Sujin
Imperador Sujin | |
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Imperador Sujin | |
Imperador(a) de Japão | |
Período | 97 a.C. até 30 a.C. |
Antecessor(a) | Imperador Kaika |
Sucessor(a) | Imperador Suinin |
Dados pessoais | |
Nascimento | 150 a.C. |
Morte | 30 a.C. (120 anos) |
Imperador Sujin (崇神天皇 Sujin-tennō?)[1] foi o 10º Imperador do Japão, na lista tradicional de sucessão.[2]
Antes da sua ascensão ao trono, seu nome era Mimaki Irihiko Isatsi no Mikoto.
Narrativa lendária
[editar | editar código-fonte]De acordo com o Kojiki e o Nihonshoki, Sujin era o segundo filho do Imperador Kaika[3] com Ikagashikome no Mikoto.[4]
Subiu ao trono, em 97 a.C..[4] No terceiro ano de seu reinado, transferiu a capital para Shiki ( 矶城 ?), nomeando-o Palácio Midzugaki ou Mizugaki no Miya,[4] nas imediações de Kanaya, Sakurai, Nara. O Kujiki registra ainda que Sujin nomeou 137 governadores para as províncias governadas por ele.[5]
Uma peste atingiu o reino no quinto ano de seu governo, e metade da população morreu. No sexto ano, os camponeses abandonaram os campos e ocorreu uma rebelião generalizada.[4]
Até esse momento, tanto a deusa do sol Amaterasu como o deus Yamato-Okunitama eram consagrados na residência imperial. E conta-se que o imperador já estava aborrecido como excesso de reverencia necessária por ter que conviver com essas duas divindades poderosas, e por isso criou santuários separados para abrigá-los. Amaterasu foi transferida para a aldeia Kasanui na Província de Yamato (atual Nara),[4] e lhe foi construída um altar de de pedra sólida como Himorogui colocando sua filha, a princesa Toyo-suki-iri-bime no comando do Santuário. Já Yamato-Okunitama foi confiada a sua outra filha Nunaki-iri-bime, mas o cabelo dela caiu e tornou-se magro para que ela não pudesse realizar suas funções.[4]
No 7º ano de seu governo, o imperador decidiu que deveria consultar os deuses, e por isso ele fez uma viagem para a planície de Kami-Asaji ou Kamu-Asaji-ga-hara. Yamato-to-to-oi-momoso-hime ( 倭迹迹日百袭姫命 ? , filha de 7º Imperador Korei), agindo como sibila foi possuída por um deus, que se identificou como Ōmononushi (大物主?) e disse que a terra seria pacificada se ele fosse venerado. O imperador obedeceu, mas não houve mudança imediata. Posteriormente ao imperador foi dada a orientação através de um sonho de procurar um certo Ōtataneko (太田田根子?) e nomeá-lo Chefe dos sacerdotes. Depois disso, a peste diminuiu, a terra se acalmou, e os cinco cereais amadureceram. [4] O Ramo Miwa do Clã Kamo descende de Ōtataneko. [6]
O imperador nomeou Ikagashikoo ( 伊香色雄?), antepassado do Clã Mononobe e irmão mais velho da imperatriz como kami-no-mono-akatsu-hito ( 神班物者 ), ou seja, aquele que encaminha as oferendas aos deuses. Outros deuses passaram a ser venerados como ditada por adivinhações, e oito escudos vermelhos e lanças foram oferecidos a Santuário Sumisaka, a leste, e oito escudos pretos e lanças foram oferecidas para Santuário Osaka no oeste.[4]
No 10º ano de seu governo, Sujin enviou generais aos quatro cantos do império (Shido shogun), ordenando que destruíssem todos aqueles que não se submetessem as suas leis.[4][7]
O General Ōhiko enviado para o norte, estava no cume do monte Wani, quando uma certa donzela se aproximou e lhe cantou uma música enigmática, e desapareceu. A tia do imperador, Yamato-to-to-oi-momoso-hime hábil clarividente interpretou que Take-Hani-Yasu-hiko (um príncipe descendente do Imperador Kōgen) tramava uma insurreição junto com sua esposa Ata-bime.[4] Assim que o imperador reuniu seus generais, o casal reuniu tropas na região oeste e estava pronto para atacar a capital. O imperador prevendo isso enviou um exército sob o comando de Isaseri-hiko no Mikoto, que esmagou as forças rebeldes.[4]
O nome Sujin foi lhe dado postumamente e é característico do budismo chinês, o que sugere que o nome deve ter sido oficializado séculos após sua morte possivelmente no momento em que as lendas sobre as origens da Dinastia Yamato foram compiladas como as crônicas conhecidas hoje como o Kojiki.[4]
O lugar de seu túmulo imperial (misasagi) é desconhecido. O Imperador Sujin é tradicionalmente venerado num memorial no santuário xintoísta de Tenri.[1] A Agência da Casa Imperial designa este local como seu mausoléu que é chamado Yamanobe no Michi no Magari no oka no e no misasagi.[8]
Sujin reinou de 97 a.C. a 30 a.C. ou seja 68 anos, morrendo com a idade de 120 anos.
Precedido por Kaika |
-- 10º Imperador do Japão 97 a.C. - 30 a.C. |
Sucedido por Suinin |
Referências
- ↑ a b Agência da Casa Imperial: Sujin-tennō (10) (em japonês)
- ↑ Isaac Titsingh "Sujin" em Annales des empereur du japon,(em francês) Paris: Royal Asiatic Society, Oriental Translation Fund of Great Britain and Ireland p. 7-9 OCLC 5850691
- ↑ Louis-Frédéric Nussbaum O Japão: Dicionário e Civilização" Globo Livros p.1104 ISBN 9788525046161
- ↑ a b c d e f g h i j k l William George Aston "Nihongi: Chronicles of Japan from the Earliest Times to A.D. 697" (em inglês) Cosimo, Inc., 2008 pp. 150-164 ISBN 9781605201443
- ↑ Sumiko Enbutsu "Chichibu: Japan's hidden treasure" (em inglês) Periplus Editions (HK) Limited, 1990 p.13 ISBN 9780804816465
- ↑ R. H. Chamberlain"The Kojiki: The Creation Story from a Japanese Religion" (em inglês) T G S, 2006 pp. 215-216 ISBN 9781610332286
- ↑ R. H. Chamberlain"The Kojiki: The Creation Story from a Japanese Religion" (em inglês) T G S, 2006 pp. 221-223 ISBN 9781610332286
- ↑ Jonathan Edward Kidder "Himiko and Japan's Elusive Chiefdom of Yamatai: Archaeology, History, and Mythology" (em inglês) University of Hawaii Press, 2007 p.239 ISBN 9780824830359