Go-Hanazono
Go-Hanazono | |
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Imperador do Japão | |
Reinado | 7 de setembro de 1428 a 21 de agosto de 1464 |
Entronamento | 21 de janeiro de 1430 |
Predecessor | Shōkō |
Sucessor | Go-Tsuchimikado |
Xogum | Ashikaga Yoshinori (1428–41) Ashikaga Yoshikatsu (1442–43) Ashikaga Yoshimasa (1449–64) |
Nascimento | 10 de julho de 1419 |
Morte | 18 de janeiro de 1471 (51 anos) |
Nome de nascimento | Hikohito (彦仁?) |
Esposa | Ōinomikado Nobuko |
Descendência | Kanshin Fusahito, Imperador Go-Tsuchimikado Shinjoji Shogon |
Casa | Casa Imperial do Japão |
Pai | Sadafusa |
Mãe | Niwata Sachiko |
Religião | Xintoísmo |
Go-Hanazono (後花園? 10 de julho de 1419 – 18 de janeiro de 1471) foi o 102º imperador do Japão, na lista tradicional de sucessão.[1] Pertencia ao Ramo Jimyōin-tō da Família Imperial. Seu reinado abrangeu os anos de 1428 a 1464.
Vida
[editar | editar código-fonte]Antes de ascender ao Trono do Crisântemo, seu nome pessoal era Hikohito, o filho mais velho do Príncipe Imperial Sadafusa, o terceiro líder do ramo Fushimi-no-miya da família impérial, (descendente do imperador Go-Fushimi). Sua mãe era Yukiko, que mais tarde adotara o nome budista de Shikiseimon'in e era filha de Niwata Tsuneari do Clã Minamoto.[2]
Antes da morte de Shōkō, seu pai Go-Komatsu o havia instado a adotar Sadafusa, neto do terceiro soberano do norte o imperador Sukō, e torná-lo seu herdeiro. Mas Shōkō teve um de seus ataques de fúria e não pôde ser persuadido a obedecer. Sadafusa deixou a capital e tornou-se um sacerdote budista então Go-Komatsu adotou seu filho Hikohito de dez anos de idade, seu sobrinho de terceiro grau.[3]
Em 20 de julho de 1428, no 17º ano do reinado de Shōkō, o imperador morreu aos 27 anos; e a sucessão foi recebida por seu filho adotivoHikohito. Nove dias depois o Go-Hanazono foi entronizado. O novo imperador tinha na época 10 anos e passou a comandar uma Corte empobrecida por trinta e seis anos.[4]
Os tempos difíceis da Corte refletiram no estado da nação como um todo. Em 1441, o xogum Ashikaga Yoshinori foi assassinado e, com sua morte, até mesmo a aparência de um governo central entrou em colapso. A autoridade do xogunato acontecia apenas na região da própria capital: o resto do país coalhado pelas rivalidades entre os Senhores da Guerra provincianos. No entanto, mesmo nesta situação perigosa, as intrigas dinásticas continuaram a ser uma característica da vida na Corte, e o reinado de Go-Hanazono foi caracterizado por uma sucessão tramas arquitetadas por membros do Ramo Daikaku-ji para explorar a derrocada geral que estava ocorrendo visando recuperar o poder. Uma dessas tramas ocorreu em 1443 com uma tentativa de raptar Go-Hanazono no próprio palácio, que acabou sendo incendiado. O Imperador conseguiu escapar, mas os conspiradores roubaram as sagradas joias da coroa e se refugiaram no complexo do templo do Monte Hiei.[3]
Até 1433, quando Go-Komatsu morreu, este era quem de fato governava como Imperador Aposentado. Depois disso, houve cerca de 30 anos de governo imperial direto de Go-Hanazono, até sua abdicação em 21 de agosto de 1464, quando abdicou em favor de seu filho Go-Tsuchimikado e ele mesmo continuou a governar como Imperador Aposentado.[5]
Em 18 de janeiro de 1471, Go-Hanazono veio a falecer. A Agência da Casa Imperial reconhece Yamakuni no Misasagi em Keihoku-ku, Quioto como seu túmulo.[1]
Referências
- ↑ a b Agência da Casa Imperial: Go-Hanazono-tennō (em japonês)
- ↑ Risāchisenta (2006). Ten'nō no shiika to shōsoku. shinkan ni miru shoshiki (em inglês). [S.l.]: Ritsumeikandaigaku, p.192
- ↑ a b Martin, Peter (1997). The Chrysanthemum Throne:. A History of the Emperors of Japan (em inglês). [S.l.]: University of Hawaii Press, pp. 95-96. ISBN 9780824820299
- ↑ Klaproth, Julius von (1834). Annales des empereurs du Japon (em francês). [S.l.]: Oriental Translation Fund, pp.331-351
- ↑ Frederic, Louis; Hwang, Avaro David. O Japão,. Dicionário e Civilização. [S.l.]: GLOBO, p.339. ISBN 9788525046161