suas observações, logo o descobrimento é atribuído a Brúnó F. Straub, então um jovem bioquímico trabalhando no laboratório de Albert Szent-Györgyi no Instituto de química médica da Universidade de Szeged, na Hungria.

Filamentos de actina

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Presente no citoplasma das células eucariotas sob a forma de feixes de filamentos paralelos ou redes de filamentos anastomosados com 5-7 nm de diâmetro.

São constituídos pela polimerização da proteína globular actina G, originando os filamentos de actina F.

O modelo mais aceitável é o de um filamento helicoidal formado por uma cadeia simples de monómeros. Estes monómeros são constituídos por uma cadeia polipeptídica de 374 (375 no músculo esquelético) unidades. A actina é o maior componente dos filamentos finos das células musculares e do sistema citoesquelético de células não musculares, e está presente em todos os eucariontes.

Os miofilamentos podem interagir com um grande número de outras estruturas e adquirir propriedades através de várias moléculas (actin binding proteins). Este grupo de proteínas pode ainda mediar a interação dos miofilamentos com outras estruturas celulares, nomeadamente membranas, ou funcionar como motores, agrupadas na família das miosinas.

Referências

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